domingo, 22 de setembro de 2013

PUJA DE TARA DE QUATRO MANDALAS


PUJA DE TARA DE QUATRO MANDALAS



 

(ALTAR VIRTUAL)


A LAMPADA QUE ILUMINA A PRATICA DO RITUAL DE QUATRO MANDALAS DE TARA
PRELIMINARES
Eu me prosterno para a abençoada, reverenciada, nosso constante e único
refúgio, cujo nome, lembrado e mantido, confere os comuns e extraordinários síddhis. Compus este ritual para agradá-la. Você que deseja executar o Ritual de Tara de Quatro Mandalas deve preparar no centro de um quarto limpo, um santuário coberto apropriadamente de fileiras, sobre o qual esteja presente a imagem de Jetsun Tara. Coloque em frente da imagem quatro mandalas, cada uma com sete montes de arroz. Se você não tem quatro mandalas, use uma única mandala em quatro oferecimentos repetidos. Disponha de quatro tormas no santuário (ou mesmo uma única torma), ao longo das quais quatro tijelinhas de água, quatro incensos não acesos em oferecimentos, quatro lâmpadas sem fogo, e quatro oferecimentos de alimento. Alternativamente você deve ir suprindo com adições aos oferecimentos isolados de cada item quando o ritual assim o puja. (Comece suplicando pela força do refúgio:)Mui glorioso e precioso guru raiz, a magna jóia sentada sobre um lótus na coroa de minha cabeça, do fundo de sua grande compaixão ponha os olhos sobre mim e me conceda os siddhis de corpo, palavra e mente!
SÚPLICA AOS GURUS DA LINHAGEM DO RITUAL DE QUATRO MANDALAS DE JETSUN TARA
Para Jetsün Tara, que concede rapidamente os siddhis; para o glorioso Atisha, única deidade da terra das neves; para Jina Dron, emanação de Avalokitesvara eu suplico me concedam os comuns e os extraordinários síddhis! Para o glorioso Gonpawa, que demonstrava grande respeito por seu guru; para Zhangton Kamawa, protetor dos seres; para o mestre Lumpawa,
tesouro de compaixão eu suplico me concedam os comuns e os
extraordinários siddhís! Para Chumikpa, sol dos ensinamentos Kadampa; para Senge Kyab, que meditou grandiosamente sobre o Buddha; para o mestre Konchog Drag, o senhor do discurso, eu suplico me concedam os comuns e os extraordinários siddhis! Para Dewa Pal, que domina o desempenho da ioga numa única sessão; para o veneravel Dragpa Shonnu, que proferiu as quatro injunções; para Sonan Drag, onisciente abade eu suplico me concedam os comuns e os extraordinários siddhis! Para Sonam Gyaltsen, sem igual nos três reinos; para o mantradhara Sungpal, o senhor do poder; para o venerável Palden Tsultrim, excelente irmão de coração eu suplico me concedam os comuns e extraordinários síddhis! Para o venerável Ngorchen, profetizado pelo Jina; para Rinchen Chogdrub, extremamente sábio; para Shakya Tondrub, o segundo onisciente eu suplico me concedamos comuns e extraordinários siddhis! Para Künga Legdrub, o real Manjusri; Sheu Lotsawa, falante em duas línguas; para Ngawang Chogleg Dorje, de coração bondoso eu suplico me concedam os comuns e os extraordinários siddhis! Para o mahasattva Khyenrab Tendzin Sang; para o glorioso Khyenrab Jampa, mestre dos seres; para Küngaa Lhundrub, grande Vajradhara eu suplico me
concedam os comuns e os extraordinários siddhis! Para Küngaa Legpei Jungne, senhor do discurso; para o venerável Dongag Chbpel, iluminador do ensinamento; para Rabjam Phuntsog, seu irmão do coração eu suplico me concedam os comuns e os extraordinários siddhis! Para Ngawang Sherab, o melhor entre os siddhas; para o venerável Ngawang Kalsang, guiado pelos divinos; para o sagrado e bondoso guru raiz eu suplico me concedam os comuns e os extraordinários siddhis! Pelo poder desta súplica de acordo com este ritual garantam-me as suas bênçãos para que as hostes de döns, enfermidades e prejuízos sejam pacificadas e que quaisquer dos siddhis comuns e extraordinários rapidamente sem esforço realizados! Através de todos os nascimentos que eu nunca esteja separado de um guru perfeito e assim goze do esplendor do dharma; e pelo aperfeiçoamento das virtudes do caminho e dos bhumis que rapidamente atinja o estado de Vajradhara! Pelo poder de estar rezando e suplicando a vós, nos lugares onde viver, que eu e os outros estejam livres de doenças, de pobreza e lutas; que dharma e auspiciosidades estejam sempre em aumento!(Esta suplica para a linhagem do ritual de quatro mandalas de Tara foi composta no palacio Tashi Chöde pelo mendicante Künga Lhundrub em res-posta ao pedido do senhor da fala Ngawang Tenphel.)
