sexta-feira, 19 de novembro de 2010
terça-feira, 12 de janeiro de 2010
O TANTRA DENOMINADO A ORIGEM DE TODOS OS RITOS DE TARA, MÃE DE TODOS OS TATHAGATAS
O TANTRA
DENOMINADO A ORIGEM DE TODOS OS RITOS DE TARA, MÃE DE TODOS OS TATHAGATAS
(Willson, Martin. In praise of Tara. London, Wisdom, 1986. Trad. R. Samuel)
Homenagens a Arya-Manjusri!
Capítulo
1. Introdução
Assim ouvi
uma vez. O Senhor residia no reino de Tusita. Incontáveis Bodhisattvas como Maitreya
e Manjusri, e incontáveis [deidades] como Kurukulla e Parna-sábari, e como
Brahma e Sakra, segurando incontáveis flores celestiais, como as celestiais
flores do lótus do Kumida e do mandarava, incontáveis instrumentos musicais
celestiais, como conchas, vinas, tambores, mrdangas e sürpavinas, e incontáveis
celestiais parassóis, estandartes e bandeiras, circum-ambulavam o Senhor no
sentido horário, fazendo oferendas com nuvens de oferendas de todos os tipos de
oferendas.
Então, o Senhor concentrou-se na concentração denominada Adamantina, destruidora de forças hostis. Imediatamente a terra tremeu, o círculo dos Maras foi vencido, e Ele emanou um grande brilho de luz. Foi assim: Ele emanou todos os tipos de luz – branca, vermelha, amarela, verde, azul e mista –, que purificaram tudo o que possuía sofrimento, e Tara, Mãe de todos os Buddhas, desceu sobre a coroa de Kurukula. Imediatamente, choveram enormes quantidades de oferendas. Aquela deusa tornou-se, então, como o disco do sol sem nuvens.
Ela foi, então, louvada com estes versos de louvor:
1. Em todo o reino, completamente purificadas,
Muitas preciosas flores descem, como a chuva.
Mãe produtora dos Buddhas dos três tempos,
Mãe Tara! A Ti homenagens e louvores!
Então, o Bodhisattva Manjusri, o Jovem, drapejou a parte superior de suas vestes sobre um ombro e, ajoelhando-se sobre o joelho direito, perguntou ao Senhor: “Senhor, todos os Buddhas dos três tempos são profundos. Como, então, Ela os produz? Como é Ela sua Mãe?” E o Senhor disse: “Isto é verdade, Manjusri. Mas todos os Buddhas dos três tempos são também improduzidos e incessantes, não maculados e não imaculados, sem decréscimo ou acréscimo, e [estão], por natureza, no Nirvana. Por esta razão: esta é a natureza de todos os dharmas.” O Bodhisattva Manjusri, o Jovem, disse: “Senhor, como são produzidos os Buddhas dos três tempos, os quais são improduzidos e incessantes, não maculados e não imaculados, sem decréscimo ou acréscimo, e [estão], por natureza, no Nirvana?
E o Senhor disse: “Portanto, Manjusri, com a compreensão da ipseidade dos dharmas, deve-se meditar sobre Ela; deve-se recitar esta prática dharani com seriedade, compreender Suas qualidades e fazer oferendas a Ela. Deve-se receber instruções e não ter dúvidas. Deve-se agir com seriedade do que se faz, lembrar Seus louvores e praticar os ritos com severidade.” Com estas palavras Ele ensinou ao Bodhisattva Manjusri, o Jovem.
Então, o Senhor concentrou-se na concentração denominada Adamantina, destruidora de forças hostis. Imediatamente a terra tremeu, o círculo dos Maras foi vencido, e Ele emanou um grande brilho de luz. Foi assim: Ele emanou todos os tipos de luz – branca, vermelha, amarela, verde, azul e mista –, que purificaram tudo o que possuía sofrimento, e Tara, Mãe de todos os Buddhas, desceu sobre a coroa de Kurukula. Imediatamente, choveram enormes quantidades de oferendas. Aquela deusa tornou-se, então, como o disco do sol sem nuvens.
Ela foi, então, louvada com estes versos de louvor:
1. Em todo o reino, completamente purificadas,
Muitas preciosas flores descem, como a chuva.
Mãe produtora dos Buddhas dos três tempos,
Mãe Tara! A Ti homenagens e louvores!
