quarta-feira, 28 de novembro de 2012
quinta-feira, 18 de outubro de 2012
terça-feira, 14 de agosto de 2012
PRÁTICA DE CINTAMANI TARA BRANCA
PRÁTICA DE CINTAMANI TARA BRANCA
A CORRENTE DE PRÁTICA QUE TRAZ FELICIDADE
Bande Wangchuk Rabten
MEDITAÇÃO DE TARA BRANCA
(Meditação de Tara Branca, a Roda que satisfaz todos os desejos, chamada "Corrente que traz felicidade". Refugio e Aspiração Iluminada:)
No Buddha, Dharma e Excelente Comunidade
Vou para Refúgio até alcançar a Iluminação;
Pelo mérito da generosidade e demais perfeições
Que eu possa estabelecer todos os seres na Budeidade.
(3 vezes)
Do estado de vacuidade, de [uma letra] PAM aparece um lótus de oito pétalas; no meio [do lótus], da [letra] A aparece um disco [branco] de lua; acima [aparece] a essência de minha própria mente como a letra branca TAM.
Raios de luzes brilham a partir desta letra [fazendo] oferecimentos aos Nobres [e concluindo] os dois objetivos [acumulação de mérito e sabedoria].
Da transformação desta [letra TAM] aparece [ou eu me transformo em, se recebi a Iniciação] a Reverenciada Bhagavan Roda que Satisfaz todos os Desejos, a Doadora da Vida, com um corpo de cor Branca, uma face, dois braços; o braço direito no mudra [gesto] da suprema generosidade; o esquerdo com o [dedo] polegar e anelar na altura do coração, no mudra que exemplifica os Buddhas dos três tempos, segurando uma [flor] utpala; sentada com as pernas na postura vajra; possui sete olhos de sublime visão; adornada com sedas e ornamentos de jóias; OM na testa; AH na garganta; HUM no coração.
Do HUM em seu coração raios de luzes brilham para a Reverenciada Tara circundada de uma multidão de Buddhas e Bodhissatvas.
(Entoe os mantras:)
OM BAJRÁ SAMAJÁH
JAH HUM BAM HOH
(a dualidade se dissolve)
O conjunto das cinco famílias de deuses estão no céu [concedendo] a transmissão, o corpo é preenchido, as obscuridades são purificadas; e do transbordar do excesso dessa [transmissão] aparece o Buddha Amitabha que adorna a cabeça.
Tara Branca com Amitaba na cabeça
OM ARYA TARE SAPARIVARA ARGHAM,
PADIYAM, PUHPE, DHUPE, ALÔKE, GANDHE,
NAVIEDE, SHABTÁ AH HUM
(Reze:)
"Tare liberta do Sansara, Tuttare liberta dos oito medos, Ture liberta da doença, com reverência eu me curvo à mãe Tara".
Como na Reverenda, em meu coração aparece um disco de lua [branco] em cima do qual uma estrela de oito pontas; no meio desta a letra TAM; na parte da frente está OM; atrás está AH, nas oito pontas estão TA RE TUT TA RE TU RE SVA. Ao redor de TAM estão MAMA AYU PUNYÊ JÑANA PUHSTIM KURU. Da guirlanda deste mantra circular de cor branca, néctar flui preenchendo completamente o corpo por dentro e por fora, com néctar de longa vida.
(Recite o mantra uma centena de vezes etc., ou como for de acordo com a situação:)
OM TARE TUTTARE TURE
MAMMA AYU PUNYÊ JÑANA PUHSTIM KURU SVAHA
(Na conclusão realize oferecimentos e rezas.)
Por este mérito, tendo rapidamente atingido o estado de Cintamani,
Que eu possa colocar todos os seres sem exceção neste estado.
(Faça a dedicação da virtude, versos auspiciosos e de boa fortuna etc. Com reverência me curvo colocando a cabeça na poeira dos pés de sabedoria de todos os Buddhas dos três tempos sob a forma de um, o Senhor do Refúgio, o Protetor da Roda, JAMYANG KHYENTSE WANGCHUK. Escrito por Bande Wangchuk Rabten. SARVA MANGALAM). SGrub Thabs Kun btus [Coleção de Shadanas], vol. 1, fol. 57-59.
(trad. de Jeff Watt, http://www.helinet.com/sakya, Vancouver, BC, Abril, 1985).
Trad. em português de R. Samuel, 1997, por ocasião da vinda de S. E. Jetsun Kusho ao Brasil quando Sua Eminência nos concedeu esta Iniciação em 17/08/97.
A CORRENTE DE PRÁTICA QUE TRAZ FELICIDADE
Bande Wangchuk Rabten
MEDITAÇÃO DE TARA BRANCA
(Meditação de Tara Branca, a Roda que satisfaz todos os desejos, chamada "Corrente que traz felicidade". Refugio e Aspiração Iluminada:)
No Buddha, Dharma e Excelente Comunidade
Vou para Refúgio até alcançar a Iluminação;
Pelo mérito da generosidade e demais perfeições
Que eu possa estabelecer todos os seres na Budeidade.
(3 vezes)
Do estado de vacuidade, de [uma letra] PAM aparece um lótus de oito pétalas; no meio [do lótus], da [letra] A aparece um disco [branco] de lua; acima [aparece] a essência de minha própria mente como a letra branca TAM.
Raios de luzes brilham a partir desta letra [fazendo] oferecimentos aos Nobres [e concluindo] os dois objetivos [acumulação de mérito e sabedoria].
Da transformação desta [letra TAM] aparece [ou eu me transformo em, se recebi a Iniciação] a Reverenciada Bhagavan Roda que Satisfaz todos os Desejos, a Doadora da Vida, com um corpo de cor Branca, uma face, dois braços; o braço direito no mudra [gesto] da suprema generosidade; o esquerdo com o [dedo] polegar e anelar na altura do coração, no mudra que exemplifica os Buddhas dos três tempos, segurando uma [flor] utpala; sentada com as pernas na postura vajra; possui sete olhos de sublime visão; adornada com sedas e ornamentos de jóias; OM na testa; AH na garganta; HUM no coração.
Do HUM em seu coração raios de luzes brilham para a Reverenciada Tara circundada de uma multidão de Buddhas e Bodhissatvas.
(Entoe os mantras:)
OM BAJRÁ SAMAJÁH
JAH HUM BAM HOH
(a dualidade se dissolve)
O conjunto das cinco famílias de deuses estão no céu [concedendo] a transmissão, o corpo é preenchido, as obscuridades são purificadas; e do transbordar do excesso dessa [transmissão] aparece o Buddha Amitabha que adorna a cabeça.
Tara Branca com Amitaba na cabeça
OM ARYA TARE SAPARIVARA ARGHAM,
PADIYAM, PUHPE, DHUPE, ALÔKE, GANDHE,
NAVIEDE, SHABTÁ AH HUM
(Reze:)
"Tare liberta do Sansara, Tuttare liberta dos oito medos, Ture liberta da doença, com reverência eu me curvo à mãe Tara".
Como na Reverenda, em meu coração aparece um disco de lua [branco] em cima do qual uma estrela de oito pontas; no meio desta a letra TAM; na parte da frente está OM; atrás está AH, nas oito pontas estão TA RE TUT TA RE TU RE SVA. Ao redor de TAM estão MAMA AYU PUNYÊ JÑANA PUHSTIM KURU. Da guirlanda deste mantra circular de cor branca, néctar flui preenchendo completamente o corpo por dentro e por fora, com néctar de longa vida.
(Recite o mantra uma centena de vezes etc., ou como for de acordo com a situação:)
OM TARE TUTTARE TURE
MAMMA AYU PUNYÊ JÑANA PUHSTIM KURU SVAHA
(Na conclusão realize oferecimentos e rezas.)
Por este mérito, tendo rapidamente atingido o estado de Cintamani,
Que eu possa colocar todos os seres sem exceção neste estado.
(Faça a dedicação da virtude, versos auspiciosos e de boa fortuna etc. Com reverência me curvo colocando a cabeça na poeira dos pés de sabedoria de todos os Buddhas dos três tempos sob a forma de um, o Senhor do Refúgio, o Protetor da Roda, JAMYANG KHYENTSE WANGCHUK. Escrito por Bande Wangchuk Rabten. SARVA MANGALAM). SGrub Thabs Kun btus [Coleção de Shadanas], vol. 1, fol. 57-59.
(trad. de Jeff Watt, http://www.helinet.com/sakya, Vancouver, BC, Abril, 1985).
Trad. em português de R. Samuel, 1997, por ocasião da vinda de S. E. Jetsun Kusho ao Brasil quando Sua Eminência nos concedeu esta Iniciação em 17/08/97.
domingo, 12 de agosto de 2012
terça-feira, 8 de maio de 2012
PEQUENO COMENTÁRIO DO TANTRA DAS VINTE E UMA HOMENAGENS À TARA
Foto de R. Samuel - Shwanambu, Nepal
PEQUENO COMENTÁRIO DO TANTRA DAS VINTE E UMA HOMENAGENS À TARA
CONHECIDO COMO O VASO DO TESOURO DO BENEFÍCIO E FELICIDADES
POR
Thupten Shedrub Gyatso
Namo Guru Lokeshvaraya!
O senhor de três Kayas,
Tesouro das atividades de todos os vitoriosos,
Você é a grande bênção não nascida: Samantabhadri.
Eu me curvo a você, rápida e destemida mãe dos vitoriosos,
E explico brevemente os versos de prece com devoção.
A mãe nobre e venerável Tara é Kuntuzangmo, Tib Samantabhadri, Skt da esfera do dharmakaya,
Dorje Phagmo, Tib Vajravarahi, Skt na esfera do sambhogakaya, e Arya Tara em sua forma
no nirmanakaya. Dorje Yangchenma, Tib e Lhamo Palchenmo, Tib estão entre suas muitas
outras manifestações; cada uma tem um nome e uma forma diferente. Na terra da neve (Tibet)
os seres são beneficiados por suas outras manifestações inconcebíveis, especificamente,
Yeshe Tsogyal, Tib ou Skt Jhana Dakini, apenas rezando a ela, com a ajuda de sua ação rápida
nós podemos espontâneamente realizar as duas finalidades. Conseqüentemente, é de grande
benefício perservar esta prática. Há muitas tradições indianas e tibetanas diferentes
que explicam este "tantra dos elogios". Motivado pela devoção, eu explicarei este tantra
de acordo com "o vaso do tesouro da grande bênção essencial na prática interna",
que é o ensinamento profundo da mente-tesouro do onisciente Rigdzin Jigme Lingpa.
Cada uma das vinte e uma estrofes é um elogio às vinte e uma manifestações.
1. Louvada seja a Nobre, que é rápida e corajosa;
cujos olhos brilham e que nasce
da face-lótus do Senhor dos Três Mundos.
O primeiro elogio é para Nyurma Palmo, Tib "a senhora rápida sem medo". Aqui rendemos
homenagem à senhora da atividade que libera seres dos sofrimentos temporal e eterno do
samsara. É chamada "senhora rápida" porque sua compaixão imparcial beneficia seres sem
atraso. É "a senhora destemida, sem medo", porque tem o poder de dominar demônios,
assim como as aflições dos seres. Protege seres de todos os medos. Seus olhos de sabedoria
movem-se como o flash de um relâmpago porque conhece inteiramente todos os fenômenos. A senhora é dotada de omnisciência, compaixão, poder e atividade e foi nascida das gotas de
lágrimas dos olhos do lótus inteiramente florescido do rosto de Avalokiteshvara,
salvador dos três mundos". Os três mundos são os reinos secundário-sub-terrestre,
terrestre e celestial (os mundos dos nagas, seres humanos e dos deuses, respectivamente).
Tara é sedutora e tem a juventude do sol levantando-se, e um sorriso semi-irado.
Sua mão direita está no mudra de doação e sua mão esquerda segura um lotus azul em cima
de que é uma concha que gira para direita. Isto simboliza sua maestria nas duas verdades
e bodhicitta: neste mundo e no reino dos deuses. O significado externo da prece
é literalmente para o aspecto do nirmanakaya da nobre senhora. No aspecto secreto da prece
seus sambhogakaya e dharmakaya são incluídos. O "salvador dos três mundos" é o dharmakaya,
e sua manifestação é o rupakaya, ou do "o corpo da forma" (que é composto do sambhogakaya
e do nirmanakaya).
Prosternações a Ela,
cuja luminosa face brilha
com a luz de cem mil luas cheias de Outono,
brilhante constelação de mil estrelas;
A segunda estrofe é homenagem a Yangchenma, Tib. o "tesouro da sabedoria". A "senhora com uma
face que brilha como uma disposição de cem luas cheias do outono", significa que sua
face é cem vezes mais favoravel e mais bela do que a lua. Sua mão direita segura um
espelho, que é como uma lua cheia gravada com uma sílaba de HRI. "A constelação espacial
perfeita de mil estrelas," se refere ao campo de sua sabedoria, que é abundante, espacial,
e vasta como os raios incontáveis e resplandescente da lua cheia. Esta luz cancela a
escuridão da ignorância dos praticantes, que é a causa da dúvida, da doença e da
possessão por demônios. Abre a porta ao Tesouro do conhecimento iluminando a luz dos
quatro conhecimentos perfeitos específicos, que são a compreensão perfeita do Dharma,
a compreensão perfeita do sentido definitivo, da confiança perfeita (na doutrina) e do
conhecimento perfeito dos vitoriosos. De acordo com o tantra, o sentido oculto deve
"servir à mãe da esfera", o que significa a vacuidade ou a natureza da mente.
A fim de ver a nossa natureza inata, a face da Vajravarahi final, nós devemos acumular
mérito e purificar a corrente de nossa mente, de modo que sejam como uma "disposição de
cem luas brancas puras." Por causa dessas práticas, a porta das bênçãos será aberta por
nossa inclinação verdadeira. Dessa maneira, nós podemos ver a luminosidade final e
inflamar nossa sabedoria dinâmica.
Prosternações para quem segura o lótus azul
que purifica os três venenos
e possui infinitas qualidades
de doação, diligência, ética, paciência, meditação e paz;
O terceiro elogio é para Sonam Thobkyedma, Tib "a senhora amarela da boa fortuna". É bonita; sua pele é da cor do ouro puro que resplandece no sol adiantado da manhã. Sua mão esquerda adornada com um lotus azul, em cima de que está uma gema que satisfaz todos os desejos. É a senhora da esfera dos Bodhisattvas da atividade, que abrange as perfeicões transcendentes da generosidade, da paciência, da diligence, da etica, da tranquilidade, da sabedoria e da meditação. A austeridade (neste contexto) é ética, e tranquilidade é sabedoria e meditação. Nós prestamos homenagem à senhora imutável que tem os dez poderes: a vida excedente do poder, a mente excedente do poder, a riqueza excedente do poder, a ação excedente do poder, o nascimento excedente do poder, a inclinação excedente do poder, o aspiração excedente do poder, os milágres excedentes do poder, a sabedoria primordial do excesso do poder, e o dharma excedente do poder. O significado exterior é que alcançou a conclusão das seis perfeições, em apenas uma meditação. O significado interno é que sua meditação singular é como um lotus, livre da falha da aderência para o sujeito e o objeto, e é dotado com a conclusão das seis perfeições.
Prosternações à Unisha dos Tatághatas,
que conquista ilimitáveis vitórias
e é servida pelos filhos dos conquistadores
que atingiram as perfeições;
Adiante o elogio para Namgyalma, Tib "a senhora vitoriosa", "a que realizou a imortalidade." A "deusa de sabedoria" do mantra da sabedoria, que emana das coroas dos Tathagatas, aprecía a vitória total sobre as ilimitáveis forças disruptivas. Seu aspecto é dourado, e prende um vaso de longevidade. Bodhisattvas que conseguiram os dez bhumis, a essência das dez perfeições transcendentes, sem exceção, confiam em sua orientação como sua mãe espiritual. Enriquece os praticantes dissolvendo as quatorze essências sutis animadas, inanimadas e outras essências sutis do samsara e do nirvana. Na realidade, conseguiu o corpo sagrado, imutável do eterno com a intenção da Atiyoga, a coroa das nove yanas.
Prosternações a Ela, cujas letras TUTTARE e HUM,
com sua luz poderosa,
preenchem os sete mundos,
beneficiando os seres;
A quinta faz o elogio a Rigyed Lhamo, Tib "A senhora de todo-Saber" quem tem a qualidade de magnetizar. Esta Tara vermelha senta-se no lotus azul e segura um arco e uma seta. Enche o reino do desejo, seu aspecto, que é o reino da forma, e o espaço, que é o reino sem forma, com o mantra brilhantemente radiante TUTTARA, e o som do HUNG. (Phyogs no tibetano é uma palavra ambígua. Neste exemplo, o autor do comentário interpreta-o como "o aspecto" do reino do desejo.) Isto é porque os seres no reino do desejo e no reino da forma compartilham do mesmo aspecto de ter uma forma. Do mesmo modo, o "espaço" é interpretado como o reino sem forma. O radiação do mantra de TUTTARA e o som do HUNG simbolizam sua realização da vacuidade e da compaixão. Conquista os sete mundos apenas batendo com seus pés. Se puder chamar todas estas forças sem exceção apenas pelo poder do mantra, não pode haver nenhuma dúvida de seu excesso do poder, por exemplo: sangha, reis, ministros, e senhores da terra. Há um número de identificações diferentes dos sete mundos. Jetsun Drakpa Gyaltsen indica-os como os cinco goers, e os dois reinos superiores, que faz sete. Drolgon Zhab diz que os sete mundos são os reinos dos nagas, dos pretas, dos asuras, dos seres humanos, dos vidyadharas, dos kinaras e dos deuses; os sete reinos com poder. No comentário de Gedun Gyatso, os sete reinos são compreendidos dos seis reinos: os reinos dos deuses, deuses da inveja, seres humanos, animais, ghosts famintos e inferno, mais o reino do bardo, que é conhecido também como o estado intermediário. Outros escrevem que os sete mundos são: o céu, a forma e os reinos sem forma, e os mundos dos dez sentidos. Rigyed Lhamo magnetiza e conduz os seres no trajeto dos três yanas. O significado final é aquele com a prática, quando a claridade dos alaya neutros não-conceituais é conhecida, e os reinos sem forma se dissolvem. Quando a luminosidade pura e simples da claridade indiscriminada do alaya-vijnana, ou a "base da consciência" é conhecida, e os reinos da forma se dissolvem. Quando a consciência mental está livre da ilusão e das cinco cognições sensoriais, e o reino do desejo cessa. Estas cessações são o estar na pureza, ou a fruição da purificação. Neste estágio da consciência, os sete mundos são as sete cognições, onde todos os conceitos do desejo e outros três reinos sem exceção se dissolvem no dharmadatu.
Homenagem a quem é adorada por Indra,
Agni, Brahma, Vayudeva, Visvakarman e Ishvara,
E elogiada em sua presença,
Por anfitriões de espíritos, zumbi, gandharvas e yakshas.
A sexta homenagem é a Jigyed Chenmo, Tib. a vermelho-escura “Grande Senhora Terrífica”, que segura um phurba que brilha com a sílaba HUNG que destrói todos os males. Indra, o rei de deuses; Agni, o sábio; Brahma, o criador; Vayudeva, o deus do vento; o grande Ishvara e todos os grandes do mundo, e os guardiões principais das direções a adoram. Em frente a ela se ajoelham anfitriões de espíritos que prejudicam os seres pelo descaminho deles. Há espíritos que causam loucura e perda de memória, e espíritos que se transformam corpos de exército em zumbis. Há gandharvas do bardo e o do reino de Yama; yakshas como Semo que engana seduzindo; espíritos de rei que fazem os seres loucos e furiosos; e demônios de pishaca que comem carne. Todos este malfeitores esperam as ordens dela com humildade e respeito. A homenagem é prestada a Tara que esmaga as cabeças dos difícil domesticar, e os faz desfalecer no estado de dharmadhatu. O significado interno disto é que Indra e os outros deuses são a personificação de cinco elementos, e os espíritos são a personificação dos cinco agregados. A reverência deles simboliza a pureza dos elementos e agregados que são a base dos Buddhas masculino e feminino.