PURIFICAÇÃO DOS OFERECIMENTOS
OM VAJRA AMRTA HUM PHET OM SVABHAVA SUDDHAH SARVA DHARMÂH SVABHAVA SUDDHÔ HAM (OM! Vajra Nectar HUM PHET! OM! Todos os dharmas sao puros por natureza; eu sou de natureza pura!)
Da vacuidade aparece o bijas OM, do qual nasce um vasto vaso feito de jóias dentro do qual o OM se dissolve para manifestar os implementos de oferecimento, substancias celestiais que preenchem o céu. (Para abençoar os oferecimentos recite esses mantras enquanto gestualiza os apropriados mudras:)OM VAJRA ARGHAM AH HUM / OM VAJRA PADYAM AH HUM / OM VAJRA PUPE AH HUM / OM VAJRA DHUPE AH HUM / OM VAJRA ALOKE AH HUM / OM VAJRA GHANDE AH HUM
OM VAJRA NAIVEDYE AH HUM / OM VAJRA CHABTA AH HUM
(Para abençoar o santuário recite o seguinte mantra enquanto faz soar um
pequeno címbalo [tingshag]:)OM VAJRÀ DHARMÀ RANITA PRARANITA SAMPRARANITA SARVÀ BUDDHA KSETRA PRACALITÊ PRAJNAPARAMITA NADÀ SVABHAVE VAJRÀ DHARMÀ SRIDAYA SANTOSSANI HUM HUM HUM H0H HOH HOH A KHAM SVAHA (OM, o som do vajra dharma, o badalar, o ressoar que estremece todos os reinas de buddha, a ipseidade do troar da perfeição da sabedoria delicia nossos corações com o vajra dharma! HUM HUM HUM HOH HOH HOH SVAHA!) REFÚGIO E BODHICITTANo Buda, Dharma e na Nobre Sangha nós tomamos refúgio até a iluminação. Através da dana e das outras paramitas, possamos tornar-nos iluminados para o bem de todos os seres (Recite três vezes.)
OFERECIMENTO DA PRIMEIRA MANDALA
(Para a assembléia geral das fontes de refúgio)Raios de luzes saem de meu coraçao para chamar os gurus, jinas e seus filhos. (Visualize que uma luz azul emanando do HUM dentro de seu coração preenche e purifica o seu ser; um raio de luz de dentro de seu nariz direito apela para todos os Buddhas e Bodhisatvas que subitamente aparecem adiante como um flash de relâmpago. Recite o seguinte mantra enquanto gestualiza o mudra de chamamento:)OM VAJRÀ SAMAJÀH(Recite os versos de prosternação seguintes:)A corporalidade unificando todos os Buddhas, a essência dos portadores do vajra - eu me prosterno para os gurus. O protetor que possui grande compaixão, o onisciente mestre, o fundamento do oceano de mérito e de virtude - eu me prosterno para o Tathagata. Puro, causa da liberdade da paixão, virtuoso, libertador dos reinos inferiores, esta é a única, suprema e última verdade - eu me prosterno para o Dharma, que é a paz. Já liberados eles mostram o caminho da liberação plenamente dedicados à Doutrina, são sagrado campo de mérito e de virtude - eu me prosterno para a Sangha. E com total fé me curvo com tantos corpos quantos átomos há nos reinos de Buddha - eu me prosterno a todos que sãe;o dignos de respeito. (Execute o oferecimento de mandala recitando os seguintes versos enquanto gestualiza o mudra:)
OFERECIMENTO DA MANDALA DE MÉDIA EXTENSÃO