Então, o Bodhisattva Manjusri, o Jovem, drapejou a parte superior de suas vestes sobre um ombro e, ajoelhando-se sobre o joelho direito, perguntou ao Senhor: “Senhor, todos os Buddhas dos três tempos são profundos. Como, então, Ela os produz? Como é Ela sua Mãe?” E o Senhor disse: “Isto é verdade, Manjusri. Mas todos os Buddhas dos três tempos são também improduzidos e incessantes, não maculados e não imaculados, sem decréscimo ou acréscimo, e [estão], por natureza, no Nirvana. Por esta razão: esta é a natureza de todos os dharmas.” O Bodhisattva Manjusri, o Jovem, disse: “Senhor, como são produzidos os Buddhas dos três tempos, os quais são improduzidos e incessantes, não maculados e não imaculados, sem decréscimo ou acréscimo, e [estão], por natureza, no Nirvana?
E o Senhor disse: “Portanto, Manjusri, com a compreensão da ipseidade dos dharmas, deve-se meditar sobre Ela; deve-se recitar esta prática dharani com seriedade, compreender Suas qualidades e fazer oferendas a Ela. Deve-se receber instruções e não ter dúvidas. Deve-se agir com seriedade do que se faz, lembrar Seus louvores e praticar os ritos com severidade.” Com estas palavras Ele ensinou ao Bodhisattva Manjusri, o Jovem.
Capítulo
2. Oferecimentos
Então o Bodhisattva Manjusri, o Jovem, perguntou ao Senhor:
“Como, Senhor, deve-se meditar sobre Ela? Como se deve praticá-La com seriedade?” E o Senhor disse: “Manjusri, deve-se direcionar a mente da seguinte forma: todos os dharmas, Manjusri, são improduzidos; todos os dharmas são incessantes; todos os dharmas são imaculados; todos os dharmas estão no Nirvana, e são puros por natureza – assim se deve meditar.
Portanto, Manjusri, deve-se dizer este mantra:
OM SVABHÂVA-VISUDDHÃH SARVA-DHARMÃH SVABHÃVA-VISUDDHO ‘HAM. ‘
(Os dharmas OM Todos são puros por natureza, Eu sou puro por natureza.)
E o Senhor também disse: “Deve-se cultivar a Bondade-amorosa, considerando aqueles que nasceram de um ventre, aqueles que nasceram de um ovo, aqueles que nasceram do calor-úmido e aqueles que nasceram miraculosamente. Deve-se gerar a Grande Compaixão com relação ao nascimento, ao envelhecimento, à doença e à morte. Deve-se cultivar a Alegria e a Equanimidade com relação à Vacuidade, à Singularidade e à Falta de Desejo, e ao naturalmente incondicionado. Portanto, Manjusri, os Quatro Incomensuráveis são a causa, a Bodhicitta é seu produto. Portanto, deve-se trazê-las no coração com seriedade.
‘Portanto, Manjusri, deve-se dizer este mantra:
OM BODHICITTA-UTPÃDAYA AHAM.
(OM Que eu possa gerar a Bodhicitta!)
E novamente o Senhor falou, dizendo: “Deve-se fazer uma oferenda com as seguintes oferendas:
2 ‘Magicamente criada por todos
Os Buddhas que residem nos mundos das dez direções,
Todos os tipos de incenso, em pó ou em pedaços,
Ofereceremos à Mãe, Produtora dos Conquistadores.
3 ‘Buddha-locanã, elevada Mãe de todos
Os Tathagatas que residem nos mundos das dez direções!
Todos os tipos de flores, sós ou em guirlandas,
Ofereceremos à Mãe, Produtora dos Conquistadores?
4 ‘Jóia Suprema, Mãe de todos
Os Tathagatas que residem nos mundos das dez direções!
Todos os tipos de jóias preciosas, lâmpadas e guirlandas
Ofereceremos à Mãe, Produtora dos Conquistadores.
5 ‘Pãdara-vãsini, elevada Mãe de todos
Os Tathagatas que residem nos mundos das dez direções!
Água pura, de doce aroma, e rios de perfume
Ofereceremos à Mãe, Produtora dos Conquistadores.
6 ‘Elevada Mãe com Ações Divinas de todos
Os Tathagatas que residem nos mundos das dez direções!
Provisões, como alimentos sólidos e macios
Ofereceremos à Mãe, Produtora dos Conquistadores.
7 ‘Que canções e os sons de instrumentos musicais,
Inclusive de címbalos, aliviem todo sofrimento.