Homenagem a você, que destrói as maléficas rodas mágicas,
Com os sons de TRAT e PHAT
pisando com o pé direito curvado e o esquerdo estendido,
no brilho da luz flamejante do fogo
A sétima homenagem é a Tumo Zhenge Methubma,Tib a “Inamovível Senhora Furiosa”, que evita guerras, raios e chuvas de granizo entoando TRAT e PHAT que em sânscrito significar “rasgar” e “cortar”. Estas sílabas confrontam as rodas mágicas das ações más intencionais das oito classes de espíritos. Eles evitam ataque de raios e chuvas de granizo, e destróem canhões e outras armas de guerra. Descreve que ela foi além dos extremos de samsara e nirvana pela sua compaixão e realização de vacuidade, a perna direita dela está estendida e a perna esquerda dela é voltada para dentro, e pisoteia seres malignos. Ela conquista todos os medos de nirvana e samsara com o seu poder de realização de vacuidade e compaixão. Ela é preta, e entre chamas. Suas rugas coléricas são como ondas do mar. A homenagem é prestada à senhora que brande uma mística espada ardente segura sobre um loto azul que queima e reduz todos os inimigos a cinzas. O significado interno da perna estendida e dobrada dela são as cognições sensórias; quando as cognições sensórias percebem e harmonizam os objetos sensórios, as guerras do samsara surgem. Dizendo “lágrima e corta”, ela corta o apego a objetos sensórios e os purifica. Esta é a base dos Bodhisattvas masculino e feminino.
Prosternações a Ture, a terrível,
que conquista a totalidade dos ferozes demônios,
cuja face-lótus em disposição irada
mata os inimigos todos;
A oitava homenagem é à vermelha escura irada senhora , Zhen Megyalvai Palmo,Tib a “Senhora Destemida Invencível”. Nós elogiamos a senhora que evita crítica e outros danos que são a fonte de humilhação causada por nossas emoções aflitivas de orgulho. O instrumento de mão dela é um vajra. Recitando o mantra TURE, que quer dizer “a Senhora Rápida”, e outros dos seus nomes ela aciona sua compassiva intervenção rápida, e ela surge em forma colérica do dharmadhatu tranqüilo, e domina os demônios difíceis de domesticar: as aflições, os agregados, o senhor de morte e os maras.
Ela transforma sua face calma como florescente loto em face colérica, fazendo uma carranca, e destrói a mente má dos inimigos exteriores. Ela elimina os que odeiam e abusam do dharma e seus seguidores, os que causam obstáculos para praticantes, e os que prejudicam os seres sensíveis. Em realidade, ela executa todos os inimigos sem um rastro: as ofuscações de aflições que são os inimigos da liberação, e as ofuscações conhecíveis que são os inimigos de omnisciência. O significado definitivo é que a base das deidades masculinas e femininas (as faculdades de serviço) é a pura natureza permanente dos quatro atributos de corpo, e as quatro classes de concepções ilusórias. Eles eliminam os inimigos da omnisciência: as ofuscações conhecíveis, e os inimigos da liberação: a ofuscação das emoções aflitivas.
Prosternações a Ela, a mão esquerda posta no coração,
no gesto que simboliza as Três Jóias,
as palmas adornadas com a Roda Universal,
radiação que conquista turbulências e obstáculos;
O nono elogio é homenagem a Sengdeng Nagi Drolma,Tib o “Tara da floresta da árvore-rosa” que protege de todos os tipos de medos. A cor dela é verde escuro, com o brilho deslumbrante de esmeraldas. A mão direita dela está no mudra do doar benefício, e o dedo polegar e dedo anular da mão esquerda dela seguram um loto azul gravado com uma roda. Os outros dedos dela gestualizam graciosamente na vertical ao coração dela no mudra que simboliza a Tríplice Pedra preciosa. A roda de radiante luz, (uma metáfora para proteção) a adorna como o melhor dos artigos de vestuário, e protege como uma proteção contra todos os tormentos. Igualmente, todos os seres do mundo são protegidos em todas as direções de todos os tipos de medo pela luz penetrante que sae do corpo dela, clareando os medos em uma exibição de brilho extraordinário.
Os oito tipos de medos são:
1. o medo de elefantes representa o poder de ignorância. Quando ignorância cresce forte, a pessoa ignora a lei de causa e efeito, se vicia em álcool, (aqui o uso de álcool está num simbólico de visão errada) e fica louco.
2. o medo de cadeias férreas simboliza o hábito de cobiçar e desejar que liga os sentidos e os objetos juntos.
3. o medo de demônios de pishaca significa a dúvida que rouba a força de vida do nirvana, como se muda para o céu da ignorância, e a dúvida que prejudica a compreensão de últimos significados.
4. o medo de rios (inundações) é um símbolo de desejo selvagem. Pela posse de espíritos, a corrente de desejo leva os seres para o samsara em suas ondas tumultuosas de nascimento, doença, envelhecimento e morte através do vento do carma.
5. o medo de fogo representa o poder de raiva que queima a floresta de virtude. Raiva é a causa de ansiedade que em troca causa disputas, disputas, e parcialidades.
6. o medo de roubo corresponde às visões erradas que roubam o tesouro da meta suprema. Isto faz a pessoa vagar à toa no chão estéril de visão errada, (e para) acreditar em extremos e práticas ascéticas baixas.
7. o medo de répteis representa ciúme, o veneno de intolerância da prosperidade de outra pessoa. Ciúme resulta em tudo se tornando uma causa para agitação.
8. o medo de leões. Significa orgulho, a vaidade de manter alto próprias visões e conduta. Orgulho causa a pessoa a desenvolve metaforicamente garras tão afiadas quanto a de um leão e depreciar outros.
Estes e os fatores casuais são os oito medos.
Outro método de fixar os oito medos são o gozo de aflições secundárias:
1. o medo de castigo por reis causados por egoismo e prejudicar os outros.
2. o medo de inimigos é causado por hipocrisia, escuridão, indolência e excitação.
3. o medo de espíritos maus é causado por desonestidade e decepção.
4. o medo de lepra é causado por falta de vergonha e medo de culpa.
5. o medo de estar só é causado por descrença.
6. o medo de pobreza é causado por mesquinhez.
7. o medo de trovão é causado por raiva e inimizade.
8. o medo de fracasso é causado por indolência e descuido.
Homenagem à senhora que nos protege dos dois tipos de medos. O significado interno é que a roda dela das três mentes de sabedoria primordiais (as mentes de sabedoria da vacuidade, claridade e compaixão, ilustradas pelo mudra que simboliza a Tríplice Pedra preciosa) elimina os nove laços e outras aflições que são (impecilhos da) causa por realizar o destemido vajra da luminosidade ego-cognitiva.
Prosternações à grande jubilosa,
sobre cuja cabeça o rosário de coruscantes luzes;
e rindo-se, rindo-se fortemente
controla os demônios e o mundo com TUTTARA;
A décima homenagem é a Jigten Sumgyal,Tib “Vitoriosa sobre os Três Mundos”, que domina os seres mundanos. Ela é vermelha e segura uma bandeira de vitória. Luzes multi-coloridas irradiam da coroa dela, enquanto espalha alegria perfeita e cumprindo os desejos temporais e últimos de acordo com os desejos dos seres. Dizendo o mantra melodioso TUTTARE com os oito atributos de riso (da deidade colérica) ela confunde e domina os senhores endiabrados do (reino de deus sensório), que são conhecidos como o “os Controladores de Outra Emanação”. Ela também domina os reis, ministros, feiticeiros, e donos da casa ricos e os conduz ao caminho da liberação. No texto raiz, “os fenômenos exteriores só mudam quando os ego-aparecimentos transformarem.” Então, subjugação é possível se a intenção da mãe espiritual (vacuidade-compaixão não-dual) é atingido, e não há nenhum método alternado. O significado interno são as quatro alegrias dominando demônios e aflições. A subjugação das três portas pela sabedoria primordial feliz é subjugação dos três mundos.
Prosternações a Ela,
que tem o poder de subordinar a inteira assembléia dos protetores da terra;
e resgata completamente os destituídos
com o irado movimento da letra HUM;
A décima primeira homenagem é a Thronyer Chenma,Tib o “Irada Senhora” que dá riqueza e dispersa pobreza. Ela chama a deusa de terra, os nagas, o deus de riqueza, yakshas e outros senhores das dez direções e seus acompanhamentos para servir às atividades dela. Ela segura um vaso de tesouro, e é laranja em cor. Ela é majestosa, com uma face carrancuda e uma sobrancelha enrugada. Luz radia da sílaba HUNG do coração dela, atraindo a riqueza e prosperidade dos deuses, nagas e humanos. Ela chove sobre o pobre e necessitado com riqueza, satisfazendo todas suas necessidades e os livrando dos seus sofrimentos. O significado interno é purificar a terra da ignorância que apóia o mundo, o primordial aperfeiçoando grande mérito é revelado, enquanto clareia samsara e nirvana de toda a pobreza. Isto também indica o Segredo e o caminho da Sabedoria.
Prosternações a quem tem a lua crescente como ornamento na cabeça
e brilha com vários outros adereços,
sobre cujo coque dos cabelos está Amitabha
de onde partem contínuas luzes;
A décima segunda homenagem é para Tara, Tashi Dongyed Dolma,Tib o “A Que Dá Auspiciosidade”, que traz chuva oportuna, ajuda o parto e faz lugares auspiciosos. Esta Tara dourada se senta em loto azul e segura um nó auspicioso. Dos raios do diadema de lua crescente dela, caem chuvas de néctar, melhorando as colheitas e vegetação. Luz branca clara e brilhante se irradia das jóias preciosas dela e do traje sedoso. Amitabha, o senhor da familia de Buda dela se senta no nó de cabelo preto dela. Também, dele raios compassivos incessantes ilimitados brilham para o benefício dos seres sensíveis. Esses raios trazem uma chuva de sinais e coisas auspiciosas. Eles limpam os presságios ruins e venenosos da existência animada e inanimada, fazendo todos os seres e os ambientes desfrutar de perfeita, gloriosa auspiciousidade. O significado último da primeira linha é ‘percepção direta', a segunda linha significa ‘que aumenta experiência ' e as últimas duas das linhas significam ‘o estágio da conclusão da expansão de sabedoria primordial e kayas da quarta autorização' (a Iniciaçào da Palavra).
Homenagem para você, que mora entre guirlandas
Brilhando como o fogo ao término de uma eternidade.
Com sua perna direita estendida e a esquerda dobrada
Seu torneamento jovial destrói forças inimigas.
A décima terceira homenagem é a Drapung Jomma,Tib a “Tara Que Evita Guerra”. Ela evita guerras e obstáculos, e conduz os seres à vitória na guerra com forma e com inimigos sem forma. Ela é de cor vermelha e mora entre guirlandas de fogo de sabedoria que rodam como o fogo ao término de uma eternidade. A perna direita dela está esticada e perna esquerda é dobrada para dentro. Faíscas de fogo saem do vajra que ela brande, enquanto subjuga todos os inimigos prejudiciais. Ela os conforta e os junta debaixo da tenda vajra que os protege do próprio mal deles mesmos. Com todo os meios hábeis, ela gira a roda do dharma, de acordo com a disposição dos seres a serem domesticados. Ela os faz felizes e joviais, e subjuga as forças maleficas das duas ofuscações. O significado interno é que isto indica a realização que “esvazia todos os fenômenos” da mesma maneira que o fogo ao término da eternidade consome o mundo, quando a sabedoria primordial rodar em dharmadhatu, a terra exterior e pedras, o corpo animado interno, e as concepções secretas também estarão exaustas. Assim são dominados os inimigos das duas ofuscações, e a alegria da grande tranqüilidade do nucleo da claridade interna da sabedoria primordial que não mora no extremo de samsara e nirvana é experimentado.
Homenagem para você, que golpeia a terra com suas palmas,
E a sela nisto com seus pés.
Com expressoes coléricas e a sílaba HUNG,
Você se espalha nos sete mundos dos criminosos.
A décima quarta homenagem é a Thronyer Chenzed,Tib a “Colérica de face irada Tara” que subjuga as oito classes de espíritos prejudiciais e os nove irmãos de espíritos malignos. Ela é negra como uma noite escura, e segura numa mão um pilao de madeira em um loto azul. Ela faz o mundo tremer e golpea as montanhas e ilhas com as palmas das mãos dela e estampando neles com seus pés. Pelo poder de sua face irada e real, a vibração ressonante de HUNG e o clarão da luz de vajra brilhante dela que eh como umo uma chuva de fogo ela quebra os corações e cabeças de espíritos malignos todos: britadores de samaya, demônios e outros dos sete mundos dos criminosos e os faz desfalecer no estado de dharmata. Os sete mundos dos criminosos que são como camadas de sete telhados: os domicílios de demônios, a base geral, a base mais alta, o infundado, a base específica, a base de essência, a base perfeita e a pura base. Em realidade, os dois pes golpeando simbolizam golpeando o ponto crucial do caminho da nao-dualidade da sabedoria primitiva e da esfera básica que desarraiga as sete latências ou sete cognições com os seus objetos.
Homenagem para você, que está feliz, virtuosa e tranqüila,
E desfruta do domínio do nirvana calmo
Com (mantra) perfeitamente dotado de SVAHA e OM
Você destrói o terrivel carma nao-virtuoso.
A décima quinta homenagem é a Rabtu Zhima,Tib a “Pacificadora Perfeita”, que pacifica a ofuscação do carma negativo. Ela se senta em loto azul, e está calma. A cor dela é branca como uma lua cristalina e ela segura um vaso ungindo. Ela é livre do sofrimento, e como resultado, ela está feliz. Ela eliminou nao-virtude, e como resultado, ela é virtuosa. As aflições dela terminaram, e como resultado, ela está tranqüila. Ela foi além dos sofrimentos das duas ofuscações e ela desfruta e repousa na esfera da tranqüilidade sublime. Pelo poder da sua compaixão, e poder de perfeitamente recitar conforme a sadhana os vinte e três ou dezoito mantras de sua sílaba, os cinco carmas negativos odiosos que fazem os seres entrar nos mais baixos reinos são desarraigados e os carmas que geram grandes sofrimentos são purificados. O mantra inclui as sílabas adicionais, OM no princípio e SVAHA ao fim. O significado último é que são conectadas a felicidade dela e outras qualidades às cinco mentes de sabedoria: a sabedoria do absoluto espacial, a sabedoria como espelho, a sabedoria da igualdade, a sabedoria distintiva, e a todo-realizada sabedoria.
Homenagem para você, que é rodeada de joviais
Que espalham os corpos dos inimigos completamente.
Você libera tudo com sua fala, adornada com dez sílabas
E HUNG: sua consciência primitiva.
A décima sexta homenagem é para Drolma Barvai Odcan,Tib a “Tara Que Evita os Inimigos e o Feitiço de Mantra,” que é vermelha como o fogo ao término da eternidade, e se senta em loto azul, e segura um vajra cruzado. Ela é rodeada por anfitriões de vidyadharas e mendicantes que realizaram a prática do mantra e o poder da fala verdadeira e estiveram dotado com a alegria perfeita do samadhi. O brilho deles espalha os corpos dos inimigos e supera o poder de feitiços mágicos e o poder de feitiçaria, e os destroem sem um rastro. Recitando o arranjo de mantra dela das dez sílabas, TARA de OM e assim por diante. No coração da senhora colérica, a consciência descansa na forma de um radiante HUNG de luz que clareia as ofuscações exteriores, internas, e secretas dos seres a serem domesticados. O significado último é que subjugando o inimigo do aparecimento impuro de nosso corpo, o corpo da consciência da Mãe dos Vitoriosos é realizado: o imutável grande corpo feliz dotado dos dez poderes.
Homenagem a você cuja sílaba de semente é HUNG
Que profere TURE e batendo seu pé
Faz tremer o monte Meru, Mandhara e as montanhas de Vindhya
E os três mundos.
A décima sétima homenagem é para Dolma Pagmed Nonma,Tib a “Supressora Insondável”, que evita dano de caçadores, ladrões, ladrões e inimigos. Ela é igual ao açafrão laranja, e se senta em um loto azul e segura uma stupa. Dizendo TURE, batendo no chão, e as sílabas semente irradiando do HUNG do coração dela, ela faz tremer todos os domicílios dos grandes deuses, inclusive o Monte Meru, Mandhara e Vindhya. O efeito das ações dela se estende além dos três mil mundos. O britamento dela causa os três reinos: do desejo, da forma e informe, dos mundos subterrâneos, terrestres e celestiais, tremerem em terremoto. Pelo poder das forças amedrontadoras dela, ela esmaga os açougueiros, ladrões e outros inimigos debaixo dos seus pés e concede paz a todos os seres. O significado último é que o gorjear dos três mundos é purificação das três portas (corpo, fala e mente).
Homenagem para você, segurando uma lua cheia marcada de lebre,
Amoldado como o oceano do deus de néctar
Proferindo TARA duas vezes e PHAT
Você dispersa todo o veneno sem exceção.
A décima oitava homenagem é para Maja Chenmo,Tib a “Grande Pavoa”, que evita e pacifica veneno. Ela é tão branca quanto a lua, e senta em um loto azul. Na mão esquerda dela, ela segura uma lua cheia marcada com um coelho que é a forma do oceano de néctar do reino divino. Com o brilho dela e cantando o seu mantra OM TARA TUTTARE TURE SARVA VETRA TARA PHAT SVA HA que tem duas TARAS e uma sílaba de PHAT ela clareia todos os venenos, animado e inanimado, sem um rastro. Geralmente, todos os obstáculos surgem de venenos, e a base de todos os venenos animados e inanimados são nossas aflições. Ela clareia todos os venenos dos seres sensíveis sem um rastro com a medicina da verdade da realidade.
Homenagem para você, em quem reis, congregações de deuses,
Deuses secundários, e kinaras confiam.
Sua armadura de alegria magnífica
Dispersa todas as disputas e sonhos ruins.
A décima nona homenagem e para Mipham Gyalmo,Tib “a Invicta Rainha”, que evita conflitos e sonhos ruins. Ela é branca e segura um guarda-chuva branco. Indra, Brahma, deuses do desejo e reinos de forma, demônios e deuses locais que prejudicam os seres, e os deuses das montanhas, lagos e árvores que ajudam os seres, todos a honram sem exceção. Em geral, pelo mantra que é santificado por ela e a visualização do corpo dela como armadura, podem ser evitados todos os conflitos e sonhos ruins. Em particular, os vajras multi-coloridos e as faíscas que eles emitem evitam ataques religiosos e políticos, e faz as declarações deles impotentes. Ela usa uma coroa para simbolizar que honra os lamas como deidades, atualização de sabedoria primordial, e estabilização de bodhicitta. Ela usa brincos como um sinal de conter a humilhação dos lamas. Os braceletes, pulseiras e tornozeleiras, seis em número, significa que ela se contém de insetos mortais. Os colares dela representam sua recitação perfeita de mantra. O cinto dela, mais baixos artigos de vestuário e ornamentos indicam que o seu corpo está dotado de bodhicitta. Todos os ornamentos dela são como boa armadura cujo esplendor pode evitar ataques e os sonhos ruins causados pelo desequilíbrio dos ventos, canais e da essência seminal. O significado interno é que tendo o vento carmico fluindo no uma, o canal central, que é a experiência da armadura de vacuidade, é atualizado, enquanto evita as ilusões que causam conflito e sonhos ruins.
Homenagem para você, cujos dois olhos, o sol e a lua
Radiam luz de luminosidade sublime.
HARA proferindo duas vezes e TUTTARA
Você dispersa todas as epidemias horrorizantes.
A vigésima homenagem é para Lhamo Rithrodma,Tib a “Mendicante Tara”, que evita todas as doenças. Ela é laranja e a mão dela segura um vaso de néctar em um loto azul. O olho esquerdo dela é como a lua cheia e o olho direito dela é como o sol. O olho direito dela emite raios ardentes que queimam todos os senhores das doenças (os que comandam os espíritos maus que trazem doença) como palheiros. Fluxos de néctar claros da lua (o olho esquerdo dela) curam as causas e efeitos de doenças e epidemias. O mantra dela, OM TUTTARE TURE NAMA TARA NAMO HARA HUNG HARA SVA HA tem dois sons HARA e um TUTTARA. O mantra pode curar até mesmo as epidemias incuráveis mais perigosas. O significado último é que seao mãe-esfera de sabedoria transcendente é percebida, as epidemias mais perigosas das aflições, suas causas e fruições podem ser curadas.
Homenagem para você, que é adornada por três Ipseidades.
Perfeitamente dotada com o poder de serenidade.
Destruidora de demônios, zumbis e yakshas.
O TURE! Senhora excelente sublime.