Om vajra bhumi ah hum. A plataforma do chão está completamente purificada com um fundamento de poderoso ouro. Om vajra surekê ah hum. Ao redor, um perímetro de montanhas; no centro Hum! a rainha das montanhas, Sumeru. Para o Leste Videha; para o Sul Jamdvipa; para o Oeste Godaniya; para o Norte Uttarakuru; o sol e a lua, e este esplendor de devas e humanos em abundância e plenitude; todas essas coisas eu ofereço ao glorioso, sagrado guru raiz e à linhagem de gurus, aos yidans, a assembléia de deidades da mandala, e às hostes de buddhas e bodhisattvas! Pela salvação dos seres eu vos peço aceitai por compaixao! E aceito nos garanti suas bênçãos! OM GURU TRIRATNA MANDALA PUJA MEGHA SAMUDRÀ SPHARANA SAMAYE HUM (Guru e três jóias! A mandala: a assembléia, o oceano dilatado de nuvens de oferecimentos HUM. Ofereça a mandala desta maneira). (Recite o seguinte verso uma vez:)Que os Buddhas e Bodhissátvas, possuidores de todo poder, sabedoria e compaixão, cuidem de mim com grande amor, pacifiquem todos os impedimentos e dificuldades, e produzam a realização de minha finalidade!
O OFERECIMENTO DA SEGUNDA MANDALA
(A primeira para Tara e seus atendentes)Raios de luzes emitidos de meu coração invocam da região do Sul, no Potala, a Nobre Jetsun Tara e seus atendentes.(Gestualize o mudra de chamamento e recite:)
OM VAJRÀ SAMAJÀH (OM a vajra assembléia).Da excelente região do Potala saída de uma letra verde TAM nasce TARA, coroada a sua cabeça por Amitabha. Ela é o princípio ativo dos Buddhas dos três tempos. Eu vos chamo, ó Tara, para o benefício dos seres, vinde! (Recite o seguinte mantra enquanto gestualiza o mudra de boas-vindas:) 0M PADMA KAMALAYAS TVAM (Om, aceitai esse assento de lótus) (Recite uma única vez:) As coroas dos deuses e semi-deuses se curvam para vossos pés de lótus; eu me prosterno para a Mãe Tara, a salvadora de toda pobreza.(Visualize que as deusas de oferecimento saem de seu coração para ofertar as oito oferendas a Tara). (Recite os seguintes mantras gestualizando os apropriados mudras:)OM ARYA TARE SAPARÍVARA ARGHAM PUJA AH HUM / OM ARYA TARE SAPARÍVARA PADYAM PUJA AH HUM / OM ARYA TARE SAPARÍVARA PUHPE PUJA AH HUM / OM ARYA TARE SAPARÍVARA / DHUPE PUJA AH HUM / OM ARYA TARE SAPARÍVARA ALOKE PUJA AH HUM / OM ARYA TARE SAPARÍVARA GANDHE PUJA AH HUM / OM ARYA TARE SAPARÍVARA NAVEIDE PUJA AH HUM / OM ARYA TARE SAPARÍVARA SHABTÀ PUJA AH HUM(Om Nobre Tara e atendentes, eu ofereço água para beber, água para lavar-se, flores, incenso, lâmpadas, água perfumada, alimento e música AH HUM!) (Recite enquanto toca música [sino] o seguinte:) OM VAJRÀ DHARMA RANITA PRARANITA SAMPRARANITA SARVÀ BUDDHÀ KSETRÀ PRACALITÊ PRAJNAPARAMITA NADÀ SVABHAVÊ VAJRÀ DHARMÀ SRIDAYÀ SANTOSSANI HUM HUM HUM H0H HOH HOH A KHAM SVAHA (Recite este oferecimento de mandala três vezes:) Aromatizada a terra com água e perfume e aspersão de flores, embelezada pelo monte Sumero, os quatro continentes, o sol e a lua. Por imaginar e oferecer esta mandala como um reino de buddha que todos os seres viventes venham aqui gozar deste reino puro. OM GURU TARE VAJRÀ MANDALA PUJA MEGHA SAMUDRÀ SPHARANA SAMAYÊ HUM (Om guru Tara! A vajra mandala a assembléia, o oceano dilatado de nuvens de oferecimentos HUM)(Recite a Prece das Vinte e uma manifestações de Tara DUAS VEZES).