E parassóis, estandartes, flâmulas, bandeiras e sombrinhas
Reúnam-se como nuvens de todas as dez direções!
8 ‘Que ramos folhudos e fragrantes de árvores que realizam desejos,
Árvores floridas, e outras, reúnam-se
de todas as dez direções!
9 ‘Que a chuva com fragrância perfumada,
a chuva com aromas agradáveis
de grãos e de flores e de tudo o mais
desça definitivamente!
10 ‘Com riachos correntes e piscinas
e fontes e lagos e tanques,
Lagos de cem sabores,
gansos e outras aves,
11 ‘Uma mansão de jóias, ornada com belas pérolas
Com luz no leste e no oeste, do Sol e da Lua,
E os apartamentos mais agradáveis à mente,
Ofereceremos à Mãe, Produtora dos Conquistadores.
“Portanto, Manjusri, estes mantras de oferendas devem ser ditos:
OM GATA-DHÚPA-PÜJA-MEGHASAMUDRA-SPHARANA-SAMAYE HÜM!
(om o Incenso de todos os Tathãgatas se reune como um oceano inundante de nuvens de oferendas HUM!)
OM SARVA-TATHÁGATA -PUSPA-PUJA-MEGHA- etc.
(OM as Flores de todos os Tathãgatas...)
OM SARVA-TATHÃGATA-ÁLOKA-PÜJAMEGHA etc.
(om a luz de todos os Tathãgatas …)
OM SARVA-TATHÃGATA-GANDHA-PÚJA-MEGHA etc.
(om os Perfumes de todos os Tathagatas...)
OM SARVA-TATHÁGATA NAIVIDYA PÜJA MEGHA etc.
(om as Oferendas de alimentos de todos os Tathãgatas...)
OM SARVA-TATHÃGATA- SABDA-PÜJA-MEGHA- etc.’
(Om os Sons de todos os Tathagatas...)
Capítulo 3. Louvores
Então Ele falou novamente para Manjusri, o Jovem, dizendo: “Manjusri, esta Mãe é a Mãe de todos os Buddhas dos três tempos. Portanto, Manjusri, traga em seu coração este louvor pelos Buddhas dos três tempos!”
Então o Senhor pronunciou a dharany de louvor:
“NAMAH SARVA-TATHÃGATÃNÃM. TAD YATHÃ:
OM NAMAE SÜKASÃM, NAMAH TÂRAYAI TÃRAMITÀ! "
(Homenagens a todos os Tathagatas, como se segue:
OM Homenagem a Compassiva, aos Compassivos, homenagem a Tãrã, estabelecida como Salvadora!)
[Segue-se
agora o texto em sânscrito dos Louvores em Vinte-e-uma Homenagens : ´namas tare
ture vire... etc, que em português é:
OM!
JETSUNMA! PROSTERNAÇÕES À NOBRE TARE!
1.Prosternações
à Nobre, que é rápida e corajosa; cujos olhos brilham e que nasce face-lótus do
Senhor dos Três Mundos;
2.Prosternações
a Ela, cuja luminosa face brilha com a luz de cem mil luas cheias de Outono,
brilhante constelação de mil estrelas;
3.Prosternações
para quem segura o lótus azul que purifica os três venenos e possui infinitas
qualidades de doação, diligência, ética, paciência, meditação e paz;
4.Prosternações
à Unisha dos Tatághatas, que conquista ilimitáveis vitórias e é servida pelos
filhos dos conquistadores que atingiram as perfeições;
5.Prosternações
a Ela, cujas letras TUTTARE e HUM, com sua luz poderosa, preenchem os sete
mundos, beneficiando os seres;
6.Prosternações
a Ela que é louvada por Shakra, Agni, Brahma, Vayu e Ishvara; em frente à qual
assembléia de demônios, zombies, gandharvas e yákshas oferecem preces;
7.Prosternações
a quem destrói o mágico poderes dos outros com os sons TRAT e PHÊT, pressionando
com o pé direito curvado e o esquerdo estendido, brilhando com a luz flamejante
do fogo;
8.Prosternações
a Ture, a terrível, que conquista a totalidade dos ferozes demônios, cuja
face-lótus em disposição irada mata os inimigos todos;
9.Prosternações
a Ela, a mão esquerda posta no coração, no gesto que simboliza as Três Jóias,
as palmas adornadas com a Roda Universal, radiação que conquista turbulências e
obstáculos;
10.Prosternações
à grande jubilosa, sobre cuja cabeça o rosário de coruscantes luzes; e
rindo-se, rindo-se fortemente controla os demônios e o mundo com TUTTARA;
11.Prosternações
a Ela, que tem o poder de subordinar a inteira assembléia dos protetores da