O vigésimo-primeiro elogio é homenagem para Lhamo Odser Chenma,Tib a “Deusa com Brilho”, que pode restabelecer a força de vida. Ela é branca, a mão esquerda dela está no mudra de conceder benefício, e a mão direita dela está no mudra de conceder refúgio, enquanto segurando um loto azul no qual se senta o auspicioso dourado peixe. Nos seus três lugares: coroa, garganta e coração, estão OM, AH, e HUNG, respectivamente, que formam a proteção sublime contra todos os obstáculos. Os raios claros destas letras protegem as três portas dos seres dos danos de todos os obstáculos exteriores causados por forças de mal, com forma e informe. Eles também protegem os seres dos obstáculos internos para a saúde doente, e os obstáculos secretos da aflição dualistica. Os raios têm o poder de os pacificar sem um rastro. Particularmente, os raios das três letras podem restabelecer a força da vida roubada por espíritos, zumbis, e yakshas, e eliminas as intenções prejudiciais deles e suas ações. A homenagem é para TURE, a grande senhora compassiva que age rapidamente para o benefício dos seres sensíveis. O verdadeiro significado é que Tara tem o poder para guiar as mentes dos seres a serem domesticado dentro das “três aproximações para a liberação”, que são: vacuidade, o não atributo e a não aspiração ou a ipseidade de uma entidade, sua natureza e compaixão, e a clarificação de todas as suas ofuscações. No final das contas o corpo vajra, fala e mente são a primordial pura natureza de todos os fenômenos. Meditando na esfera da indivisibilidade do três vajras, os demônios, sofrimentos, zumbis e yakshas são transformados pelas grandes felicidades da sabedoria primordial.
Este é o elogio de deu mantra raiz,
E as Vinte e uma Homenagens.
Os Benefícios de Recitar o Elogio
O sábio dotado de puro respeito pela deusa que recita esses elogios com devoção perfeita que se lembra dela pela noite e ao se despertar ao amanhecer, será dotado de liberdade completa do medo.
Um praticante que recita o elogio pela noite e ao amanhecer, recordando as qualidades de Tara com pura devoção, e tem a sabedoria para discriminar entre o bem e o mal será protegido dos dezesseis medos. Outros serão dotados da liberdade completa de todos os medos. Também é dito que nós temos que meditar na forma colérica dela pela noite para pacificar os danos desta vida, e visualizar a forma calma dela ao amanhecer e recitar os elogios para se salvar de renascimento nos mais baixos reinos.
Todos seus pecados serão pacificados, enquanto causa a destruição a todos os mais baixos reinos.
E os sete milhões de Vitoriosos
Lhes concederão depressa a autorização.
Assim, atingirão grandeza, e progridirão à fase da Budeidade.
A prática diária dos Vinte e um Elogios para Tara causará que todos os pecados do praticante serão pacificados e purificados. Os que recitam o elogio não experimentarão os sofrimentos dos mais baixos reinos. O sete milhões de Vitoriosos que moram com a Senhora Nobre abençoarão rapidamente e autorizarão os praticante. Nesta vida, os praticantes deste elogio alcançarão as grandes felicidades de lugar, corpo, acompanhamento, e as qualidades do dharma de preceitos transmitidos e realização. Eles atingirão os caminhos e bhumis rapidamente, e chegarão ao último estado de Iluminação.
Lembrando-se dela, os venenos mais violentos que estão na terra ou em seres se comido ou bebidos serão removidos completamente.
No nível convencional, serão protegidos os prarticantes de doenças terríveis, e das dores causadas por acônito e outros venenos inanimados. Eles serão protegidos dos dentes venenosos, chifres, picadas e mordidas de animais. A prática também proverá proteção do efeito venenoso das intenções más de espíritos malignos, proteção do toque deles e o mau-olhado. Lembrando-se da deusa e do seu mantra, o efeito prejudicial de venenos se foram comidos ou bebidos será anulado.
Isto pode eliminar vários sofrimentos Infligidos pelos espíritos, epidemias e venenos mesmo se for praticado pelo bem de outros seres.
A prática pode eliminar o sofrimento infligido por venenos exteriores e internos, por epidemias perigosas e posse de espíritos maus, facilmente. O mesmo benefício pode ser alcançado se o elogio é recitado pela causa outros seres.
Em recitar duas vezes sinceramente, três vezes, e sete vezes
O desejo de ter filho será cumprido. E o desejo de riqueza pode ser alcançado. Todos os desejos serão cumpridos. Todo obstáculo será destruído em sua volta
Nós temos que recitar o elogio duas, três e sete vezes em uma sessão. Ou podemos fazer a prática duas sessões por dia: uma vez durante o dia, e uma vez durante a noite, ou três sessões durante o dia e três sessões à noite. Os Detentores do Vajra da Índia e do Tibet ensinam que se a pessoa praticar a sadhana de “Os Quatro Oferecimentos de Mandala” deste modo, o desejo para ter filhos para continuar a linha familiar da pessoa, ou prover os praticantes para apoiar a linhagem de dharma serão cumpridos. Da mesma maneira, se a pessoa deseja ter riqueza para a felicidade desta vida e da próxima, excelente prosperidade pode ser alcançada facilmente. Igualmente, qualquer outra atividade: serão cumpridos siddhis, desejos temporais e desejos últimos. Pela compaixão da Mãe Venerável, não se manifestarão obstáculos desfavoráveis no futuro, e o dano não surgirá de obstáculos que já aconteceram. Considerando que todos os propósitos podem ser alcançados completamente, desse modo se tem que praticar esta sadhana com entusiasmo.
Explicando os Vinte e um Elogios com devoção, que todo o acesso o oceano de siddhis, clareie todos os obstáculos e tenha a auspiciosidade da Iluminação completa, tendo uma visão da face dela rapidamente, abraçado
pelas felicidades imutáveis, dotado com todos os atributos supremos.
Para resumir o texto, o significado do mantra raiz é mostrado na forma de elogio. Os vinte e um versos mostram a homenagem às vinte e uma manifestações da deusa.
Thupten Shedrub Gyatso que era um Tulku em um dos Monastérios Palyul escreveu este comentário. A encarnação presente dele, Rago Chogtrul, mora atualmente no Tibete.
Tradução de Khenpo Tenzin Norgey - Primavera de 2004,
Centro Palyul de Retiro, Mc Donough, NY E.U.A. Ano do Macaco de Madeira 2131
Trad. de R. Samuel
PEQUENO COMENTÁRIO DO TANTRA DAS VINTE E UMA HOMENAGENS À TARA
CONHECIDO COMO O VASO DO TESOURO DO BENEFÍCIO E FELICIDADES
POR
Thupten Shedrub Gyatso
Namo Guru Lokeshvaraya!
O senhor de três Kayas,
Tesouro das atividades de todos os vitoriosos,
Você é a grande bênção não nascida: Samantabhadri.
Eu me curvo a você, rápida e destemida mãe dos vitoriosos,
E explico brevemente os versos de prece com devoção.
A mãe nobre e venerável Tara é Kuntuzangmo, Tib Samantabhadri, Skt da esfera do dharmakaya,
Dorje Phagmo, Tib Vajravarahi, Skt na esfera do sambhogakaya, e Arya Tara em sua forma
no nirmanakaya. Dorje Yangchenma, Tib e Lhamo Palchenmo, Tib estão entre suas muitas
outras manifestações; cada uma tem um nome e uma forma diferente. Na terra da neve (Tibet)
os seres são beneficiados por suas outras manifestações inconcebíveis, especificamente,
Yeshe Tsogyal, Tib ou Skt Jhana Dakini, apenas rezando a ela, com a ajuda de sua ação rápida
nós podemos espontâneamente realizar as duas finalidades. Conseqüentemente, é de grande
benefício perservar esta prática. Há muitas tradições indianas e tibetanas diferentes
que explicam este "tantra dos elogios". Motivado pela devoção, eu explicarei este tantra
de acordo com "o vaso do tesouro da grande bênção essencial na prática interna",
que é o ensinamento profundo da mente-tesouro do onisciente Rigdzin Jigme Lingpa.
Cada uma das vinte e uma estrofes é um elogio às vinte e uma manifestações.
1. Louvada seja a Nobre, que é rápida e corajosa;
cujos olhos brilham e que nasce
da face-lótus do Senhor dos Três Mundos.
O primeiro elogio é para Nyurma Palmo, Tib "a senhora rápida sem medo". Aqui rendemos
homenagem à senhora da atividade que libera seres dos sofrimentos temporal e eterno do
samsara. É chamada "senhora rápida" porque sua compaixão imparcial beneficia seres sem
atraso. É "a senhora destemida, sem medo", porque tem o poder de dominar demônios,
assim como as aflições dos seres. Protege seres de todos os medos. Seus olhos de sabedoria
movem-se como o flash de um relâmpago porque conhece inteiramente todos os fenômenos. A senhora é dotada de omnisciência, compaixão, poder e atividade e foi nascida das gotas de
lágrimas dos olhos do lótus inteiramente florescido do rosto de Avalokiteshvara,
salvador dos três mundos". Os três mundos são os reinos secundário-sub-terrestre,
terrestre e celestial (os mundos dos nagas, seres humanos e dos deuses, respectivamente).
Tara é sedutora e tem a juventude do sol levantando-se, e um sorriso semi-irado.
Sua mão direita está no mudra de doação e sua mão esquerda segura um lotus azul em cima
de que é uma concha que gira para direita. Isto simboliza sua maestria nas duas verdades
e bodhicitta: neste mundo e no reino dos deuses. O significado externo da prece
é literalmente para o aspecto do nirmanakaya da nobre senhora. No aspecto secreto da prece
seus sambhogakaya e dharmakaya são incluídos. O "salvador dos três mundos" é o dharmakaya,
e sua manifestação é o rupakaya, ou do "o corpo da forma" (que é composto do sambhogakaya
e do nirmanakaya).
Prosternações a Ela,
cuja luminosa face brilha
com a luz de cem mil luas cheias de Outono,
brilhante constelação de mil estrelas;
A segunda estrofe é homenagem a Yangchenma, Tib. o "tesouro da sabedoria". A "senhora com uma
face que brilha como uma disposição de cem luas cheias do outono", significa que sua
face é cem vezes mais favoravel e mais bela do que a lua. Sua mão direita segura um
espelho, que é como uma lua cheia gravada com uma sílaba de HRI. "A constelação espacial
perfeita de mil estrelas," se refere ao campo de sua sabedoria, que é abundante, espacial,
e vasta como os raios incontáveis e resplandescente da lua cheia. Esta luz cancela a
escuridão da ignorância dos praticantes, que é a causa da dúvida, da doença e da
possessão por demônios. Abre a porta ao Tesouro do conhecimento iluminando a luz dos
quatro conhecimentos perfeitos específicos, que são a compreensão perfeita do Dharma,
a compreensão perfeita do sentido definitivo, da confiança perfeita (na doutrina) e do
conhecimento perfeito dos vitoriosos. De acordo com o tantra, o sentido oculto deve
"servir à mãe da esfera", o que significa a vacuidade ou a natureza da mente.
A fim de ver a nossa natureza inata, a face da Vajravarahi final, nós devemos acumular
mérito e purificar a corrente de nossa mente, de modo que sejam como uma "disposição de
cem luas brancas puras." Por causa dessas práticas, a porta das bênçãos será aberta por
nossa inclinação verdadeira. Dessa maneira, nós podemos ver a luminosidade final e
inflamar nossa sabedoria dinâmica.
Prosternações para quem segura o lótus azul
que purifica os três venenos
e possui infinitas qualidades
de doação, diligência, ética, paciência, meditação e paz;
O terceiro elogio é para Sonam Thobkyedma, Tib "a senhora amarela da boa fortuna". É bonita; sua pele é da cor do ouro puro que resplandece no sol adiantado da manhã. Sua mão esquerda adornada com um lotus azul, em cima de que está uma gema que satisfaz todos os desejos. É a senhora da esfera dos Bodhisattvas da atividade, que abrange as perfeicões transcendentes da generosidade, da paciência, da diligence, da etica, da tranquilidade, da sabedoria e da meditação. A austeridade (neste contexto) é ética, e tranquilidade é sabedoria e meditação. Nós prestamos homenagem à senhora imutável que tem os dez poderes: a vida excedente do poder, a mente excedente do poder, a riqueza excedente do poder, a ação excedente do poder, o nascimento excedente do poder, a inclinação excedente do poder, o aspiração excedente do poder, os milágres excedentes do poder, a sabedoria primordial do excesso do poder, e o dharma excedente do poder. O significado exterior é que alcançou a conclusão das seis perfeições, em apenas uma meditação. O significado interno é que sua meditação singular é como um lotus, livre da falha da aderência para o sujeito e o objeto, e é dotado com a conclusão das seis perfeições.
Prosternações à Unisha dos Tatághatas,
que conquista ilimitáveis vitórias
e é servida pelos filhos dos conquistadores
que atingiram as perfeições;
Adiante o elogio para Namgyalma, Tib "a senhora vitoriosa", "a que realizou a imortalidade." A "deusa de sabedoria" do mantra da sabedoria, que emana das coroas dos Tathagatas, aprecía a vitória total sobre as ilimitáveis forças disruptivas. Seu aspecto é dourado, e prende um vaso de longevidade. Bodhisattvas que conseguiram os dez bhumis, a essência das dez perfeições transcendentes, sem exceção, confiam em sua orientação como sua mãe espiritual. Enriquece os praticantes dissolvendo as quatorze essências sutis animadas, inanimadas e outras essências sutis do samsara e do nirvana. Na realidade, conseguiu o corpo sagrado, imutável do eterno com a intenção da Atiyoga, a coroa das nove yanas.
Prosternações a Ela, cujas letras TUTTARE e HUM,
com sua luz poderosa,
preenchem os sete mundos,
beneficiando os seres;
A quinta faz o elogio a Rigyed Lhamo, Tib "A senhora de todo-Saber" quem tem a qualidade de magnetizar. Esta Tara vermelha senta-se no lotus azul e segura um arco e uma seta. Enche o reino do desejo, seu aspecto, que é o reino da forma, e o espaço, que é o reino sem forma, com o mantra brilhantemente radiante TUTTARA, e o som do HUNG. (Phyogs no tibetano é uma palavra ambígua. Neste exemplo, o autor do comentário interpreta-o como "o aspecto" do reino do desejo.) Isto é porque os seres no reino do desejo e no reino da forma compartilham do mesmo aspecto de ter uma forma. Do mesmo modo, o "espaço" é interpretado como o reino sem forma. O radiação do mantra de TUTTARA e o som do HUNG simbolizam sua realização da vacuidade e da compaixão. Conquista os sete mundos apenas batendo com seus pés. Se puder chamar todas estas forças sem exceção apenas pelo poder do mantra, não pode haver nenhuma dúvida de seu excesso do poder, por exemplo: sangha, reis, ministros, e senhores da terra. Há um número de identificações diferentes dos sete mundos. Jetsun Drakpa Gyaltsen indica-os como os cinco goers, e os dois reinos superiores, que faz sete. Drolgon Zhab diz que os sete mundos são os reinos dos nagas, dos pretas, dos asuras, dos seres humanos, dos vidyadharas, dos kinaras e dos deuses; os sete reinos com poder. No comentário de Gedun Gyatso, os sete reinos são compreendidos dos seis reinos: os reinos dos deuses, deuses da inveja, seres humanos, animais, ghosts famintos e inferno, mais o reino do bardo, que é conhecido também como o estado intermediário. Outros escrevem que os sete mundos são: o céu, a forma e os reinos sem forma, e os mundos dos dez sentidos. Rigyed Lhamo magnetiza e conduz os seres no trajeto dos três yanas. O significado final é aquele com a prática, quando a claridade dos alaya neutros não-conceituais é conhecida, e os reinos sem forma se dissolvem. Quando a luminosidade pura e simples da claridade indiscriminada do alaya-vijnana, ou a "base da consciência" é conhecida, e os reinos da forma se dissolvem. Quando a consciência mental está livre da ilusão e das cinco cognições sensoriais, e o reino do desejo cessa. Estas cessações são o estar na pureza, ou a fruição da purificação. Neste estágio da consciência, os sete mundos são as sete cognições, onde todos os conceitos do desejo e outros três reinos sem exceção se dissolvem no dharmadatu.
Homenagem a quem é adorada por Indra,
Agni, Brahma, Vayudeva, Visvakarman e Ishvara,
E elogiada em sua presença,
Por anfitriões de espíritos, zumbi, gandharvas e yakshas.
A sexta homenagem é a Jigyed Chenmo, Tib. a vermelho-escura “Grande Senhora Terrífica”, que segura um phurba que brilha com a sílaba HUNG que destrói todos os males. Indra, o rei de deuses; Agni, o sábio; Brahma, o criador; Vayudeva, o deus do vento; o grande Ishvara e todos os grandes do mundo, e os guardiões principais das direções a adoram. Em frente a ela se ajoelham anfitriões de espíritos que prejudicam os seres pelo descaminho deles. Há espíritos que causam loucura e perda de memória, e espíritos que se transformam corpos de exército em zumbis. Há gandharvas do bardo e o do reino de Yama; yakshas como Semo que engana seduzindo; espíritos de rei que fazem os seres loucos e furiosos; e demônios de pishaca que comem carne. Todos este malfeitores esperam as ordens dela com humildade e respeito. A homenagem é prestada a Tara que esmaga as cabeças dos difícil domesticar, e os faz desfalecer no estado de dharmadhatu. O significado interno disto é que Indra e os outros deuses são a personificação de cinco elementos, e os espíritos são a personificação dos cinco agregados. A reverência deles simboliza a pureza dos elementos e agregados que são a base dos Buddhas masculino e feminino.
Homenagem a você, que destrói as maléficas rodas mágicas,
Com os sons de TRAT e PHAT
pisando com o pé direito curvado e o esquerdo estendido,
no brilho da luz flamejante do fogo
A sétima homenagem é a Tumo Zhenge Methubma,Tib a “Inamovível Senhora Furiosa”, que evita guerras, raios e chuvas de granizo entoando TRAT e PHAT que em sânscrito significar “rasgar” e “cortar”. Estas sílabas confrontam as rodas mágicas das ações más intencionais das oito classes de espíritos. Eles evitam ataque de raios e chuvas de granizo, e destróem canhões e outras armas de guerra. Descreve que ela foi além dos extremos de samsara e nirvana pela sua compaixão e realização de vacuidade, a perna direita dela está estendida e a perna esquerda dela é voltada para dentro, e pisoteia seres malignos. Ela conquista todos os medos de nirvana e samsara com o seu poder de realização de vacuidade e compaixão. Ela é preta, e entre chamas. Suas rugas coléricas são como ondas do mar. A homenagem é prestada à senhora que brande uma mística espada ardente segura sobre um loto azul que queima e reduz todos os inimigos a cinzas. O significado interno da perna estendida e dobrada dela são as cognições sensórias; quando as cognições sensórias percebem e harmonizam os objetos sensórios, as guerras do samsara surgem. Dizendo “lágrima e corta”, ela corta o apego a objetos sensórios e os purifica. Esta é a base dos Bodhisattvas masculino e feminino.
Prosternações a Ture, a terrível,
que conquista a totalidade dos ferozes demônios,
cuja face-lótus em disposição irada
mata os inimigos todos;
A oitava homenagem é à vermelha escura irada senhora , Zhen Megyalvai Palmo,Tib a “Senhora Destemida Invencível”. Nós elogiamos a senhora que evita crítica e outros danos que são a fonte de humilhação causada por nossas emoções aflitivas de orgulho. O instrumento de mão dela é um vajra. Recitando o mantra TURE, que quer dizer “a Senhora Rápida”, e outros dos seus nomes ela aciona sua compassiva intervenção rápida, e ela surge em forma colérica do dharmadhatu tranqüilo, e domina os demônios difíceis de domesticar: as aflições, os agregados, o senhor de morte e os maras.
Ela transforma sua face calma como florescente loto em face colérica, fazendo uma carranca, e destrói a mente má dos inimigos exteriores. Ela elimina os que odeiam e abusam do dharma e seus seguidores, os que causam obstáculos para praticantes, e os que prejudicam os seres sensíveis. Em realidade, ela executa todos os inimigos sem um rastro: as ofuscações de aflições que são os inimigos da liberação, e as ofuscações conhecíveis que são os inimigos de omnisciência. O significado definitivo é que a base das deidades masculinas e femininas (as faculdades de serviço) é a pura natureza permanente dos quatro atributos de corpo, e as quatro classes de concepções ilusórias. Eles eliminam os inimigos da omnisciência: as ofuscações conhecíveis, e os inimigos da liberação: a ofuscação das emoções aflitivas.
Prosternações a Ela, a mão esquerda posta no coração,
no gesto que simboliza as Três Jóias,
as palmas adornadas com a Roda Universal,
radiação que conquista turbulências e obstáculos;
O nono elogio é homenagem a Sengdeng Nagi Drolma,Tib o “Tara da floresta da árvore-rosa” que protege de todos os tipos de medos. A cor dela é verde escuro, com o brilho deslumbrante de esmeraldas. A mão direita dela está no mudra do doar benefício, e o dedo polegar e dedo anular da mão esquerda dela seguram um loto azul gravado com uma roda. Os outros dedos dela gestualizam graciosamente na vertical ao coração dela no mudra que simboliza a Tríplice Pedra preciosa. A roda de radiante luz, (uma metáfora para proteção) a adorna como o melhor dos artigos de vestuário, e protege como uma proteção contra todos os tormentos. Igualmente, todos os seres do mundo são protegidos em todas as direções de todos os tipos de medo pela luz penetrante que sae do corpo dela, clareando os medos em uma exibição de brilho extraordinário.