[ 1. Om jetsumma / pag-ma dreul-ma-la chang-tse-lo / Chag-tseI Dreul-ma nyur-ma pa-mo/ Chen-nyl kye-chig lhok-dang dra-ma/ Jig-ten sum-gom chu-ki shel-gyi/ Ke-sar je-wa leni jung-ma 2. Chag-tsel tön-ke dawa kün-tu / Gang-wa ga-ni tseg-pe shel-ma /Kar-ma tong-tag tsog-pa nam-kyi / Rab-tu che-we o-rab bar-ma / 3.Chag-tsel ser-ngo chu-nie tye-tyii /Pe-me chag-ni nam-par gye-ma /Jin-pa tsün-du ka-tub shi-wa /So-pa sum-ten chõ-yul nyi-ma / 4.Chang-tsel de-shin sheg-pe tsug-tor / Ta-ye nam-par gyel-wa cho-ma /Ma-lu pa-rol chin-pa tob-pe / Gyel-we se-tyi shin-tu ten-ma / 5. Chag-tsel Tuttara Hung ji-ge / do-dam cho-dang nan-ka gang-ma / Jig-ten dün-pe shab-kyi nen-te / Lü-pa me-par guk-par nü-ma / 6. Chay-tsel gya-chen me-lha tsang-pa / Lung-lha na-tsog wang-chuk chö-ma / Jung-po ro-lang ti-sa nam-dang / Nu-Jing tsog-kyi dün-ne to-ma/ 7.Chang-tsel trad-che chadong Phatkyi / Pa-rol tul-kor rab-tu jom-ma / Ye-kum yon-kyang shab-kyi nen-te / Me-bar tuk-pa shin-tu bar-ma 8. Chang-tsel ture Jig-pa chen-po / Du-kyi pa-wo nam-par jom-ma / Chu-kye shel-ni to-nyer den-dze / Da-wo tam-che ma-lu soma 9.Changtsel konchog sum-tson chag-gye / Sor-mo tug-kar nam-par gyen-ma /Ma-lu chog-kyi kor-lo gyen-pei /Rang-gyi o-kyi tsog-nam tug-ma/ 10. Chang-tsel rab-tu ga-wa ji-pe/ U-gyen o-kyi ting-wa pel-ma /She-pa rab-she Tuttara-yi / Du-dang jig-ten wang-du dze-ma 11. Chag-tsel sa-shi kyon-we tsog-nam / Tam-che gyu-par nu-ma nyi-ma / To-nyer yo-we yi-ge Hung-kyi / Pong-pa tam-che nam-par drül-ma 12. Chang-tsel da-we dum-bu u-gyen / Gyen-pa tam-che shing-tu barma / Rel-pe to-na o-pa me-le / Tag-par shin-tu o-rab dze-ma / 13. Chang-tsel kel-pe ta-me me-tar / Bar-we ting-we u-na ne-ma / Ye-kyang yön-kum kun-ne kor-gye / Da-yi pung-nyi nam-par jom-ma 14. Chag-tsel sa-shi nyo-la chag-gi / Til-gyi nün-ching shab-gyi dung-ma / To-nyen chen-dze yik-ge Hung-ki / Rim-pa dün-po nam-ni gem-ma 15. Chang-tsel de-ma ge-ma shi-ma / Nya-nyen de-shi cho-yul nyi-ma / So-ha Om-dang yang-dag den-pe / Dig-pa Chen-po jom-pa nyi-ma 16. Chang-tsel kun-ne kor-rab ga-we / Dra-ye lu-ni nam-par gem-ma / yig-ge chu-pe ngag-ni ko-pe / Rik-pa Hung-le dreul-ma nyi-ma 17. Chang-tsel Tu-re za-ni dab-pe / Hung-gi nam-pe sa-bon nyi-ma / Ri-rab man-da-ra dang big-je / Jig ten sum-nam yo-wa nyi-ma 18. Chag-tsel lha-yi tsog-yi nam-pe / ri-dag tag-chen chag-na nam-pa / Ta-ra nyi-jo Phat-kyi yi-ge / Dug-nam ma-lu par-ni sel-ma 19.Chang-tsel lha-yi tsog-nam gyel-po / Lha-dang mi-an chi-yi ten-ma / Kun-ne go-cha ga-we ji-kyi / tso-dang mi-lam nyen-pa sel-ma 20. Chang-tsel nyi-ma da-wa gye-pe / chen-nyi po-la ö-rab sel-ma / Ha-ra nyi-jö tu-tta-ra-yi / Shin-tu dak-po rim-ne sel-ma 21. Chang-tsel de-nyi sum-nam kö-pe / Si-we Lu-dang yang-dag den-ma / Dön-dang ro-lang nö-jin tsog-nam / Jom-pa Tu-re rab-chog nyi-ma / Tsa-we ngak-kyi tö-pa di-dang / Chang-tsel wa-ni nyi-shu tsa-chig.