terra; e resgata completamente os destituídos com o irado movimento da letra
HUM;
12.Prosternações
a quem tem a lua crescente como ornamento na cabeça e brilha com vários outros
adereços, sobre cujo coque dos cabelos está Amitabha de onde partem contínuas
luzes;
13.Prosternações
a Ela, dentro de guirlanda qual no fogo do fim dos mundos, com isso dominando o
exército sitiante dos inimigos da felicidade, com a perna direita estendida e a
perna esquerda dobrada;
14.Prosternações
a Ela, cuja mão esquerda em mudra ameaçador golpeia a terra de modo irado, com
a letra HUNG abrandando os sete tipos de seres;
15.Prosternações
a Ela, abençoada, virtuosa, serena; seu campo de prática é o calmo Nirvana,
possuidora de SVAHA e OM, destruindo as grandes ações prejudiciais;
16.Prosternações
a Ela, que destrói os inimigos sitiantes da felicidade, que libera com a
formulação do mantra de dez letras e HUNG;
17.Prosternações
a Ela, TURE, que bate o pé com a sílaba HUNG, sacudindo o monte Mandara,
Vindhya e os três mundos;
18.Prosternações
a Ela, que segura a lebre-marcada lua, assumindo a forma do lago das deusas; no
refrigério da lua os três venenos são purificados quando pronuncia duas TARAS e
a letra PHÊT;
19.Prosternações
a Ela, servida pelo rei dos deuses, pelos deuses, pelos homens e por todos;
dissolve as brigas e maus sonhos com a armadura encantadora e brilhante;
20.Prosternações
a Ela, cujos dois olhos - o sol e a lua - iluminam com raios que removem as
piores doenças, proferindo uma vez TUTTARA e duas vezes HARA;
21.Prosternações
a Ela, que possui a força tranqüila das três jóias, destrói os maus espíritos e
a caminhante morte... TURE, a excelente senhora!
Esta é prática
do mantra-raiz / Com vinte-e-uma prosternações.]
“TARA-BHAGAVATIYAM SÜTRAM SAMYAKSAMHUDDHA-BHÃSITAM
(Sütra da Senhora Tãrã, falado pelo Buddha Completo e Perfeito)
SARVA-KARA SAMAYÃ ULAKARAYE
(Rápida como o meteoro em Seu empenho que tudo executa.)
BUDDHANI CA DHARMANI CA SAMGHANI CA TARAYE SVAHA!
(Tãrã, da natureza de Buddha, Dharma e Sangha: a Ti, SVÂHÃ!)
“Este dharani, Manjusri, é abençoado por todos os Buddhas dos três tempos. Ele louva Tara, a Mãe que produz todos os Buddhas dos três tempos, através da destruição de tudo o que é Inapropriado. Seus benefícios são inconcebíveis. E assim, Manjusri, devo falar deles.
Aqueles que proferirem este Dharani não
renascerão nunca como seres infernais, pretas ou animais. Nunca renascerão nas
terras limítrofes como bárbaros, ou com faculdades incompletas etc. Estarão
livres de todo perigo ou doenças como pragas, varíola ou doenças infecciosas, e
o perigo de doenças não aparecerá. Estarão livres dos oito grandes medos etc.
Manjusri, os que conservarem esses louvores para todos os Budas dos três tempos
terão feito oferecimentos para todos os Buddhas dos três tempos. Conservando-os,
serão purificados de todos as iniqüidades, inclusive as [cinco] imediatas. Verão
todos os Buddhas. A morte última não vai ocorrer, e quando morrerem verão Tara,
a Mãe que produz todos os Buddhas dos três tempos. Quem conservar isso,
conseguirá tudo que mentalmente procurar. Receberão um corpo perfeito, face
perfeita e tudo o mais. Todos os obstáculos dos maus sonhos, dos maliciosos e
espíritos serão abrandados. Verão também as verdades dos três tempos. Verão
diretamente a forma da Mãe Tara.
´NAMAH SARVA-TATHAGATA- SAMYAK
SAMBUDDHAYA TREYATE DHARATE TU TARA!
(Homenagem a todos os Tathagatas e
completos e perfeitos Buddhas, salvando, preservando, TUTTARA):
Isto é para ser recitado´.
[Fim do Capítulo 3]