Os oito tipos de medos são:
1. o medo de elefantes representa o poder de ignorância. Quando ignorância cresce forte, a pessoa ignora a lei de causa e efeito, se vicia em álcool, (aqui o uso de álcool está num simbólico de visão errada) e fica louco.
2. o medo de cadeias férreas simboliza o hábito de cobiçar e desejar que liga os sentidos e os objetos juntos.
3. o medo de demônios de pishaca significa a dúvida que rouba a força de vida do nirvana, como se muda para o céu da ignorância, e a dúvida que prejudica a compreensão de últimos significados.
4. o medo de rios (inundações) é um símbolo de desejo selvagem. Pela posse de espíritos, a corrente de desejo leva os seres para o samsara em suas ondas tumultuosas de nascimento, doença, envelhecimento e morte através do vento do carma.
5. o medo de fogo representa o poder de raiva que queima a floresta de virtude. Raiva é a causa de ansiedade que em troca causa disputas, disputas, e parcialidades.
6. o medo de roubo corresponde às visões erradas que roubam o tesouro da meta suprema. Isto faz a pessoa vagar à toa no chão estéril de visão errada, (e para) acreditar em extremos e práticas ascéticas baixas.
7. o medo de répteis representa ciúme, o veneno de intolerância da prosperidade de outra pessoa. Ciúme resulta em tudo se tornando uma causa para agitação.
8. o medo de leões. Significa orgulho, a vaidade de manter alto próprias visões e conduta. Orgulho causa a pessoa a desenvolve metaforicamente garras tão afiadas quanto a de um leão e depreciar outros.
Estes e os fatores casuais são os oito medos.
Outro método de fixar os oito medos são o gozo de aflições secundárias:
1. o medo de castigo por reis causados por egoismo e prejudicar os outros.
2. o medo de inimigos é causado por hipocrisia, escuridão, indolência e excitação.
3. o medo de espíritos maus é causado por desonestidade e decepção.
4. o medo de lepra é causado por falta de vergonha e medo de culpa.
5. o medo de estar só é causado por descrença.
6. o medo de pobreza é causado por mesquinhez.
7. o medo de trovão é causado por raiva e inimizade.
8. o medo de fracasso é causado por indolência e descuido.
Homenagem à senhora que nos protege dos dois tipos de medos. O significado interno é que a roda dela das três mentes de sabedoria primordiais (as mentes de sabedoria da vacuidade, claridade e compaixão, ilustradas pelo mudra que simboliza a Tríplice Pedra preciosa) elimina os nove laços e outras aflições que são (impecilhos da) causa por realizar o destemido vajra da luminosidade ego-cognitiva.
Prosternações à grande jubilosa,
sobre cuja cabeça o rosário de coruscantes luzes;
e rindo-se, rindo-se fortemente
controla os demônios e o mundo com TUTTARA;
A décima homenagem é a Jigten Sumgyal,Tib “Vitoriosa sobre os Três Mundos”, que domina os seres mundanos. Ela é vermelha e segura uma bandeira de vitória. Luzes multi-coloridas irradiam da coroa dela, enquanto espalha alegria perfeita e cumprindo os desejos temporais e últimos de acordo com os desejos dos seres. Dizendo o mantra melodioso TUTTARE com os oito atributos de riso (da deidade colérica) ela confunde e domina os senhores endiabrados do (reino de deus sensório), que são conhecidos como o “os Controladores de Outra Emanação”. Ela também domina os reis, ministros, feiticeiros, e donos da casa ricos e os conduz ao caminho da liberação. No texto raiz, “os fenômenos exteriores só mudam quando os ego-aparecimentos transformarem.” Então, subjugação é possível se a intenção da mãe espiritual (vacuidade-compaixão não-dual) é atingido, e não há nenhum método alternado. O significado interno são as quatro alegrias dominando demônios e aflições. A subjugação das três portas pela sabedoria primordial feliz é subjugação dos três mundos.
Prosternações a Ela,
que tem o poder de subordinar a inteira assembléia dos protetores da terra;
e resgata completamente os destituídos
com o irado movimento da letra HUM;
A décima primeira homenagem é a Thronyer Chenma,Tib o “Irada Senhora” que dá riqueza e dispersa pobreza. Ela chama a deusa de terra, os nagas, o deus de riqueza, yakshas e outros senhores das dez direções e seus acompanhamentos para servir às atividades dela. Ela segura um vaso de tesouro, e é laranja em cor. Ela é majestosa, com uma face carrancuda e uma sobrancelha enrugada. Luz radia da sílaba HUNG do coração dela, atraindo a riqueza e prosperidade dos deuses, nagas e humanos. Ela chove sobre o pobre e necessitado com riqueza, satisfazendo todas suas necessidades e os livrando dos seus sofrimentos. O significado interno é purificar a terra da ignorância que apóia o mundo, o primordial aperfeiçoando grande mérito é revelado, enquanto clareia samsara e nirvana de toda a pobreza. Isto também indica o Segredo e o caminho da Sabedoria.
Prosternações a quem tem a lua crescente como ornamento na cabeça
e brilha com vários outros adereços,
sobre cujo coque dos cabelos está Amitabha
de onde partem contínuas luzes;
A décima segunda homenagem é para Tara, Tashi Dongyed Dolma,Tib o “A Que Dá Auspiciosidade”, que traz chuva oportuna, ajuda o parto e faz lugares auspiciosos. Esta Tara dourada se senta em loto azul e segura um nó auspicioso. Dos raios do diadema de lua crescente dela, caem chuvas de néctar, melhorando as colheitas e vegetação. Luz branca clara e brilhante se irradia das jóias preciosas dela e do traje sedoso. Amitabha, o senhor da familia de Buda dela se senta no nó de cabelo preto dela. Também, dele raios compassivos incessantes ilimitados brilham para o benefício dos seres sensíveis. Esses raios trazem uma chuva de sinais e coisas auspiciosas. Eles limpam os presságios ruins e venenosos da existência animada e inanimada, fazendo todos os seres e os ambientes desfrutar de perfeita, gloriosa auspiciousidade. O significado último da primeira linha é ‘percepção direta', a segunda linha significa ‘que aumenta experiência ' e as últimas duas das linhas significam ‘o estágio da conclusão da expansão de sabedoria primordial e kayas da quarta autorização' (a Iniciaçào da Palavra).
Homenagem para você, que mora entre guirlandas
Brilhando como o fogo ao término de uma eternidade.
Com sua perna direita estendida e a esquerda dobrada
Seu torneamento jovial destrói forças inimigas.
A décima terceira homenagem é a Drapung Jomma,Tib a “Tara Que Evita Guerra”. Ela evita guerras e obstáculos, e conduz os seres à vitória na guerra com forma e com inimigos sem forma. Ela é de cor vermelha e mora entre guirlandas de fogo de sabedoria que rodam como o fogo ao término de uma eternidade. A perna direita dela está esticada e perna esquerda é dobrada para dentro. Faíscas de fogo saem do vajra que ela brande, enquanto subjuga todos os inimigos prejudiciais. Ela os conforta e os junta debaixo da tenda vajra que os protege do próprio mal deles mesmos. Com todo os meios hábeis, ela gira a roda do dharma, de acordo com a disposição dos seres a serem domesticados. Ela os faz felizes e joviais, e subjuga as forças maleficas das duas ofuscações. O significado interno é que isto indica a realização que “esvazia todos os fenômenos” da mesma maneira que o fogo ao término da eternidade consome o mundo, quando a sabedoria primordial rodar em dharmadhatu, a terra exterior e pedras, o corpo animado interno, e as concepções secretas também estarão exaustas. Assim são dominados os inimigos das duas ofuscações, e a alegria da grande tranqüilidade do nucleo da claridade interna da sabedoria primordial que não mora no extremo de samsara e nirvana é experimentado.
Homenagem para você, que golpeia a terra com suas palmas,
E a sela nisto com seus pés.
Com expressoes coléricas e a sílaba HUNG,
Você se espalha nos sete mundos dos criminosos.
A décima quarta homenagem é a Thronyer Chenzed,Tib a “Colérica de face irada Tara” que subjuga as oito classes de espíritos prejudiciais e os nove irmãos de espíritos malignos. Ela é negra como uma noite escura, e segura numa mão um pilao de madeira em um loto azul. Ela faz o mundo tremer e golpea as montanhas e ilhas com as palmas das mãos dela e estampando neles com seus pés. Pelo poder de sua face irada e real, a vibração ressonante de HUNG e o clarão da luz de vajra brilhante dela que eh como umo uma chuva de fogo ela quebra os corações e cabeças de espíritos malignos todos: britadores de samaya, demônios e outros dos sete mundos dos criminosos e os faz desfalecer no estado de dharmata. Os sete mundos dos criminosos que são como camadas de sete telhados: os domicílios de demônios, a base geral, a base mais alta, o infundado, a base específica, a base de essência, a base perfeita e a pura base. Em realidade, os dois pes golpeando simbolizam golpeando o ponto crucial do caminho da nao-dualidade da sabedoria primitiva e da esfera básica que desarraiga as sete latências ou sete cognições com os seus objetos.
Homenagem para você, que está feliz, virtuosa e tranqüila,
E desfruta do domínio do nirvana calmo
Com (mantra) perfeitamente dotado de SVAHA e OM
Você destrói o terrivel carma nao-virtuoso.
A décima quinta homenagem é a Rabtu Zhima,Tib a “Pacificadora Perfeita”, que pacifica a ofuscação do carma negativo. Ela se senta em loto azul, e está calma. A cor dela é branca como uma lua cristalina e ela segura um vaso ungindo. Ela é livre do sofrimento, e como resultado, ela está feliz. Ela eliminou nao-virtude, e como resultado, ela é virtuosa. As aflições dela terminaram, e como resultado, ela está tranqüila. Ela foi além dos sofrimentos das duas ofuscações e ela desfruta e repousa na esfera da tranqüilidade sublime. Pelo poder da sua compaixão, e poder de perfeitamente recitar conforme a sadhana os vinte e três ou dezoito mantras de sua sílaba, os cinco carmas negativos odiosos que fazem os seres entrar nos mais baixos reinos são desarraigados e os carmas que geram grandes sofrimentos são purificados. O mantra inclui as sílabas adicionais, OM no princípio e SVAHA ao fim. O significado último é que são conectadas a felicidade dela e outras qualidades às cinco mentes de sabedoria: a sabedoria do absoluto espacial, a sabedoria como espelho, a sabedoria da igualdade, a sabedoria distintiva, e a todo-realizada sabedoria.
Homenagem para você, que é rodeada de joviais
Que espalham os corpos dos inimigos completamente.
Você libera tudo com sua fala, adornada com dez sílabas
E HUNG: sua consciência primitiva.
A décima sexta homenagem é para Drolma Barvai Odcan,Tib a “Tara Que Evita os Inimigos e o Feitiço de Mantra,” que é vermelha como o fogo ao término da eternidade, e se senta em loto azul, e segura um vajra cruzado. Ela é rodeada por anfitriões de vidyadharas e mendicantes que realizaram a prática do mantra e o poder da fala verdadeira e estiveram dotado com a alegria perfeita do samadhi. O brilho deles espalha os corpos dos inimigos e supera o poder de feitiços mágicos e o poder de feitiçaria, e os destroem sem um rastro. Recitando o arranjo de mantra dela das dez sílabas, TARA de OM e assim por diante. No coração da senhora colérica, a consciência descansa na forma de um radiante HUNG de luz que clareia as ofuscações exteriores, internas, e secretas dos seres a serem domesticados. O significado último é que subjugando o inimigo do aparecimento impuro de nosso corpo, o corpo da consciência da Mãe dos Vitoriosos é realizado: o imutável grande corpo feliz dotado dos dez poderes.
Homenagem a você cuja sílaba de semente é HUNG
Que profere TURE e batendo seu pé
Faz tremer o monte Meru, Mandhara e as montanhas de Vindhya
E os três mundos.
A décima sétima homenagem é para Dolma Pagmed Nonma,Tib a “Supressora Insondável”, que evita dano de caçadores, ladrões, ladrões e inimigos. Ela é igual ao açafrão laranja, e se senta em um loto azul e segura uma stupa. Dizendo TURE, batendo no chão, e as sílabas semente irradiando do HUNG do coração dela, ela faz tremer todos os domicílios dos grandes deuses, inclusive o Monte Meru, Mandhara e Vindhya. O efeito das ações dela se estende além dos três mil mundos. O britamento dela causa os três reinos: do desejo, da forma e informe, dos mundos subterrâneos, terrestres e celestiais, tremerem em terremoto. Pelo poder das forças amedrontadoras dela, ela esmaga os açougueiros, ladrões e outros inimigos debaixo dos seus pés e concede paz a todos os seres. O significado último é que o gorjear dos três mundos é purificação das três portas (corpo, fala e mente).
Homenagem para você, segurando uma lua cheia marcada de lebre,
Amoldado como o oceano do deus de néctar
Proferindo TARA duas vezes e PHAT
Você dispersa todo o veneno sem exceção.
A décima oitava homenagem é para Maja Chenmo,Tib a “Grande Pavoa”, que evita e pacifica veneno. Ela é tão branca quanto a lua, e senta em um loto azul. Na mão esquerda dela, ela segura uma lua cheia marcada com um coelho que é a forma do oceano de néctar do reino divino. Com o brilho dela e cantando o seu mantra OM TARA TUTTARE TURE SARVA VETRA TARA PHAT SVA HA que tem duas TARAS e uma sílaba de PHAT ela clareia todos os venenos, animado e inanimado, sem um rastro. Geralmente, todos os obstáculos surgem de venenos, e a base de todos os venenos animados e inanimados são nossas aflições. Ela clareia todos os venenos dos seres sensíveis sem um rastro com a medicina da verdade da realidade.
Homenagem para você, em quem reis, congregações de deuses,
Deuses secundários, e kinaras confiam.
Sua armadura de alegria magnífica
Dispersa todas as disputas e sonhos ruins.
A décima nona homenagem e para Mipham Gyalmo,Tib “a Invicta Rainha”, que evita conflitos e sonhos ruins. Ela é branca e segura um guarda-chuva branco. Indra, Brahma, deuses do desejo e reinos de forma, demônios e deuses locais que prejudicam os seres, e os deuses das montanhas, lagos e árvores que ajudam os seres, todos a honram sem exceção. Em geral, pelo mantra que é santificado por ela e a visualização do corpo dela como armadura, podem ser evitados todos os conflitos e sonhos ruins. Em particular, os vajras multi-coloridos e as faíscas que eles emitem evitam ataques religiosos e políticos, e faz as declarações deles impotentes. Ela usa uma coroa para simbolizar que honra os lamas como deidades, atualização de sabedoria primordial, e estabilização de bodhicitta. Ela usa brincos como um sinal de conter a humilhação dos lamas. Os braceletes, pulseiras e tornozeleiras, seis em número, significa que ela se contém de insetos mortais. Os colares dela representam sua recitação perfeita de mantra. O cinto dela, mais baixos artigos de vestuário e ornamentos indicam que o seu corpo está dotado de bodhicitta. Todos os ornamentos dela são como boa armadura cujo esplendor pode evitar ataques e os sonhos ruins causados pelo desequilíbrio dos ventos, canais e da essência seminal. O significado interno é que tendo o vento carmico fluindo no uma, o canal central, que é a experiência da armadura de vacuidade, é atualizado, enquanto evita as ilusões que causam conflito e sonhos ruins.
Homenagem para você, cujos dois olhos, o sol e a lua
Radiam luz de luminosidade sublime.
HARA proferindo duas vezes e TUTTARA
Você dispersa todas as epidemias horrorizantes.
A vigésima homenagem é para Lhamo Rithrodma,Tib a “Mendicante Tara”, que evita todas as doenças. Ela é laranja e a mão dela segura um vaso de néctar em um loto azul. O olho esquerdo dela é como a lua cheia e o olho direito dela é como o sol. O olho direito dela emite raios ardentes que queimam todos os senhores das doenças (os que comandam os espíritos maus que trazem doença) como palheiros. Fluxos de néctar claros da lua (o olho esquerdo dela) curam as causas e efeitos de doenças e epidemias. O mantra dela, OM TUTTARE TURE NAMA TARA NAMO HARA HUNG HARA SVA HA tem dois sons HARA e um TUTTARA. O mantra pode curar até mesmo as epidemias incuráveis mais perigosas. O significado último é que seao mãe-esfera de sabedoria transcendente é percebida, as epidemias mais perigosas das aflições, suas causas e fruições podem ser curadas.
Homenagem para você, que é adornada por três Ipseidades.
Perfeitamente dotada com o poder de serenidade.
Destruidora de demônios, zumbis e yakshas.
O TURE! Senhora excelente sublime.
O vigésimo-primeiro elogio é homenagem para Lhamo Odser Chenma,Tib a “Deusa com Brilho”, que pode restabelecer a força de vida. Ela é branca, a mão esquerda dela está no mudra de conceder benefício, e a mão direita dela está no mudra de conceder refúgio, enquanto segurando um loto azul no qual se senta o auspicioso dourado peixe. Nos seus três lugares: coroa, garganta e coração, estão OM, AH, e HUNG, respectivamente, que formam a proteção sublime contra todos os obstáculos. Os raios claros destas letras protegem as três portas dos seres dos danos de todos os obstáculos exteriores causados por forças de mal, com forma e informe. Eles também protegem os seres dos obstáculos internos para a saúde doente, e os obstáculos secretos da aflição dualistica. Os raios têm o poder de os pacificar sem um rastro. Particularmente, os raios das três letras podem restabelecer a força da vida roubada por espíritos, zumbis, e yakshas, e eliminas as intenções prejudiciais deles e suas ações. A homenagem é para TURE, a grande senhora compassiva que age rapidamente para o benefício dos seres sensíveis. O verdadeiro significado é que Tara tem o poder para guiar as mentes dos seres a serem domesticado dentro das “três aproximações para a liberação”, que são: vacuidade, o não atributo e a não aspiração ou a ipseidade de uma entidade, sua natureza e compaixão, e a clarificação de todas as suas ofuscações. No final das contas o corpo vajra, fala e mente são a primordial pura natureza de todos os fenômenos. Meditando na esfera da indivisibilidade do três vajras, os demônios, sofrimentos, zumbis e yakshas são transformados pelas grandes felicidades da sabedoria primordial.
Este é o elogio de deu mantra raiz,
E as Vinte e uma Homenagens.
Os Benefícios de Recitar o Elogio
O sábio dotado de puro respeito pela deusa que recita esses elogios com devoção perfeita que se lembra dela pela noite e ao se despertar ao amanhecer, será dotado de liberdade completa do medo.
Um praticante que recita o elogio pela noite e ao amanhecer, recordando as qualidades de Tara com pura devoção, e tem a sabedoria para discriminar entre o bem e o mal será protegido dos dezesseis medos. Outros serão dotados da liberdade completa de todos os medos. Também é dito que nós temos que meditar na forma colérica dela pela noite para pacificar os danos desta vida, e visualizar a forma calma dela ao amanhecer e recitar os elogios para se salvar de renascimento nos mais baixos reinos.
Todos seus pecados serão pacificados, enquanto causa a destruição a todos os mais baixos reinos.
E os sete milhões de Vitoriosos
Lhes concederão depressa a autorização.
Assim, atingirão grandeza, e progridirão à fase da Budeidade.
A prática diária dos Vinte e um Elogios para Tara causará que todos os pecados do praticante serão pacificados e purificados. Os que recitam o elogio não experimentarão os sofrimentos dos mais baixos reinos. O sete milhões de Vitoriosos que moram com a Senhora Nobre abençoarão rapidamente e autorizarão os praticante. Nesta vida, os praticantes deste elogio alcançarão as grandes felicidades de lugar, corpo, acompanhamento, e as qualidades do dharma de preceitos transmitidos e realização. Eles atingirão os caminhos e bhumis rapidamente, e chegarão ao último estado de Iluminação.
Lembrando-se dela, os venenos mais violentos que estão na terra ou em seres se comido ou bebidos serão removidos completamente.
No nível convencional, serão protegidos os prarticantes de doenças terríveis, e das dores causadas por acônito e outros venenos inanimados. Eles serão protegidos dos dentes venenosos, chifres, picadas e mordidas de animais. A prática também proverá proteção do efeito venenoso das intenções más de espíritos malignos, proteção do toque deles e o mau-olhado. Lembrando-se da deusa e do seu mantra, o efeito prejudicial de venenos se foram comidos ou bebidos será anulado.