PRECE DAS VINTE E UMA TARAS
EM PORTUGÊS

OM! JETSUNMA! PROSTERNAÇÕES À NOBRE TARE!
Prosternações à Nobre, que é rápida e corajosa; cujos olhos brilham e que nasce face-lótus do Senhor dos Três Mundos;
Prosternações a Ela, cuja luminosa face brilha com a luz de cem mil luas cheias de Outono, brilhante constelação de mil estrelas;
Prosternações para quem segura o lótus azul que purifica os três venenos e possui infinitas qualidades de doação, diligência, ética, paciência, meditação e paz;
Prosternações à Unisha dos Tatághatas, que conquista ilimitáveis vitórias e é servida pelos filhos dos conquistadores que atingiram as perfeições;
Prosternações a Ela, cujas letras TUTTARE e HUM, com sua luz poderosa, preenchem os sete mundos, beneficiando os seres;
Prosternações a Ela que é louvada por Shakra, Agni, Brahma, Vayu e Ishvara; em frente à qual assembléia de demônios, zombies, gandharvas e yákshas oferecem preces;
Prosternações a quem destrói o mágico poderes dos outros com os sons TRAT e PHÊT, pressionando com o pé direito curvado e o esquerdo estendido, brilhando com a luz flamejante do fogo;
Prosternações a Ture, a terrível, que conquista a totalidade dos ferozes demônios, cuja face-lótus em disposição irada mata os inimigos todos;
Prosternações a Ela, a mão esquerda posta no coração, no gesto que simboliza as Três Jóias, as palmas adornadas com a Roda Universal, radiação que conquista turbulências e obstáculos;
Prosternações à grande jubilosa, sobre cuja cabeça o rosário de coruscantes luzes; e rindo-se, rindo-se fortemente controla os demônios e o mundo com TUTTARA;
Prosternações a Ela, que tem o poder de subordinar a inteira assembléia dos protetores da terra; e resgata completamente os destituídos com o irado movimento da letra HUM;
Prosternações a quem tem a lua crescente como ornamento na cabeça e brilha com vários outros adereços, sobre cujo coque dos cabelos está Amitabha de onde partem contínuas luzes;
Prosternações a Ela, dentro de guirlanda qual no fogo do fim dos mundos, com isso dominando o exército sitiante dos inimigos da felicidade, com a perna direita estendida e a perna esquerda dobrada;
Prosternações a Ela, cuja mão esquerda em mudra ameaçador golpeia a terra de modo irado, com a letra HUNG abrandando os sete tipos de seres;
Prosternações a Ela, abençoada, virtuosa, serena; seu campo de prática é o calmo Nirvana, possuidora de SVAHA e OM, destruindo as grandes ações prejudiciais;
Prosternações a Ela, que destrói os inimigos sitiantes da felicidade, que libera com a formulação do mantra de dez letras e HUNG;
Prosternações a Ela, TURE, que bate o pé com a sílaba HUNG, sacudindo o monte Mandara, Vindhya e os três mundos;
Prosternações a Ela, que segura a lebre-marcada lua, assumindo a forma do lago das deusas; no refrigério da lua os três venenos são purificados quando pronuncia duas TARAS e a letra PHÊT;
Prosternações a Ela, servida pelo rei dos deuses, pelos deuses, pelos homens e por todos; dissolve as brigas e maus sonhos com a armadura encantadora e brilhante;
Prosternações a Ela, cujos dois olhos - o sol e a lua - iluminam com raios que removem as piores doenças, proferindo uma vez TUTTARA e duas vezes HARA;
Prosternações a Ela, que possui a força tranqüila das três jóias, destrói os maus espíritos e a caminhante morte... TURE, a excelente senhora!