Isto pode eliminar vários sofrimentos Infligidos pelos espíritos, epidemias e venenos mesmo se for praticado pelo bem de outros seres.
A prática pode eliminar o sofrimento infligido por venenos exteriores e internos, por epidemias perigosas e posse de espíritos maus, facilmente. O mesmo benefício pode ser alcançado se o elogio é recitado pela causa outros seres.
Em recitar duas vezes sinceramente, três vezes, e sete vezes
O desejo de ter filho será cumprido. E o desejo de riqueza pode ser alcançado. Todos os desejos serão cumpridos. Todo obstáculo será destruído em sua volta
Nós temos que recitar o elogio duas, três e sete vezes em uma sessão. Ou podemos fazer a prática duas sessões por dia: uma vez durante o dia, e uma vez durante a noite, ou três sessões durante o dia e três sessões à noite. Os Detentores do Vajra da Índia e do Tibet ensinam que se a pessoa praticar a sadhana de “Os Quatro Oferecimentos de Mandala” deste modo, o desejo para ter filhos para continuar a linha familiar da pessoa, ou prover os praticantes para apoiar a linhagem de dharma serão cumpridos. Da mesma maneira, se a pessoa deseja ter riqueza para a felicidade desta vida e da próxima, excelente prosperidade pode ser alcançada facilmente. Igualmente, qualquer outra atividade: serão cumpridos siddhis, desejos temporais e desejos últimos. Pela compaixão da Mãe Venerável, não se manifestarão obstáculos desfavoráveis no futuro, e o dano não surgirá de obstáculos que já aconteceram. Considerando que todos os propósitos podem ser alcançados completamente, desse modo se tem que praticar esta sadhana com entusiasmo.
Explicando os Vinte e um Elogios com devoção, que todo o acesso o oceano de siddhis, clareie todos os obstáculos e tenha a auspiciosidade da Iluminação completa, tendo uma visão da face dela rapidamente, abraçado
pelas felicidades imutáveis, dotado com todos os atributos supremos.
Para resumir o texto, o significado do mantra raiz é mostrado na forma de elogio. Os vinte e um versos mostram a homenagem às vinte e uma manifestações da deusa.
Thupten Shedrub Gyatso que era um Tulku em um dos Monastérios Palyul escreveu este comentário. A encarnação presente dele, Rago Chogtrul, mora atualmente no Tibete.
Tradução de Khenpo Tenzin Norgey - Primavera de 2004,
Centro Palyul de Retiro, Mc Donough, NY E.U.A. Ano do Macaco de Madeira 2131
Trad. de R. Samuel
sexta-feira, 4 de maio de 2012
REZA DA NOBRE DEUSA TARA
Pelo Mestre Indiano
Candragomin
Sétimo Século D.C.
Homenagem para a Deusa TARA!
1.A escuridão do Samsãra, difícil de repelir,
Você supera como a luz do sol.
Para Você com mente úmida de compaixão,
TARA, eu sempre me curvo.
2 Por Você, Deusa dotada de mente aguçada, bravos leões, que podem matar grandes elefantes,
ficam assustados e correm para fora da visão.
3. Com a ponta dos dentes o elefante pode dividir as pedras ou pode desarraigar as árvores;
Mas quando Seu mantra é recitado,
O elefante corre para fora, amedrontado.
4 Difícil de agüentar, enchendo todo o espaço
e quarteirões, incontrolável incêndio queima tudo com suas chamas; mas a chuva de Sua Prece apaga o fogo.
5 Emitindo assobio, que surge
de seu inteiro capuz, venenosa,
Uma cobra é amedrontada por Sua Prece,
Ó Deusa, como pelo poder de um garuda.
6 Eles podem golpear os viajantes com suas espadas e deixar seus membros manchados de sangue; mas só porque eles ouvem Seu Nome os ladrões ficarão impotentes.
7 Quando agarrado pelos cabelos e jogado na prisão pelos soldados do rei enfurecido,
Aquele que A elogia, Ó Deusa
Que salva da prisão, não terá nenhum medo.
8 Quando massas de ondas vêm para cima das dez direções e até mesmo do céu,
Seu criado, no oceano depois do
naufrágio, alcança a praia do outro lado.
9 Cobertos de um lodo de sangue e crâneos,
Os qual eles estão ávidos de devorar,
Os Pisacas, Ó Deusa, ficam assustados
pela recitação de Seu mantra.
10. Leprosos com membros rasgados, narizes gotejantes de sangue, fedendo com os corpos gotejantes,
Apenas se reunindo a Você
se tornam [belos] como deuses do Reino do Desejo.
11. Mendigos que se assemelham a fantasmas famintos,
nus, torturados de fome e de sede,
Só se curvando a Você
são transformados em imperadores.
12. Pela virtude acumulei
por elogiá-la assim, Ó Pureza,
Libertadora dos Grandes Medos,
Possa ser conseguida a felicidade mundial!
O elogio da Deusa TARA por Mestre Candragomin está completo.
É dito que com [este] Elogio, o Mestre fez uma imagem de madeira de TARA aumentar o seu dedo indicador dela. Quando ele Lhe perguntou: "Por que Você faz isso?", Ela respondeu, "Este elogio seu é bem falado." Ela era conhecida como a "TARA do Dedo Indicador Elevado".
Traduzido do Tibetano [por Martin Willson].
[Trad. Rogel Samuel].
sábado, 28 de abril de 2012
Tara na Tradição Sakya
Tara na Tradição Sakya
Entrevista com Sua Santidade Sakya Trizin
Q: Sua Santidade, o que significa linhagem?
- É o ensino que tem sido trazido do Buda a seus discípulos, depois para os tradutores e depois de um Guru para o próximo - a linha ininterrupta de transmissão que tem sido passado de Buda, até o Guru presente.
Q: Quem é Tara ?
Tara é realmente a perfeição da sabedoria, e ela é a mãe de todos os Budas, Bodhisattvas, shravakas e Pratyeka Budas. Esta sabedoria é realmente para além de qualquer forma ou sinais ou descrições. Mas de grande compaixão, a fim de ajudar os seres sencientes, ela aparece na forma física que é a Tara. A palavra Tara significa "Salvadora" ou "aquela que salva".
Q: Tara é chamado de Buda feminino. Pode Vossa Santidade dar detalhes sobre por que ela é diferente do Buda histórico Shakyamuni com que a maioria das pessoas está familiarizada?
- Há Budas masculinos e femininos, assim como há pessoas do sexo masculino e feminino. Há muitos Budas do sexo feminino, não apenas Tara e Vajrayogini; existem tantas divindades femininas! Para algumas pessoas é muito mais fácil a prática de divindades femininas. Depende de suas próprias conexões cármicas. Para alguns, as deusas femininos são mais adequados e, para outros, divindades masculinas são mais adequados. Embora é dito, em termos de sua sabedoria, compaixão e poder, que todos são os mesmos, mas devido à sua figura materna é mais fácil de invocar a bênção de divindades femininas.
Q: Por que Tara em particular é considerada por sua compaixão?
- Basicamente, todos os Budas são a natureza da compaixão e do vazio, mas Tara é especial de duas maneiras: em primeiro lugar, ela é a figura materna, e em segundo lugar, ela é uma emanação de Avalokiteshvara, a manifestação de todos os Budas da compaixão. Portanto, há uma ligação particular entre a compaixão e Tara .
Q: Tara foi uma mulher de verdade, e em caso afirmativo, quando é que ela viveu?
- Na realidade, é claro, ela não é uma pessoa, porque a verdadeira natureza da Tara é a perfeição da sabedoria, mãe de todos os Budas e os nobres, e a sabedoria está além da forma ou de quaisquer sinais ou descrições. Mas, por compaixão, a nível familiar, ela aparece na forma de Tara. Mas depois há também Tara histórica. Como é dito que muitos, muitos éons atrás, havia uma princesa cujo nome era Gyana Chandra. Ela criou a mente da iluminação de Buda em frente Amoghasiddhi. A fim de salvar os seres sencientes, ela tomou o voto de permanecer na forma feminina durante todo o caminho, e mesmo após a Iluminação. Assim que indica que existe uma figura histórica tão bem.
Q: Nós temos ouvido muitas histórias sobre as ajudas de Tara? Existe uma história ou experiência especial que Vossa Santidade gostaria de compartilhar conosco?
- Eu não tenho qualquer experiência pessoal, como tal, mas Tara é muito, muito importante e existem muitas histórias lindas. Uma está relacionada com a continuidade da linhagem Khon. É uma história sobre Zangpopa que era o titular 11 do trono Sakya desde Khon Khoncho Gyalpo que primeiro estabeleceu o Mosteiro Sakya. O avô de Zangpopa tinha cinco filhos, mas o pai de Zangpopa, Lopon Yeshe Jungne, era filho de uma empregada doméstica e não era de uma das rainhas oficiais. Um dos filhos oficiais, Chogyal Phagpa, era o detentor do trono e guru do imperador chinês, em seu tempo. Outro filho, Drogön Chagma, teve um filho chamado Dharmapalarakshita que era o titular do nono trono. Quando ele morreu, em 1287, não havia um herdeiro da linhagem Khon oficial depois dele. Então, Jamyang Chenpo de Sharpa tomou a vez.
Neste ponto, não havia nenhum herdeiro da linhagem Khon oficialmente reconhecido. Mesmo que Zangpopa estivesse vivo, as pessoas tinham dúvidas sobre o pai Zangpopa já que sua mãe não tivesse sido uma rainha oficial. Zangpopa tinha sido convidado para China mas como seu pai não tivesse sido o herdeiro oficial, o Imperador não quis reconhecê-lo. Ao contrário, ele foi enviado para uma área distante da periferia da China .
Quando Dharmapalarakshita (o detentor do trono 9) faleceu, o Imperador estava angustiado pela sua perda. Ao colocar os ossos de Dharmapala na cabeça, ele chorou. Porque não havia nenhum problema em sua linhagem de Guru, que é hereditário, o que foi triste. Havia apenas uma filha da linhagem, uma princesa, e quando ela faleceu, apareceu um arco-íris e seu corpo tinha muitas relíquias. Isso alterou a mente do imperador, que já disse que qualquer ligação da sua linhagem de Guru hereditária era sagrada.
Naquela época, Zangpopa estava morando em uma parte distante da China, próximo do santuário de Avalokiteshvara. Ele estava tendo um tempo muito difícil, e assim ele orou a Tara. Tara apareceu e colocou a mão sobre a coroa de sua cabeça e disse: "Aqueles que desejam ter um filho, podem ter um filho. Aqueles que desejam ter a riqueza, a riqueza podem ter, todos os seus desejos serão concedidos e os obstáculos serão apagados. "
Depois que ele recebeu a bênção, alguns lamas tibetanos ajudaram o Imperador a encontrar Zangpopa. Sendo um sobrinho de Chogyal Phagpa, foi então reconhecido pelo imperador e foi trazido de volta ao palácio. Lá, ele foi oficialmente entronizado como o príncipe da linhagem Sakya Khon. O imperador disse então: "É muito importante para continuar a linhagem histórica." Nesse ponto, ele deu sua própria irmã para Zangpopa como sua rainha. Esse imperador reinou na dinastia Yön do império mongol da China. A princesa era chamada Mudakhen. Ela percorreu todo o caminho até Sakya, casada com Zangpopa e tinham um filho.
Q: Qual é o significado histórico do Templo em Tara no Tibete para Sakya Podrang Drolma? Será que ela ainda existe? Quem a construiu originalmente? Quem usou? Houve alguma razão especial que era um templo de Tara?
- Ele não existe mais. Foi construído pelo Bari Lotsawa. Na verdade, é dito que Tara acompanhou Bari Lotsawa o tempo todo em forma humana real. Então um dia, ela se absorveu em uma estátua (ou pedra) neste lugar particular. Ele então construiu este templo para consagrá-la. O templo e todas as imagens externas foram completamente demolidas durante a Revolução Cultural. Mas a pedra mais sagrada, onde a verdadeira forma humana deTara foi absorvida, aquela imagem em particular, foi salva por alguém. Então agora nós construímos mais 21 imagens de Tara, e que a pedra será colocada dentro da principal imagem de Tara. Agora não há um templo separado de Tara, mas ele está no templo principal da tradição Sakya. Na verdade, nós doamos essas 21 imagens, feitas no Nepal e enviadas para o Tibete. Há quatro monges remanescentes neste templo fazendo Tara pujas, todos os dias. Portanto, é um templo de Tara por causa da conexão entre Tara e Bari Lotsawa. Na verdade Sakya tem quatro altares maravilhosos, um deles é Tara, outro é Manjushri, outro é a Deusa Vijaya e um deles é Mahakala.
Q: Qual é a ligação entre Tara com Drolma Podrang? Havia um convento Sakya?
- Na verdade, nosso palácio não é chamado Drolma Phodrang, ele é chamado Pünphal Phodrang. Mas, como o palácio está situado junto a este muito famoso santuário de Tara, a maioria das pessoas chamam Drolma Phodrang. Na verdade, agora já ninguém o chama Pünphal Phodrang. Todo mundo o chama Drolma Phodrang. Não, não houve convento. O convento foi localizado no outro lado.
Q: Será que Sua Santidade pode dizer algo sobre famosas Sakya mulheres praticantes? A que divindades de meditação elas se concentram?
- Sakya tem muitos, muitos praticantes do sexo feminino muito famosos. Muitos deles, ainda recentemente, por exemplo Jetsuma Chime Tenpei Nyima, Tamdring Jetsun Wangmo, Jetsun Pema Thrinley. Parece que para a maioria delas a sua divindade principal para a prática foi Vajrayogini.
- Há um templo em Sakya, onde existe uma muito famosa estátua de Vajrayogini. Quando eu estava lá ninguém estava a fazer qualquer pujas. Mas diz-se que nos tempos antigos, todas as princesas, todos as Jetsumas que eram monjas, vinham junto a este templo em cada décimo vigésimo quinto a cada dia (do mês lunar) e fazia o puja. E diz-se que esta estátua de Vajrayogini era exatamente como qualquer outra mulher, e que a cada mês, havia fluxo menstrual da estátua, com néctar descendo da estátua.
Q: Tara é meditação apenas para mulheres?
- Não, não, claro, todos podem receber Tara .
Q: Pode nos dizer Vossa Santidade sobre os tipos de meditação que podem ser feita no "início" ou na "cerimônia de bênção"?
- Iniciações diferem no sentido em que existem grandes iniciações, há bênçãos, e há iniciações simples. Tomando como exemplo de um início simples, existem três tipos de meditações. Primeiro, fisicamente, visualizando-se na forma da divindade, então, repetir o mantra verbalmente e, finalmente, mentalmente meditar sobre a sabedoria primordial, que é afastado de todas as descrições, longe de todas as atividades, além da fala, além do pensamento. Portanto, esta é a meditação.
Q: O que acontece na Iniciação de Tara ou Cerimônia de Bênçãos?
- Iniciações são todos iguais no sentido de que, durante a iniciação, a voz, o corpo e a mente são abençoados. A partir desse momento, a pessoa está autorizada a fazer a visualização, recitar o mantra, e fazer a meditação sobre a sabedoria primordial de Tara .
Q: Como podemos determinar qual a prática tântrica seria mais eficaz para nós mesmos?
- Eu acho que depende principalmente do indivíduo. A algumas pessoas são adequados o Tantra Kriya, a alguns são adequados para o tantra Carya, alguns são adequados para o Tantra Yoga, e assim por diante. Da mesma forma, para algumas pessoas o Tara tantra é mais adequado do que os tantras outros.
Q: Existe algum conselho especial para hoje, para o presente, quando praticantes do sexo feminino que têm de equilibrar família, trabalhar e ter vida espiritual? Há melhores condições do que em épocas anteriores?
- Em Tibete, os discípulos tinham que se envolver em dificuldades e viagens de longa distância enquanto discípulos nos dias de hoje têm um acesso mais fácil para os ensinamentos por meio de transporte moderno e comunicação. Alguns professores dizem que este é o tempo de deterioração, mas o diligente pode obter resultados mais rapidamente.
Geralmente, a conveniência não necessariamente melhora a prática. Primeiro de tudo, estamos em uma época diferente, este é um tempo degenerado! Atualmente, as pessoas não possuem tanta fé e devoção, e tem dúvidas muito mais do que os tempos antigos. Por isso, é muito mais difícil nestes tempos. Mesmo que seja mais fácil de praticar e ter acesso aos ensinamentos, eu sinto o resultado é muito mais demorado.
Q: A impermanência é sempre enfatizada nos ensinamentos, que por sua vez criou insegurança, em vista de nossos relacionamentos e carreiras. No Vajrayana, porém, somos lembrados a colocar a nossa confiança total no Guru Raiz, até ganhar iluminação. É uma contradição dos ensinamentos da impermanência, que é suposto a ver as coisas com distanciamento, em vez de penhora? Poderia Vossa Santidade dar alguns conselhos sobre como equilibrar a impermanência com fé no Guru?
- Eu não entendo isso (referindo-se à insegurança). Porque tudo é impermanente, você precisa de fé, eu acho. Porque tudo é impermanente, porque a vida é impermanente, e nós vamos morrer um dia. Nós vamos perder todas as nossas posses e riqueza e tudo mais. No momento em que saímos, a nossa consciência mental é só viajar para um destino desconhecido, a única coisa em que se pode procurar ajuda é o Dharma. Dharma só podem ser aprendidas com o Guru, por isso, portanto, você precisa de fé e confiança no Guru. Não é assim? Não vejo qualquer conflito. A boa vida não é o que estamos buscando - a vida não é agradável, até mesmo a vida mais agradável não é legal. Na verdade, é um sofrimento, apenas um outro tipo de sofrimento. Assim, precisamos renunciar a isso, precisamos despertar dessa ilusão. E a maneira de despertar é com o apoio e ajuda do Guru e do Dharma.
Q: Da mesma forma, ao ponderar sobre os sofrimentos do inferno e assim por diante, às vezes sentimos o pânico ao invés de acalmar. Se não podemos superar nossos pânicos, enquanto medita sobre estes ensinos fundamentais (na soma Nang), então estamos realmente prontos para mais instruções, como os ensinamentos Lam Dre?
- Esse novo eu não entendo. Você vê, a vida é o pânico, tudo é impermanente, e tudo é sofrimento. Se você tentar evitar isso, então você não pode vencê-lo. Você não pode evitá-lo, isto é uma realidade. Nós não queremos isso, queremos viver uma vida realmente feliz. Mas a realidade é, porém, não é a felicidade. A realidade está sofrendo e que não podemos evitar. Temos de enfrentá-lo, e só enfrentando é que podemos superá-lo. Caso contrário, se você tentar evitá-lo, você ainda terá que encarar algum tempo. E naquele tempo, quando você é forçado a enfrentá-lo, então você está em uma situação terrível e desesperada. A maneira de superar isto é lidar com isso, por conhecê-lo e saber como superá-lo através dos ensinamentos Lam Dre.
Q: Deve ter uma oportunidade de prática do Dharma sobre si?
- Claro que sim. Basicamente tudo o budismo, você tem que fazer isso sozinho. Como o Buda disse, "Só você pode salvar a si mesmo. Ninguém mais pode te salvar. "Assim, a principal de ajuda tem que vir do nosso próprio lado. Se a pessoa está pronta, então divindades estão sempre prontos. Mas se alguém não está pronto, então divindades não pode ajudar.
Q: Nós ouvimos falar de praticantes ganhando realização através da devoção Guru. Eles passaram por muitas provações físicas e mentais e espirituais. Luding Khenchen Rinpoche disse que se um Guru realmente colocar discípulos modernos, através de práticas tradicionais de devoção Guru, todos os discípulos teriam fugido. Como modernas e práticas tradicionais de devoção ao guru comparar?
- Eu acho que geralmente é a mesma de antes. Mas o Senior Luding Khen disse é verdade. O homem moderno não poderia suportar tais dificuldades, por isso, portanto não podemos fazer esse tipo de coisa. Temos que fazer coisas que são condizentes com as atuais circunstâncias e também depende dos indivíduos. Do mesmo modo de falar, nos tempos antigos, algumas pessoas não tinham muitas dificuldades, visto que algumas pessoas tinham de passar por um ótimo negócio.
Q: Pode falar mais sobre os praticantes do sexo feminino na linhagem Sakya?
- Há, como se sabe, muitos, muitos praticantes do sexo feminino. JetsumaTenpei Nyima tinha muitos discípulos. Quase todos os mestres Sakya e Ngorpa receberam os ensinamentos dela. Além disso, algumas de Dagmo também eram muito famosas. De fato, um dos pioneiros dos Professores Sakya, Drogmi Lotsawa, que foi o primeiro Lama tibetano para receber os ensinamentos Lam Dre, teve quatro discípulos do sexo feminino. Um deles eu me lembro muito claramente é Tomo Dorje Tso. Ela não era uma monja, mas uma pessoa muito comum. Ela veio, na verdade, de uma família muito rica e, em seguida, foi casada em uma outra família muito rica, e que a família era muito poderoso. Ela deu à luz cinco filhos. Então, eles tinham mão de obra, riqueza e tudo. Eles eram uma família muito, muito poderoso, mas de alguma forma as pessoas da aldeia não gostavam deles. Então, um dia toda a aldeia veio e matou o pai, matou todos os cinco filhos e tirou toda a riqueza. Tomo Dorje Tso ficou sozinha lá. Naquele momento, ela estava quase louca de dor, choro dia e noite com tanto sofrimento. Então Drogmi Lotsawa ouviu falar sobre isso. Ele viu que havia uma ligação entre ela e a si mesmo, e assim ele chamou por ela. Ela também foi um dos discípulos que não tiveram de passar por tantas dificuldades. Depois que ela foi chamada por ele, Drogmi Lotsawa não lhe deu muitos ensinamentos. Ele apenas deu a ela o Hevajra Causa e depois uma meditação "além do pensamento", não a Vajrayogini mas de outro com Hevajra. Apenas através da prática que, dentro de um período muito curto de tempo, ela teve a realização. Ela se tornou uma Yogini muito grande e é dito que, na parte posterior de sua vida, ela podia viajar entre as diferentes áreas de Buda e também retornar à sua residência tibetana.
Q: Tara diz-se ficar em Potala, uma ilha no sul. Sua família é Buda Amitabha, por que não é seu campo búdico em Sukhavati? Alguém faz orações para renascer em Potala?
- Potala é, naturalmente, na verdade, um lugar físico, mas às vezes você pode vê-lo e às vezes você não vê-lo em tudo. Cada Buda tem o seu próprio campo de Buda. As pessoas rezam para Potala, mas não é tão popular como Sukhavati. É muito difícil para as pessoas comuns com seus obscurecimentos de nascer em campos de Buda. Mas Buda Amitabha Sukhavati foi especialmente criado para que mesmo aqueles com carma negativo, mesmo aqueles que têm obscurecimentos possam nascer ali. Então, nós pessoas comuns deveriam rezar para nascer lá porque é realmente possível. Para renascer em outros campos de Buda não é tão fácil.
Q: Será que Tara protege e curar só quem visitá-la?
- Na verdade é como o sol, o sol está brilhando o tempo todo, mas às vezes vemos e muitas vezes não vemos isso. Assim, Tara está o tempo todo enchendo de bênçãos a todos os seres sencientes, mas algumas pessoas, devido à sua falta de crença, fé e confiança, não podem receber essa bênção. Você vê, para salvar alguém que você necessita o gancho e o anel - Tara está o tempo todo jogando fora seu anzol de compaixão para capturar os seres, mas para ser salvo você precisa do anel da fé. Se você tem o anel da fé, em seguida, o gancho de compaixão será capturado neste e em seguida, será salvo.
Q: Tara apenas para os budistas?
- Claro que não. Tara vê todos os seres sencientes como seu único filho. Toda mãe ama seu filho, em especial as mães com apenas um filho. Em suas mentes, eles estão constantemente a pensar na criança, no bem-estar e no bem-estar dessa criança.Tara tem grande compaixão e amor tão grande que todos os seres sencientes são seu único filho, sem qualquer discriminação ou exceção.
Esta entrevista foi solicitada por Pee Lee, e Gabriela e conduzido por Inge Kunga Soedron na Podrang Drolma, Rajpur , Índia .
fonte: http://sg.geocities.com/sakyadrotonling/index.html
© 2011 Escritório de Sua Santidade Sakya Trizin ~ todos os direitos reservados
(TRAD. R. SAMUEL)
Entrevista com Sua Santidade Sakya Trizin
Q: Sua Santidade, o que significa linhagem?
- É o ensino que tem sido trazido do Buda a seus discípulos, depois para os tradutores e depois de um Guru para o próximo - a linha ininterrupta de transmissão que tem sido passado de Buda, até o Guru presente.
Q: Quem é Tara ?
Tara é realmente a perfeição da sabedoria, e ela é a mãe de todos os Budas, Bodhisattvas, shravakas e Pratyeka Budas. Esta sabedoria é realmente para além de qualquer forma ou sinais ou descrições. Mas de grande compaixão, a fim de ajudar os seres sencientes, ela aparece na forma física que é a Tara. A palavra Tara significa "Salvadora" ou "aquela que salva".
Q: Tara é chamado de Buda feminino. Pode Vossa Santidade dar detalhes sobre por que ela é diferente do Buda histórico Shakyamuni com que a maioria das pessoas está familiarizada?
- Há Budas masculinos e femininos, assim como há pessoas do sexo masculino e feminino. Há muitos Budas do sexo feminino, não apenas Tara e Vajrayogini; existem tantas divindades femininas! Para algumas pessoas é muito mais fácil a prática de divindades femininas. Depende de suas próprias conexões cármicas. Para alguns, as deusas femininos são mais adequados e, para outros, divindades masculinas são mais adequados. Embora é dito, em termos de sua sabedoria, compaixão e poder, que todos são os mesmos, mas devido à sua figura materna é mais fácil de invocar a bênção de divindades femininas.
Q: Por que Tara em particular é considerada por sua compaixão?
- Basicamente, todos os Budas são a natureza da compaixão e do vazio, mas Tara é especial de duas maneiras: em primeiro lugar, ela é a figura materna, e em segundo lugar, ela é uma emanação de Avalokiteshvara, a manifestação de todos os Budas da compaixão. Portanto, há uma ligação particular entre a compaixão e Tara .
Q: Tara foi uma mulher de verdade, e em caso afirmativo, quando é que ela viveu?
- Na realidade, é claro, ela não é uma pessoa, porque a verdadeira natureza da Tara é a perfeição da sabedoria, mãe de todos os Budas e os nobres, e a sabedoria está além da forma ou de quaisquer sinais ou descrições. Mas, por compaixão, a nível familiar, ela aparece na forma de Tara. Mas depois há também Tara histórica. Como é dito que muitos, muitos éons atrás, havia uma princesa cujo nome era Gyana Chandra. Ela criou a mente da iluminação de Buda em frente Amoghasiddhi. A fim de salvar os seres sencientes, ela tomou o voto de permanecer na forma feminina durante todo o caminho, e mesmo após a Iluminação. Assim que indica que existe uma figura histórica tão bem.
Q: Nós temos ouvido muitas histórias sobre as ajudas de Tara? Existe uma história ou experiência especial que Vossa Santidade gostaria de compartilhar conosco?
- Eu não tenho qualquer experiência pessoal, como tal, mas Tara é muito, muito importante e existem muitas histórias lindas. Uma está relacionada com a continuidade da linhagem Khon. É uma história sobre Zangpopa que era o titular 11 do trono Sakya desde Khon Khoncho Gyalpo que primeiro estabeleceu o Mosteiro Sakya. O avô de Zangpopa tinha cinco filhos, mas o pai de Zangpopa, Lopon Yeshe Jungne, era filho de uma empregada doméstica e não era de uma das rainhas oficiais. Um dos filhos oficiais, Chogyal Phagpa, era o detentor do trono e guru do imperador chinês, em seu tempo. Outro filho, Drogön Chagma, teve um filho chamado Dharmapalarakshita que era o titular do nono trono. Quando ele morreu, em 1287, não havia um herdeiro da linhagem Khon oficial depois dele. Então, Jamyang Chenpo de Sharpa tomou a vez.
Neste ponto, não havia nenhum herdeiro da linhagem Khon oficialmente reconhecido. Mesmo que Zangpopa estivesse vivo, as pessoas tinham dúvidas sobre o pai Zangpopa já que sua mãe não tivesse sido uma rainha oficial. Zangpopa tinha sido convidado para China mas como seu pai não tivesse sido o herdeiro oficial, o Imperador não quis reconhecê-lo. Ao contrário, ele foi enviado para uma área distante da periferia da China .
Quando Dharmapalarakshita (o detentor do trono 9) faleceu, o Imperador estava angustiado pela sua perda. Ao colocar os ossos de Dharmapala na cabeça, ele chorou. Porque não havia nenhum problema em sua linhagem de Guru, que é hereditário, o que foi triste. Havia apenas uma filha da linhagem, uma princesa, e quando ela faleceu, apareceu um arco-íris e seu corpo tinha muitas relíquias. Isso alterou a mente do imperador, que já disse que qualquer ligação da sua linhagem de Guru hereditária era sagrada.
Naquela época, Zangpopa estava morando em uma parte distante da China, próximo do santuário de Avalokiteshvara. Ele estava tendo um tempo muito difícil, e assim ele orou a Tara. Tara apareceu e colocou a mão sobre a coroa de sua cabeça e disse: "Aqueles que desejam ter um filho, podem ter um filho. Aqueles que desejam ter a riqueza, a riqueza podem ter, todos os seus desejos serão concedidos e os obstáculos serão apagados. "
Depois que ele recebeu a bênção, alguns lamas tibetanos ajudaram o Imperador a encontrar Zangpopa. Sendo um sobrinho de Chogyal Phagpa, foi então reconhecido pelo imperador e foi trazido de volta ao palácio. Lá, ele foi oficialmente entronizado como o príncipe da linhagem Sakya Khon. O imperador disse então: "É muito importante para continuar a linhagem histórica." Nesse ponto, ele deu sua própria irmã para Zangpopa como sua rainha. Esse imperador reinou na dinastia Yön do império mongol da China. A princesa era chamada Mudakhen. Ela percorreu todo o caminho até Sakya, casada com Zangpopa e tinham um filho.
Q: Qual é o significado histórico do Templo em Tara no Tibete para Sakya Podrang Drolma? Será que ela ainda existe? Quem a construiu originalmente? Quem usou? Houve alguma razão especial que era um templo de Tara?
- Ele não existe mais. Foi construído pelo Bari Lotsawa. Na verdade, é dito que Tara acompanhou Bari Lotsawa o tempo todo em forma humana real. Então um dia, ela se absorveu em uma estátua (ou pedra) neste lugar particular. Ele então construiu este templo para consagrá-la. O templo e todas as imagens externas foram completamente demolidas durante a Revolução Cultural. Mas a pedra mais sagrada, onde a verdadeira forma humana deTara foi absorvida, aquela imagem em particular, foi salva por alguém. Então agora nós construímos mais 21 imagens de Tara, e que a pedra será colocada dentro da principal imagem de Tara. Agora não há um templo separado de Tara, mas ele está no templo principal da tradição Sakya. Na verdade, nós doamos essas 21 imagens, feitas no Nepal e enviadas para o Tibete. Há quatro monges remanescentes neste templo fazendo Tara pujas, todos os dias. Portanto, é um templo de Tara por causa da conexão entre Tara e Bari Lotsawa. Na verdade Sakya tem quatro altares maravilhosos, um deles é Tara, outro é Manjushri, outro é a Deusa Vijaya e um deles é Mahakala.
Q: Qual é a ligação entre Tara com Drolma Podrang? Havia um convento Sakya?
- Na verdade, nosso palácio não é chamado Drolma Phodrang, ele é chamado Pünphal Phodrang. Mas, como o palácio está situado junto a este muito famoso santuário de Tara, a maioria das pessoas chamam Drolma Phodrang. Na verdade, agora já ninguém o chama Pünphal Phodrang. Todo mundo o chama Drolma Phodrang. Não, não houve convento. O convento foi localizado no outro lado.
Q: Será que Sua Santidade pode dizer algo sobre famosas Sakya mulheres praticantes? A que divindades de meditação elas se concentram?
- Sakya tem muitos, muitos praticantes do sexo feminino muito famosos. Muitos deles, ainda recentemente, por exemplo Jetsuma Chime Tenpei Nyima, Tamdring Jetsun Wangmo, Jetsun Pema Thrinley. Parece que para a maioria delas a sua divindade principal para a prática foi Vajrayogini.
- Há um templo em Sakya, onde existe uma muito famosa estátua de Vajrayogini. Quando eu estava lá ninguém estava a fazer qualquer pujas. Mas diz-se que nos tempos antigos, todas as princesas, todos as Jetsumas que eram monjas, vinham junto a este templo em cada décimo vigésimo quinto a cada dia (do mês lunar) e fazia o puja. E diz-se que esta estátua de Vajrayogini era exatamente como qualquer outra mulher, e que a cada mês, havia fluxo menstrual da estátua, com néctar descendo da estátua.
Q: Tara é meditação apenas para mulheres?
- Não, não, claro, todos podem receber Tara .
Q: Pode nos dizer Vossa Santidade sobre os tipos de meditação que podem ser feita no "início" ou na "cerimônia de bênção"?
- Iniciações diferem no sentido em que existem grandes iniciações, há bênçãos, e há iniciações simples. Tomando como exemplo de um início simples, existem três tipos de meditações. Primeiro, fisicamente, visualizando-se na forma da divindade, então, repetir o mantra verbalmente e, finalmente, mentalmente meditar sobre a sabedoria primordial, que é afastado de todas as descrições, longe de todas as atividades, além da fala, além do pensamento. Portanto, esta é a meditação.
Q: O que acontece na Iniciação de Tara ou Cerimônia de Bênçãos?
- Iniciações são todos iguais no sentido de que, durante a iniciação, a voz, o corpo e a mente são abençoados. A partir desse momento, a pessoa está autorizada a fazer a visualização, recitar o mantra, e fazer a meditação sobre a sabedoria primordial de Tara .
Q: Como podemos determinar qual a prática tântrica seria mais eficaz para nós mesmos?
- Eu acho que depende principalmente do indivíduo. A algumas pessoas são adequados o Tantra Kriya, a alguns são adequados para o tantra Carya, alguns são adequados para o Tantra Yoga, e assim por diante. Da mesma forma, para algumas pessoas o Tara tantra é mais adequado do que os tantras outros.
Q: Existe algum conselho especial para hoje, para o presente, quando praticantes do sexo feminino que têm de equilibrar família, trabalhar e ter vida espiritual? Há melhores condições do que em épocas anteriores?
- Em Tibete, os discípulos tinham que se envolver em dificuldades e viagens de longa distância enquanto discípulos nos dias de hoje têm um acesso mais fácil para os ensinamentos por meio de transporte moderno e comunicação. Alguns professores dizem que este é o tempo de deterioração, mas o diligente pode obter resultados mais rapidamente.
Geralmente, a conveniência não necessariamente melhora a prática. Primeiro de tudo, estamos em uma época diferente, este é um tempo degenerado! Atualmente, as pessoas não possuem tanta fé e devoção, e tem dúvidas muito mais do que os tempos antigos. Por isso, é muito mais difícil nestes tempos. Mesmo que seja mais fácil de praticar e ter acesso aos ensinamentos, eu sinto o resultado é muito mais demorado.
Q: A impermanência é sempre enfatizada nos ensinamentos, que por sua vez criou insegurança, em vista de nossos relacionamentos e carreiras. No Vajrayana, porém, somos lembrados a colocar a nossa confiança total no Guru Raiz, até ganhar iluminação. É uma contradição dos ensinamentos da impermanência, que é suposto a ver as coisas com distanciamento, em vez de penhora? Poderia Vossa Santidade dar alguns conselhos sobre como equilibrar a impermanência com fé no Guru?
- Eu não entendo isso (referindo-se à insegurança). Porque tudo é impermanente, você precisa de fé, eu acho. Porque tudo é impermanente, porque a vida é impermanente, e nós vamos morrer um dia. Nós vamos perder todas as nossas posses e riqueza e tudo mais. No momento em que saímos, a nossa consciência mental é só viajar para um destino desconhecido, a única coisa em que se pode procurar ajuda é o Dharma. Dharma só podem ser aprendidas com o Guru, por isso, portanto, você precisa de fé e confiança no Guru. Não é assim? Não vejo qualquer conflito. A boa vida não é o que estamos buscando - a vida não é agradável, até mesmo a vida mais agradável não é legal. Na verdade, é um sofrimento, apenas um outro tipo de sofrimento. Assim, precisamos renunciar a isso, precisamos despertar dessa ilusão. E a maneira de despertar é com o apoio e ajuda do Guru e do Dharma.
Q: Da mesma forma, ao ponderar sobre os sofrimentos do inferno e assim por diante, às vezes sentimos o pânico ao invés de acalmar. Se não podemos superar nossos pânicos, enquanto medita sobre estes ensinos fundamentais (na soma Nang), então estamos realmente prontos para mais instruções, como os ensinamentos Lam Dre?
- Esse novo eu não entendo. Você vê, a vida é o pânico, tudo é impermanente, e tudo é sofrimento. Se você tentar evitar isso, então você não pode vencê-lo. Você não pode evitá-lo, isto é uma realidade. Nós não queremos isso, queremos viver uma vida realmente feliz. Mas a realidade é, porém, não é a felicidade. A realidade está sofrendo e que não podemos evitar. Temos de enfrentá-lo, e só enfrentando é que podemos superá-lo. Caso contrário, se você tentar evitá-lo, você ainda terá que encarar algum tempo. E naquele tempo, quando você é forçado a enfrentá-lo, então você está em uma situação terrível e desesperada. A maneira de superar isto é lidar com isso, por conhecê-lo e saber como superá-lo através dos ensinamentos Lam Dre.
Q: Deve ter uma oportunidade de prática do Dharma sobre si?
- Claro que sim. Basicamente tudo o budismo, você tem que fazer isso sozinho. Como o Buda disse, "Só você pode salvar a si mesmo. Ninguém mais pode te salvar. "Assim, a principal de ajuda tem que vir do nosso próprio lado. Se a pessoa está pronta, então divindades estão sempre prontos. Mas se alguém não está pronto, então divindades não pode ajudar.
Q: Nós ouvimos falar de praticantes ganhando realização através da devoção Guru. Eles passaram por muitas provações físicas e mentais e espirituais. Luding Khenchen Rinpoche disse que se um Guru realmente colocar discípulos modernos, através de práticas tradicionais de devoção Guru, todos os discípulos teriam fugido. Como modernas e práticas tradicionais de devoção ao guru comparar?
- Eu acho que geralmente é a mesma de antes. Mas o Senior Luding Khen disse é verdade. O homem moderno não poderia suportar tais dificuldades, por isso, portanto não podemos fazer esse tipo de coisa. Temos que fazer coisas que são condizentes com as atuais circunstâncias e também depende dos indivíduos. Do mesmo modo de falar, nos tempos antigos, algumas pessoas não tinham muitas dificuldades, visto que algumas pessoas tinham de passar por um ótimo negócio.
Q: Pode falar mais sobre os praticantes do sexo feminino na linhagem Sakya?
- Há, como se sabe, muitos, muitos praticantes do sexo feminino. JetsumaTenpei Nyima tinha muitos discípulos. Quase todos os mestres Sakya e Ngorpa receberam os ensinamentos dela. Além disso, algumas de Dagmo também eram muito famosas. De fato, um dos pioneiros dos Professores Sakya, Drogmi Lotsawa, que foi o primeiro Lama tibetano para receber os ensinamentos Lam Dre, teve quatro discípulos do sexo feminino. Um deles eu me lembro muito claramente é Tomo Dorje Tso. Ela não era uma monja, mas uma pessoa muito comum. Ela veio, na verdade, de uma família muito rica e, em seguida, foi casada em uma outra família muito rica, e que a família era muito poderoso. Ela deu à luz cinco filhos. Então, eles tinham mão de obra, riqueza e tudo. Eles eram uma família muito, muito poderoso, mas de alguma forma as pessoas da aldeia não gostavam deles. Então, um dia toda a aldeia veio e matou o pai, matou todos os cinco filhos e tirou toda a riqueza. Tomo Dorje Tso ficou sozinha lá. Naquele momento, ela estava quase louca de dor, choro dia e noite com tanto sofrimento. Então Drogmi Lotsawa ouviu falar sobre isso. Ele viu que havia uma ligação entre ela e a si mesmo, e assim ele chamou por ela. Ela também foi um dos discípulos que não tiveram de passar por tantas dificuldades. Depois que ela foi chamada por ele, Drogmi Lotsawa não lhe deu muitos ensinamentos. Ele apenas deu a ela o Hevajra Causa e depois uma meditação "além do pensamento", não a Vajrayogini mas de outro com Hevajra. Apenas através da prática que, dentro de um período muito curto de tempo, ela teve a realização. Ela se tornou uma Yogini muito grande e é dito que, na parte posterior de sua vida, ela podia viajar entre as diferentes áreas de Buda e também retornar à sua residência tibetana.
Q: Tara diz-se ficar em Potala, uma ilha no sul. Sua família é Buda Amitabha, por que não é seu campo búdico em Sukhavati? Alguém faz orações para renascer em Potala?
- Potala é, naturalmente, na verdade, um lugar físico, mas às vezes você pode vê-lo e às vezes você não vê-lo em tudo. Cada Buda tem o seu próprio campo de Buda. As pessoas rezam para Potala, mas não é tão popular como Sukhavati. É muito difícil para as pessoas comuns com seus obscurecimentos de nascer em campos de Buda. Mas Buda Amitabha Sukhavati foi especialmente criado para que mesmo aqueles com carma negativo, mesmo aqueles que têm obscurecimentos possam nascer ali. Então, nós pessoas comuns deveriam rezar para nascer lá porque é realmente possível. Para renascer em outros campos de Buda não é tão fácil.
Q: Será que Tara protege e curar só quem visitá-la?
- Na verdade é como o sol, o sol está brilhando o tempo todo, mas às vezes vemos e muitas vezes não vemos isso. Assim, Tara está o tempo todo enchendo de bênçãos a todos os seres sencientes, mas algumas pessoas, devido à sua falta de crença, fé e confiança, não podem receber essa bênção. Você vê, para salvar alguém que você necessita o gancho e o anel - Tara está o tempo todo jogando fora seu anzol de compaixão para capturar os seres, mas para ser salvo você precisa do anel da fé. Se você tem o anel da fé, em seguida, o gancho de compaixão será capturado neste e em seguida, será salvo.
Q: Tara apenas para os budistas?
- Claro que não. Tara vê todos os seres sencientes como seu único filho. Toda mãe ama seu filho, em especial as mães com apenas um filho. Em suas mentes, eles estão constantemente a pensar na criança, no bem-estar e no bem-estar dessa criança.Tara tem grande compaixão e amor tão grande que todos os seres sencientes são seu único filho, sem qualquer discriminação ou exceção.
Esta entrevista foi solicitada por Pee Lee, e Gabriela e conduzido por Inge Kunga Soedron na Podrang Drolma, Rajpur , Índia .
fonte: http://sg.geocities.com/sakyadrotonling/index.html
© 2011 Escritório de Sua Santidade Sakya Trizin ~ todos os direitos reservados
(TRAD. R. SAMUEL)
terça-feira, 17 de abril de 2012
Súplica para Tara Sete Protetores
THANKA DE KORCHEN TULKU
Súplica para Tara Sete Protetores
Uma Oração para " Tara os Sete Protetores "
por
Jigten Gonpo
No Reino do Dharmadhatu Por nascer
Mora a Sagrada Mãe Tara
Ela que dá felicidade a todos os seres sensíveis
Eu rezo a você, nos proteja de todos os tipos de medos!
Não percebendo a si mesmo como Dharmakaya
As mentes dos seres sensíveis são possessas de emoções negativas
A estes a mãe dos seres sensíveis que vagam em Samsara
Oh Mãe Santificada, por favor nos proteja!
Não tendo entendido o profundo Dharma por dentro
E tendo seguido o nível convencional das palavras
Seres são enganados por visões filosóficas erradas e dogmas
Oh Mãe Santificada, por favor nos proteja!
Difícil de perceber é a própria mente
Alguns percebem isto mas não praticam perfeitamente depois
Para os que estão perdidos em atividades mundanas insalubres
Oh Mãe Santificada, Incorporação da Plena Atenção Perfeita,
por favor nos proteja!
A Realidade Absoluta da Mente é a sabedoria Buddhica Não-dual Inata
Mas por causa da habitual concepção dualística
A pessoa é aprisionada nisto em tudo o que faz
Oh Mãe Perfeita de Sabedoria Não-dual, por favor nos proteja!
Apegados à concepção de Vacuidade
alguns pensam que entendem a Realidade Absoluta
Mas não entendem a interdependência de Causa e Efeito
da Realidade Fenomenal
São seres iludidos com relação à Realidade dos Fenômenos
Oh a Mãe Onisciente, por favor nos proteja!
Como a natureza do espaço que está além de todas as concepções
A Realidade de todos condicionados fenômenos não é diferente disso
Mas isso não foi percebido, então
Oh a Mãe Perfeitamente Iluminada,
por favor nos proteja, os novatos no Caminho!
Uma vez, quando o Senhor Jigten Gonpo estava na Caverna de Echung
em Drikung, depois de ter atingido a Iluminação, teve uma visão das Sete Taras.
Naquele momento, ele compôs esta oração de súplica pelos sete versos.
Esta oração tem bênçãos múltiplas e é uma oração de súplica extensamente usada para as sete proteções.
sábado, 14 de abril de 2012
PRECE DE ARYA-TARA
PRECE DE ARYA-TARA
(Arya - tara-stotra)
Por
Dipamkara-bhadra
Homenagem para a Venerável Aria-Tara!
1. Mae de grandes olhos, Protetora dos três mundos!
Mae que produz todos os Buddhas dos três tempos!
Embora Você nao se mova do estado de Conhecimento nao-dual,
Seu poder de Compaixao trabalha de bem diverso para os migradores.
Eu me curvo em homenagem a Você, Ó Mae bondosa!
2. Seu Corpo verde, Você executa todas as atividades de Buddha.
Como dezesseis anos de idade, madura em qualidades,
Os seres sensíveis alegrando, com a face sorridente,
E olhos calmos. Você olha nos três mundos.
Eu me curvo em homenagem a Você, de Compaixao abundante!
3. Uma lua da natureza da mente Bodhi é aberta como seu assento;
Em posição vajra, imperturbada pelas corrupções,
Você se senta em um assento de loto, todas as ofuscações abandonando,
Atrás tem uma lua cheia de felicidades incontaminadas.
Homenagem para Você de grandes felicidades incontaminadas!
4. Vestida com soberba roupa e numerosas pedras preciosas,
Com mão direita concede o benefício, Você confere
siddhis aos praticantes;
Na esquerda, uma utpala sem defeito, sinal de pureza.
Suas duas mãos unidas são o Método e a Sabedoria. Homenagem para Você do Corpo de União, livre dos extremos!
5. Por causa de minha homenagem com o corpo, a fala e mente,
Peço perdão de minhas baixas visões, de minha prática e adoração inferiores, e o dano aos votos controlados
por corrupções!
Por favor Você me apóie com Compaixão.
6. Seu Corpo é adornado com Marcas de virtudes infinitas.
Por meu elogio que é um átomo de alegria em Você,
Conceda-me a visão perpétua de Sua face
E o Caminho supremo para renascimentos altos e Liberação,
Mostrando o conselho no Caminho supremo e perfeito!
7. Pense em nós, Ó Mãe de bondade,
Guarde e proteja-nos e à nossa companhia,
Desvie-nos das [ruins] condições desta vida,
Corte a entrada nos reinos de aflição na próxima [vida],
E faça uma mente saudável desenvolver em nós!
A prece de Aria-Tara por Mestre Dipamkara-bhadra está completa.
Foi traduzida e revisada pelo upadhydya de Kashmiri Buddhakara-varman e o tradutor Gelong Ch'okyi Yeshe.
Traduzido do Tibetano [por Martin Wilson].
Trad. R. Samuel.
sexta-feira, 6 de abril de 2012
terça-feira, 3 de abril de 2012
REZA DA NOBRE DEUSA TARA
REZA DA NOBRE DEUSA TARA
Pelo Mestre Indiano
Candragomin
(Sétimo Século D.C.)
Homenagem para a Deusa TARA!
1.A escuridão do Samsãra, difícil de repelir,
Você supera como a luz do sol.
Para Você com mente úmida de compaixão,
TARA, eu sempre me curvo.
2 Por Você, Deusa dotada de mente aguçada, bravos leões, que podem matar grandes elefantes,
ficam assustados e correm para fora da visão.
3. Com a ponta dos dentes o elefante pode dividir as pedras ou pode desarraigar as árvores;
Mas quando Seu mantra é recitado,
O elefante corre para fora, amedrontado.
4 Difícil de agüentar, enchendo todo o espaço
e quarteirões, incontrolável incêndio queima tudo com suas chamas; mas a chuva de Sua Prece apaga o fogo.
5 Emitindo assobio, que surge
de seu inteiro capuz, venenosa,
Uma cobra é amedrontada por Sua Prece,
Ó Deusa, como pelo poder de um garuda.
6
Eles podem golpear os viajantes com suas espadas e deixar seus membros
manchados de sangue; mas só porque eles ouvem Seu Nome os ladrões
ficarão impotentes.
7 Quando agarrado pelos cabelos e jogado na prisão pelos soldados do rei enfurecido,
Aquele que A elogia, Ó Deusa
Que salva da prisão, não terá nenhum medo.
8 Quando massas de ondas vêm para cima das dez direções e até mesmo do céu,
Seu criado, no oceano depois do
naufrágio, alcança a praia do outro lado.
9 Cobertos de um lodo de sangue e crâneos,
Os qual eles estão ávidos de devorar,
Os Pisacas, Ó Deusa, ficam assustados
pela recitação de Seu mantra.
10. Leprosos com membros rasgados, narizes gotejantes de sangue, fedendo com os corpos gotejantes,
Apenas se reunindo a Você
se tornam [belos] como deuses do Reino do Desejo.
11. Mendigos que se assemelham a fantasmas famintos,
nus, torturados de fome e de sede,
Só se curvando a Você
são transformados em imperadores.
12. Pela virtude acumulei
por elogiá-la assim, Ó Pureza,
Libertadora dos Grandes Medos,
Possa ser conseguida a felicidade mundial!
O elogio da Deusa TARA por Mestre Candragomin está completo.
É
dito que com [este] Elogio, o Mestre fez uma imagem de madeira de TARA
aumentar o seu dedo indicador dela. Quando ele Lhe perguntou: "Por que
Você faz isso?", Ela respondeu, "Este elogio seu é bem falado." Ela era
conhecida como a "TARA do Dedo Indicador Elevado".
Traduzido do Tibetano [por Martin Willson].
[Trad. Rogel Samuel].
sábado, 31 de março de 2012
REZA DE ARYA-TARA
(Arya-Tara-stotra)
Atribuído ao Devoto indiano
Matrceta
Homenagem ao Bhagavan Senhor da Fala!
1 Você se senta em um assento de loto de esforço forte, Seu loto arraiga firme aspiração
No chão da fé completamente desenvolvida, TARA—homenagem a Você, ó Venerável!
2 Você se senta em um assento de lua, aliviando com compaixão os seres que migram queimados pelo calor das
corrupções.
Senhora, Salvadora dos seres atormentados, TARA—homenagem a Você, ó Venerável!
3 Com as duas acumulações como rodas de carruagem
Você conquistou os dois véus; estabelecida nas Dez Fases,
Você fica como uma Deusa até que o samsara esteja vazio. TARA—homenagem a Você, ó Venerável!
4 Seu corpo, impassível por corrupções, é firme como uma montanha,
Bem-nascido, nutrido por Suas virtudes perfeitas,
Enfrentando de face, já que os movimentos de bondade movem seu coração. TARA—homenagem a Você, ó Venerável!
5 Graciosa, sua aparência pura através do samsara;
De vestuário encantador, com ornamentos de jóias,
Seu cabelo verde-azulado, com um diadema das cinco Famílias,
TARA—homenagem a Você, ó Venerável!
6 Sua face sorri espalhando não-contaminadas felicidades;
Nascida de Vairocana, Você tem compaixão e ações.
Com Sabedoria e Meios - o arco e a flecha - subjugando os Maras.
TARA—homenagem a Você, ó Venerável!
7 A mão direita concede Refúgio, Você salva dos medos; Na forma de menina de dezesseis anos, Você cativa os
seres;
Sua [flor] utpala azul é para a Família de Ação,
TARA—homenagem a Você, ó Venerável!
8
Você é a barqueira hábil que nos transporta por cima dos (tarana) rios
do renascimento, envelhecimento, doença e morte [para] o porto
(potalaka) da bondade, com os remos da compaixão,
TARA—homenagem a Você, ó Venerável!
9 Agora que eu assim elogiei a Deusa,
Em oito estrofes, com fé n'Ela, por isto,
Possam todos seres sensíveis migratórios
Depressa ganhar o grau de Buddheidade!
A reza da Senhora Venerável por Mestre Matricita (assim) está completa.
Traduzido do Tibetano [por Martin Willson].
Trad. R. Samuel.
segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012
Pullahari Monastery
Tashi Delek! (CLICK PARA VER)
On
the occasion of Losar of the Water-Dragon Year, 2139, His Eminence
Jamgon Kongtrul Rinpoche wishes everyone HAPPY NEW YEAR! Rinpoche prays
that there be goodness and peace in our world; great success in all
endeavours to preserve and propagate the Buddhadharma; and good luck,
good health, happiness, and joy for you, your family, and close ones.
All
of us in Pullahari and Lava monasteries join Jamgon Rinpoche in
prayers, and we send you our best wishes for the New Year too.
With kindest regards.
Yours in Dharma,
Tenzin Dorjee
General Secretary to H.E. Jamgon Kongtrul Rinpoche
--
Correspondence Address:
Pullahari Monastery
P.O. Box 11015, Kathmandu
Nepal
Tel : +977 (1) 2073203
Email : pullahari@jamgonkongtrul.org
segunda-feira, 2 de janeiro de 2012
domingo, 1 de janeiro de 2012
SAKYA TRIZIN - SOBRE TARA
(FOTO DE R. SAMUEL, KATHMANDHU, NEPAL)
Q: Your Holiness, what does lineage mean?
Lineage means the teaching that has been brought down from Buddha to his disciples, then to the translators and then from one Guru to the next - the unbroken line of transmission that has been passed from Buddha himself, up to the present Guru.
Q: Who is Tara ?
Tara is actually the perfection of wisdom, and she is the mother of all the Buddhas, Bodhisattvas, Shravakas and Pratyeka Buddhas. This wisdom is actually beyond any forms or signs or descriptions. But out of great compassion, in order to help sentient beings she appears in physical form that is the Tara . The word Tara means “Saviour” or “One Who Saves”.
Q: Tara is called the female Buddha. Can your Holiness elaborate on why she is different from the historical Buddha Shakyamuni that most people are familiar with?
There are male and female Buddhas just as there are male and female people. There are many female Buddhas, not just Tara and Vajrayogini; there are so many female deities! For some people it is much easier to practise female deities. It depends on one’s own karmic connections. For some, female deities are more suited, and for others, male deities are more suited. Although is it said, in terms of their wisdom, compassion and power, that all deities are the same, but due to their motherly figure it is easier to invoke the blessing of female deities.
Q: Why is Tara in particularly regarded for her compassion?
Basically all the deities are the nature of compassion and emptiness; but Tara is special in two ways: firstly, she is in motherly figure, and secondly, she is an emanation of Avalokiteshvara, the manifestation of all the Buddhas’ compassion. Therefore, there is a particular connection between compassion and Tara .
Q: Was Tara a real woman, if so, when did she live?
In actuality, of course, she is not a person because the true nature of Tara is the perfection of wisdom, mother of all the Buddhas and noble ones, and that wisdom is beyond form or any signs or descriptions. But out of compassion at the relative level she appears in the form of Tara . But then there are also historical Taras . Like it is said that many, many aeons ago there was a princess whose name was Gyana Chandra. She created the enlightenment mind in front of Buddha Amoghasiddhi. In order to save sentient beings she took the vow to remain in the female form all through the path, and even after enlightenment. So that indicates that there is a historical figure as well.
Q: We have heard many stories about Tara 's help? Is there a special story or experience that your Holiness would like to share with us?
I do not have any personal experience as such, but Tara is very, very important and there are very many beautiful stories. One is related to the continuation of the Khön lineage. It is a story about Zangpopa who was the 11th Sakya throne holder counting from Khön Khoncho Gyalpo who first established the Sakya Monastery. Zangpopa’s grandfather had five sons, but the one who was Zangpopa’s father, Lopon Yeshe Jungne, was the son of a maid who was not of one of the official queens. One of the official sons, Chogyal Phagpa, was the throne holder and guru of the Chinese Emperor in his time. Another son, Drogon Chagma, had a son called Dharmapalarakshita who was the 9th throne holder. When he died in 1287, there was not an official Khön lineage heir after him. So Jamyang Chenpo from Sharpa took the thrown.
At this point, there was no officially recognised Khön lineage heir. Even though Zangpopa was alive, the people had doubts about Zangpopa’s father as his mother had not been an official queen. Zangpopa had been invited to China but as his father had not been the official heir, the Emperor did not recognise him. Instead he was sent to some far outlying area of China .
When Dharmapalarakshita (the 9th throne holder) passed away, the Emperor was distressed over his loss. Placing the bones of Dharmapala on his head, he cried. Because there was no issue in his Guru’s hereditary lineage and how sad it was. There had been only one daughter of the lineage, a princess, and when she passed away there were rainbows and her body had many relics. This altered the mind of the Emperor who now said that any connection to his Guru’s hereditary lineage, was holy.
At that time, Zangpopa was living in a distant part of China near the Avalokiteshvara shrine. He was having a very difficult time, and so he prayed to Tara . Tara appeared and placed her hand over the crown of his head and said, “Those who wish to have a child, can have a child Those who wish to have wealth, can have wealth All your wishes will be granted and your obstacles will be cleared.”
After he received that blessing, some Tibetan lamas helped the Emperor find Zangpopa. Being a nephew of Chogyal Phagpa, he was then recognized by the Emperor and was brought back to the palace. There he was officially enthroned as the Sakya Khön lineage prince. The Emperor then said, “It is very important to continue the historical lineage.” At this point he gave his own sister to Zangpopa as his queen. This emperor reigned in the Yön dynasty of the Mongol empire of China . The princess is called Mudakhen. She traveled all the way to Sakya , married Zangpopa , and they had one son.
Q: What is the historical significance of Tara Temple in Tibet to Sakya Drolma Podrang? Does it still exist? Who built it originally? Who used it? Was there any special reason it was a Tara Temple?
It no longer exists. It was build by Bari Lotsawa. Actually it is said that Tara accompanied Bari Lotsawa all the time in real human form. Then one day, she absorbed into a statue (or stone) in this particular place. He then built this temple to enshrine her. The temple and all the outer images were completely demolished during the Cultural Revolution. But innermost stone, where the real human form of Tara was absorbed, that particular image, was saved by someone. So now we have built another 21 Tara images, and that stone is placed inside the main Tara image. Now there is not a separate Tara temple but it is in the main temple of the Sakya. Actually we donated these 21 images, made in Nepal and sent to Tibet . There are four monks remaining in this temple doing Tara pujas, everyday. So it is a Tara temple because of the connection between Tara and Bari Lotsawa . Actually Sakya has four wondrous shrines, one of them is Tara one of them is Manjushri, one of them is Goddess Vijaya and one of them is Mahakala.
Q: What is the connection between Tara with Drolma Podrang? Was there a Sakya Nunnery?
Actually our palace is not called Drolma Phodrang, it is called Pünphal Phodrang. But as the palace is right next to this very famous Tara shrine, most people call it Drolma Phodrang. In fact, now nobody now calls it Pünphal Phodrang. Everyone calls it Drolma Phodrang. No, there was no nunnery. The nunnery was located on the other side.
Q: Could His Holiness say something about famous Sakya Female Practitioners? Upon which meditational deities did they concentrate?
Sakya has many, many very famous female practitioners. So many of them, even recently, for example Jetsuma Chime Tenpei Nyima, Jetsun Tamdring Wangmo, Jetsun Pema Thrinley. It seems that for most of them their main deity for practice was Vajrayogini.
There is one temple in Sakya where there is a very famous Vajrayogini statue. When I was there no one doing any pujas. But it is said that in ancient times, all the princesses, all those Jetsumas who were nuns, came together to this temple on every tenth and every twenty fifth day (of the lunar month) and did the puja. And it is said that this Vajrayogini statue was just like any other female in that every month there was menstrual flow from the statue, with nectar coming down from the statue.
Q: Is Tara meditation only for women?
No of course not, everybody can receive Tara .
Q: Can your Holiness tell us about the types of meditation that might be given at the “initiation” or “ blessing ceremony” ?
Initiations differ in the sense that there are major empowerments, there are blessings, and there are simple initiations. Taking as an example in a simple initiation, there are three kinds of meditations. First, physically visualising oneself in the form of the deity; then, verbally repeating the mantra, and finally, mentally meditating on the primordial wisdom, which is away from all descriptions, away from all activities, beyond speech, beyond thought. So this is the meditation.
Q: What happens at a Tara Initiation or Blessing Ceremony?
Initiations are all the same in the sense that, during the initiation, ones own body voice and mind are blessed. From that moment onwards, one is authorised to do the visualisation, recite the mantra, and do the meditation on primordial wisdom of Tara .
Q: How can we determine which Tantric practice would be most effective for ourselves?
I think it mainly depends on the individual. Some people are suited to the Kriya tantra, some are suited to the Carya tantra, some are suited to the Yoga tantra, and so on. Similarly for some people the Tara tantra is more suitable than the other tantras.
Q: Is there any special advice for today’s present female practitioners who have to balance family, work and spiritual life? Are there better conditions than in previous times?
In Tibet , disciples had to engage in hardships and travel long distance whereas disciples these days have more ready access to teachings through modern transport and communication. Some teachers say this is the times of deterioration but the diligent can gain results more rapidly.
Generally, convenience does not necessarily improve the practice. First of all, we are in a different time; this is a degenerated time! Nowadays, people do not possess so much faith or devotion, and have much more doubt than ancient times. Therefore it is much harder in these times. Even though it is easier to practice and to have access to the teachings, I feel the result takes much longer.
Q: Impermanence is always emphasized in the teachings, which in turn has created insecurity, in view of our relationships and careers. In Vajrayana, though, we are reminded to put our total trust in the Root Guru, until we gain enlightenment. Is this a contradiction of the impermanence teachings, which we are supposed to view things with detachment rather than attachment? Could your Holiness give some advice on how to balance impermanence with faith in the Guru?
I do not understand this (referring to the insecurity). Because everything is impermanent you need faith, I think. Because everything is impermanent, because life is impermanent, and we are going to die one day. We are going to lose all our possessions, and wealth and everything. At the time when we leave, our mental consciousness is alone travelling to an unknown destination, the only thing that one could seek for help is the Dharma. Dharma can only be learned from the Guru; so therefore you need faith and the trust in the Guru. Isn’t that so? I don’t see any conflict. A nice life is not what we are seeking for – this life is not nice, even the nicest life is not nice. Actually it is a suffering, just another kind of suffering. So we need to renounce this, we need to awake from this illusion. And the way to awake is with the support and help from the Guru and the Dharma.
Q: Similarly, when pondering the sufferings of hell and so forth, we sometimes feel panic rather than calm. If we cannot overcome our panic of while meditating on these fundamental teachings (in the Nang Sum), are we then really ready for further instructions, such as the Lam Dre teachings?
This again I don’t understand. You see, life is panic; everything is impermanent, and everything is suffering. If you try to avoid that, then you cannot overcome it. You cannot avoid it; that is a reality. We don’t want it, we want to live a really happy life. But the reality of it, though, is not happiness. The reality is suffering and that we can’t avoid. We have to face it, and only by facing it can we overcome it. Otherwise if you try to avoid it, you will still have to face it some time. And at that time, when you are forced to face it, then you are in a terrible and desperate situation. The way to overcome this is to deal with it, by knowing it and knowing how to overcome it through the Lam Dre teachings.
Q: Must one take the opportunity to practice dharma upon oneself?
Of course. Basically with Buddhism everything you have to do it yourself. As the Buddha said, “Only you can save yourself. Nobody else can save you.” So the main help has to come from one’s own side. If one is ready, then deities are always ready. But if one is not ready, then deities cannot help.
Q: We hear about practitioners gaining realisation through Guru devotion. They have been put through many physical and mental and spiritual trials. Luding Khenchen Rinpoche said that if a Guru really put modern disciples through traditional Guru devotion practices, all the disciples would run away. How would modern and traditional Guru Devotion practices compare?
I think generally it is the same as before. But what Senior Luding Khen said is true. Modern people could not bear such hardships, so therefore we cannot do that kind of thing. We have to do things that are suitable with the present circumstances and it also depends on the individuals. Similarly speaking, in ancient times some people did not have much hardship, whereas some people have to go through a great deal.
Q: Can more be mentioned about female practitioners in the Sakya lineage?
There are, as you know, many, many female practitioners. JetsumaTenpei Nyima had so many disciples. Almost all the Sakya and Ngorpa masters received teachings from her. Also some Dagmo’s were also very famous. Indeed, one of the pioneers of the Sakya Teachers, Drogmi Lotsawa, who was the first Tibetan Lama to receive the Lam Dre teachings, had four female disciples. One of them I remember very clearly is Tömo Dorje Tso. She was not a nun but a very ordinary person. She came, in fact, from a very rich family and then she was married into another very rich family, and that family was very powerful. She gave birth to five sons. So then, they had wealth, manpower and everything. They were a very, very powerful family but somehow the people of the village didn’t like them. So, one day the whole village came and killed the father, killed all the five sons and took away all the wealth. Tömo Dorje Tso was left alone there. At that point, she was almost insane with grief, crying day and night and suffering so much. Then Drogmi Lotsawa heard about it. He saw that there was a connection between her and himself, and so he called for her. She was also one of the disciples who did not have to go through so much hardship. After she was called by him, Drogmi Lotsawa did not give her many teachings. He just gave her the Hevajra Cause empowerment and after that a “Beyond Thought” meditation, not the Vajrayogini but another one with Hevajra. Just by practicing that, within a very short period of time, she got the realisation. She became a very great Yogini and it is said that, in the later part of her life, she could travel between the different Buddha fields and then also return to her Tibetan residence.
Q: Tara is said to be staying in Potala, an island in the south. Her Buddha family is Amitabha, why isn't her Buddha-field in Sukhavati? Does anyone do prayers to be reborn in Potala ?
Potala is of course actually a physical place, but sometimes you can see it and sometimes you don’t see it at all. Every Buddha has his own Buddha-field. People do pray to be in Potala but it is not as popular as Sukhavati. It is very difficult for ordinary people with their obscurations to be born in Buddha-fields. But Buddha Amitabha especially created Sukhavati so that even those with negative karma, even those who have obscurations can be born there. So, we ordinary people should pray to be born there because it is actually possible. To be reborn in other Buddha-fields is not so easy.
Q: Does Tara protect and heal only those who call on her?
Actually it is just like the sun; the sun is all the time shining, but sometime we see it and sometime we don’t see it. Just like that, Tara is all the time showering her blessings to every sentient being, but some people, due to their lack of faith, belief and confidence, cannot receive that blessing. You see, in order to save someone you need the hook and the ring – Tara is all the time throwing out her hook of compassion to catch beings, but to be saved you need the ring of the faith. If you have the ring of the faith then the hook of compassion will be caught in that and then one will be saved.
Q: Is Tara only for Buddhists?
Of course not. Tara sees all sentient beings as her only child. Every mother loves her child, particularly those mothers with only one child. In their minds, they are constantly thinking about that child, the welfare and well-being of that child. Tara has such great compassion and such great love that all sentient beings are her only child, without any discrimination or exception.
This Interview was requested by Pee Lee, April and Gabriela and conducted by Inge Kunga Soedron at Drolma Podrang, Rajpur , India .
source: http://sg.geocities.com/sakyadrotonling/index.html
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Q: Your Holiness, what does lineage mean?
Lineage means the teaching that has been brought down from Buddha to his disciples, then to the translators and then from one Guru to the next - the unbroken line of transmission that has been passed from Buddha himself, up to the present Guru.
Q: Who is Tara ?
Tara is actually the perfection of wisdom, and she is the mother of all the Buddhas, Bodhisattvas, Shravakas and Pratyeka Buddhas. This wisdom is actually beyond any forms or signs or descriptions. But out of great compassion, in order to help sentient beings she appears in physical form that is the Tara . The word Tara means “Saviour” or “One Who Saves”.
Q: Tara is called the female Buddha. Can your Holiness elaborate on why she is different from the historical Buddha Shakyamuni that most people are familiar with?
There are male and female Buddhas just as there are male and female people. There are many female Buddhas, not just Tara and Vajrayogini; there are so many female deities! For some people it is much easier to practise female deities. It depends on one’s own karmic connections. For some, female deities are more suited, and for others, male deities are more suited. Although is it said, in terms of their wisdom, compassion and power, that all deities are the same, but due to their motherly figure it is easier to invoke the blessing of female deities.
Q: Why is Tara in particularly regarded for her compassion?
Basically all the deities are the nature of compassion and emptiness; but Tara is special in two ways: firstly, she is in motherly figure, and secondly, she is an emanation of Avalokiteshvara, the manifestation of all the Buddhas’ compassion. Therefore, there is a particular connection between compassion and Tara .
Q: Was Tara a real woman, if so, when did she live?
In actuality, of course, she is not a person because the true nature of Tara is the perfection of wisdom, mother of all the Buddhas and noble ones, and that wisdom is beyond form or any signs or descriptions. But out of compassion at the relative level she appears in the form of Tara . But then there are also historical Taras . Like it is said that many, many aeons ago there was a princess whose name was Gyana Chandra. She created the enlightenment mind in front of Buddha Amoghasiddhi. In order to save sentient beings she took the vow to remain in the female form all through the path, and even after enlightenment. So that indicates that there is a historical figure as well.
Q: We have heard many stories about Tara 's help? Is there a special story or experience that your Holiness would like to share with us?
I do not have any personal experience as such, but Tara is very, very important and there are very many beautiful stories. One is related to the continuation of the Khön lineage. It is a story about Zangpopa who was the 11th Sakya throne holder counting from Khön Khoncho Gyalpo who first established the Sakya Monastery. Zangpopa’s grandfather had five sons, but the one who was Zangpopa’s father, Lopon Yeshe Jungne, was the son of a maid who was not of one of the official queens. One of the official sons, Chogyal Phagpa, was the throne holder and guru of the Chinese Emperor in his time. Another son, Drogon Chagma, had a son called Dharmapalarakshita who was the 9th throne holder. When he died in 1287, there was not an official Khön lineage heir after him. So Jamyang Chenpo from Sharpa took the thrown.
At this point, there was no officially recognised Khön lineage heir. Even though Zangpopa was alive, the people had doubts about Zangpopa’s father as his mother had not been an official queen. Zangpopa had been invited to China but as his father had not been the official heir, the Emperor did not recognise him. Instead he was sent to some far outlying area of China .
When Dharmapalarakshita (the 9th throne holder) passed away, the Emperor was distressed over his loss. Placing the bones of Dharmapala on his head, he cried. Because there was no issue in his Guru’s hereditary lineage and how sad it was. There had been only one daughter of the lineage, a princess, and when she passed away there were rainbows and her body had many relics. This altered the mind of the Emperor who now said that any connection to his Guru’s hereditary lineage, was holy.
At that time, Zangpopa was living in a distant part of China near the Avalokiteshvara shrine. He was having a very difficult time, and so he prayed to Tara . Tara appeared and placed her hand over the crown of his head and said, “Those who wish to have a child, can have a child Those who wish to have wealth, can have wealth All your wishes will be granted and your obstacles will be cleared.”
After he received that blessing, some Tibetan lamas helped the Emperor find Zangpopa. Being a nephew of Chogyal Phagpa, he was then recognized by the Emperor and was brought back to the palace. There he was officially enthroned as the Sakya Khön lineage prince. The Emperor then said, “It is very important to continue the historical lineage.” At this point he gave his own sister to Zangpopa as his queen. This emperor reigned in the Yön dynasty of the Mongol empire of China . The princess is called Mudakhen. She traveled all the way to Sakya , married Zangpopa , and they had one son.
Q: What is the historical significance of Tara Temple in Tibet to Sakya Drolma Podrang? Does it still exist? Who built it originally? Who used it? Was there any special reason it was a Tara Temple?
It no longer exists. It was build by Bari Lotsawa. Actually it is said that Tara accompanied Bari Lotsawa all the time in real human form. Then one day, she absorbed into a statue (or stone) in this particular place. He then built this temple to enshrine her. The temple and all the outer images were completely demolished during the Cultural Revolution. But innermost stone, where the real human form of Tara was absorbed, that particular image, was saved by someone. So now we have built another 21 Tara images, and that stone is placed inside the main Tara image. Now there is not a separate Tara temple but it is in the main temple of the Sakya. Actually we donated these 21 images, made in Nepal and sent to Tibet . There are four monks remaining in this temple doing Tara pujas, everyday. So it is a Tara temple because of the connection between Tara and Bari Lotsawa . Actually Sakya has four wondrous shrines, one of them is Tara one of them is Manjushri, one of them is Goddess Vijaya and one of them is Mahakala.
Q: What is the connection between Tara with Drolma Podrang? Was there a Sakya Nunnery?
Actually our palace is not called Drolma Phodrang, it is called Pünphal Phodrang. But as the palace is right next to this very famous Tara shrine, most people call it Drolma Phodrang. In fact, now nobody now calls it Pünphal Phodrang. Everyone calls it Drolma Phodrang. No, there was no nunnery. The nunnery was located on the other side.
Q: Could His Holiness say something about famous Sakya Female Practitioners? Upon which meditational deities did they concentrate?
Sakya has many, many very famous female practitioners. So many of them, even recently, for example Jetsuma Chime Tenpei Nyima, Jetsun Tamdring Wangmo, Jetsun Pema Thrinley. It seems that for most of them their main deity for practice was Vajrayogini.
There is one temple in Sakya where there is a very famous Vajrayogini statue. When I was there no one doing any pujas. But it is said that in ancient times, all the princesses, all those Jetsumas who were nuns, came together to this temple on every tenth and every twenty fifth day (of the lunar month) and did the puja. And it is said that this Vajrayogini statue was just like any other female in that every month there was menstrual flow from the statue, with nectar coming down from the statue.
Q: Is Tara meditation only for women?
No of course not, everybody can receive Tara .
Q: Can your Holiness tell us about the types of meditation that might be given at the “initiation” or “ blessing ceremony” ?
Initiations differ in the sense that there are major empowerments, there are blessings, and there are simple initiations. Taking as an example in a simple initiation, there are three kinds of meditations. First, physically visualising oneself in the form of the deity; then, verbally repeating the mantra, and finally, mentally meditating on the primordial wisdom, which is away from all descriptions, away from all activities, beyond speech, beyond thought. So this is the meditation.
Q: What happens at a Tara Initiation or Blessing Ceremony?
Initiations are all the same in the sense that, during the initiation, ones own body voice and mind are blessed. From that moment onwards, one is authorised to do the visualisation, recite the mantra, and do the meditation on primordial wisdom of Tara .
Q: How can we determine which Tantric practice would be most effective for ourselves?
I think it mainly depends on the individual. Some people are suited to the Kriya tantra, some are suited to the Carya tantra, some are suited to the Yoga tantra, and so on. Similarly for some people the Tara tantra is more suitable than the other tantras.
Q: Is there any special advice for today’s present female practitioners who have to balance family, work and spiritual life? Are there better conditions than in previous times?
In Tibet , disciples had to engage in hardships and travel long distance whereas disciples these days have more ready access to teachings through modern transport and communication. Some teachers say this is the times of deterioration but the diligent can gain results more rapidly.
Generally, convenience does not necessarily improve the practice. First of all, we are in a different time; this is a degenerated time! Nowadays, people do not possess so much faith or devotion, and have much more doubt than ancient times. Therefore it is much harder in these times. Even though it is easier to practice and to have access to the teachings, I feel the result takes much longer.
Q: Impermanence is always emphasized in the teachings, which in turn has created insecurity, in view of our relationships and careers. In Vajrayana, though, we are reminded to put our total trust in the Root Guru, until we gain enlightenment. Is this a contradiction of the impermanence teachings, which we are supposed to view things with detachment rather than attachment? Could your Holiness give some advice on how to balance impermanence with faith in the Guru?
I do not understand this (referring to the insecurity). Because everything is impermanent you need faith, I think. Because everything is impermanent, because life is impermanent, and we are going to die one day. We are going to lose all our possessions, and wealth and everything. At the time when we leave, our mental consciousness is alone travelling to an unknown destination, the only thing that one could seek for help is the Dharma. Dharma can only be learned from the Guru; so therefore you need faith and the trust in the Guru. Isn’t that so? I don’t see any conflict. A nice life is not what we are seeking for – this life is not nice, even the nicest life is not nice. Actually it is a suffering, just another kind of suffering. So we need to renounce this, we need to awake from this illusion. And the way to awake is with the support and help from the Guru and the Dharma.
Q: Similarly, when pondering the sufferings of hell and so forth, we sometimes feel panic rather than calm. If we cannot overcome our panic of while meditating on these fundamental teachings (in the Nang Sum), are we then really ready for further instructions, such as the Lam Dre teachings?
This again I don’t understand. You see, life is panic; everything is impermanent, and everything is suffering. If you try to avoid that, then you cannot overcome it. You cannot avoid it; that is a reality. We don’t want it, we want to live a really happy life. But the reality of it, though, is not happiness. The reality is suffering and that we can’t avoid. We have to face it, and only by facing it can we overcome it. Otherwise if you try to avoid it, you will still have to face it some time. And at that time, when you are forced to face it, then you are in a terrible and desperate situation. The way to overcome this is to deal with it, by knowing it and knowing how to overcome it through the Lam Dre teachings.
Q: Must one take the opportunity to practice dharma upon oneself?
Of course. Basically with Buddhism everything you have to do it yourself. As the Buddha said, “Only you can save yourself. Nobody else can save you.” So the main help has to come from one’s own side. If one is ready, then deities are always ready. But if one is not ready, then deities cannot help.
Q: We hear about practitioners gaining realisation through Guru devotion. They have been put through many physical and mental and spiritual trials. Luding Khenchen Rinpoche said that if a Guru really put modern disciples through traditional Guru devotion practices, all the disciples would run away. How would modern and traditional Guru Devotion practices compare?
I think generally it is the same as before. But what Senior Luding Khen said is true. Modern people could not bear such hardships, so therefore we cannot do that kind of thing. We have to do things that are suitable with the present circumstances and it also depends on the individuals. Similarly speaking, in ancient times some people did not have much hardship, whereas some people have to go through a great deal.
Q: Can more be mentioned about female practitioners in the Sakya lineage?
There are, as you know, many, many female practitioners. JetsumaTenpei Nyima had so many disciples. Almost all the Sakya and Ngorpa masters received teachings from her. Also some Dagmo’s were also very famous. Indeed, one of the pioneers of the Sakya Teachers, Drogmi Lotsawa, who was the first Tibetan Lama to receive the Lam Dre teachings, had four female disciples. One of them I remember very clearly is Tömo Dorje Tso. She was not a nun but a very ordinary person. She came, in fact, from a very rich family and then she was married into another very rich family, and that family was very powerful. She gave birth to five sons. So then, they had wealth, manpower and everything. They were a very, very powerful family but somehow the people of the village didn’t like them. So, one day the whole village came and killed the father, killed all the five sons and took away all the wealth. Tömo Dorje Tso was left alone there. At that point, she was almost insane with grief, crying day and night and suffering so much. Then Drogmi Lotsawa heard about it. He saw that there was a connection between her and himself, and so he called for her. She was also one of the disciples who did not have to go through so much hardship. After she was called by him, Drogmi Lotsawa did not give her many teachings. He just gave her the Hevajra Cause empowerment and after that a “Beyond Thought” meditation, not the Vajrayogini but another one with Hevajra. Just by practicing that, within a very short period of time, she got the realisation. She became a very great Yogini and it is said that, in the later part of her life, she could travel between the different Buddha fields and then also return to her Tibetan residence.
Q: Tara is said to be staying in Potala, an island in the south. Her Buddha family is Amitabha, why isn't her Buddha-field in Sukhavati? Does anyone do prayers to be reborn in Potala ?
Potala is of course actually a physical place, but sometimes you can see it and sometimes you don’t see it at all. Every Buddha has his own Buddha-field. People do pray to be in Potala but it is not as popular as Sukhavati. It is very difficult for ordinary people with their obscurations to be born in Buddha-fields. But Buddha Amitabha especially created Sukhavati so that even those with negative karma, even those who have obscurations can be born there. So, we ordinary people should pray to be born there because it is actually possible. To be reborn in other Buddha-fields is not so easy.
Q: Does Tara protect and heal only those who call on her?
Actually it is just like the sun; the sun is all the time shining, but sometime we see it and sometime we don’t see it. Just like that, Tara is all the time showering her blessings to every sentient being, but some people, due to their lack of faith, belief and confidence, cannot receive that blessing. You see, in order to save someone you need the hook and the ring – Tara is all the time throwing out her hook of compassion to catch beings, but to be saved you need the ring of the faith. If you have the ring of the faith then the hook of compassion will be caught in that and then one will be saved.
Q: Is Tara only for Buddhists?
Of course not. Tara sees all sentient beings as her only child. Every mother loves her child, particularly those mothers with only one child. In their minds, they are constantly thinking about that child, the welfare and well-being of that child. Tara has such great compassion and such great love that all sentient beings are her only child, without any discrimination or exception.
This Interview was requested by Pee Lee, April and Gabriela and conducted by Inge Kunga Soedron at Drolma Podrang, Rajpur , India .
source: http://sg.geocities.com/sakyadrotonling/index.html
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