Esta é prática do mantra-raiz
Com vinte-e-uma prosternações.

(E a seguir:) Ó deusa para quem eu apelei durante todas as minhas vidas, princípio ativo de todos os seres iluminados que estão nos três tempos, ó deusa verde-esmeralda, uma face, dois braços, rápida, corajosa, materna, tem na mão uma flor de lótus - que signos auspiciosos nasçam! (Recite uma vez:) Toda virtude, mesmo a mais leve, que eu reuni através das prosternações, oferendas, confissões, exultação, súplica e solicitação eu dedico para o alcance da perfeita, da grande iluminação! (Recite o mantra de Tara vinte e uma vezes:) OM TARE TUTTARE TURE SVAHA (Depois recite Tare vinte e uma vezes:) TARE Jetsunma, abençoada senhora compaixão, habilitai-nos a mim e a todos esses incontáveis seres a purificar as duplas obscuridades, a completar as duas acumulações e a tornar-me iluminado com rapidez. Nesse tempo abençoai-nos para que em todos os tempos de vida que tivermos possamos viver com mais alta felicidade como deuses e como humanos que todos os obstáculos que bloqueiam a onisciência desapareçam, obstáculos sejam döns ou demônios, pragas, doenças, ou a variedade de causas que ultimam a morte, maus presságios, pesadelos, e grandes aflições pessoais, ou os oito grandes medos, que todos sejam pacificados, que todos sejam nulificados! Façai-nos ver nossos objetivos espontaneamente, façai-nos mundana e transcendentemente felizes e que aumentem os auspiciosos sinais! Que realizemos nossas praticas com diligência enriquecendo o dharma, que penetremos no caminho como seus praticantes principais até que vejamos sua face perfeita! Assim como a refletida lua que nossa tendência seja do aumento da
realização de shunyata, da bodhicitta e da realidade última!
(Então reze:) Brotando de um belo, sagrado lótus no deleite da mandala de jina, que eu receba a profecia da budeidade diretamente do Buda Amitaba! (E outra vez:) Ó deusa para quem eu apelei durante todas as minhas vidas, princípio ativo de todos os seres iluminados que estão nos três tempos, ó deusa verde-esmeralda, uma face, dois braços, rápida, corajosa, materna, tem na mão uma flor de lótus, que signos auspiciosos apareçam! Eu vos peço, nobre Tara, olhai por mim! Pacificai sem exceção todas as minhas aflições pessoais, criai espontaneamente e sem nenhum esforço circunstâncias protetoras que me garantam fruir minhas aspirações!
O OFERECIMENTO DA TERCEIRA MANDALA(A segunda de três para Tara e seus atendentes) (Recite uma vez:) A coroa dos deuses e semi-deuses se curvam para vossos pés de lótus; eu me prosterno para a Mãe-Tara, a salvadora de toda pobreza.
(Visualize que as deusas de oferecimento saem de seu coração para ofertar
os oito oferendas a Tara. Recite os seguintes mantras gestualizando os
apropriados mudras:)OM ARYA TARE SAPARÍVARA ARGHAM PUJA AH HUM / OM ARYA TARE SAPARÍVARA PADYAM PUJA AH HUM / OM ARYA TARE SAPARÍVARA PUHPE PUJA AH HUM / OM ARYA TARE SAPARÍVARA DHUPE PUJA AH HUM / OM ARYA TARE SAPARÍVARA ALOKE PUJA AH HUM / OM ARYA TARE SAPARÍVARA GANDHE PUJA AH HUM / OM ARYA TARE SAPARÍVARA NAVEIDE PUJA AH HUM / OM ARYA TARE SAPARÍVARA SHABTÀ PUJA AH HUM
(Recite enquanto toca música [sino] o seguinte:)OM VAJRÀ DHARMA RANITA PRARANITA SAMPRARANITA SARVÀ BUDDHÀ KSETRÀ PRACALITÊ PRAJNAPARAMITA NADÀ SVABHAVÊ VAJRÀ DHARMÀ SRIDAYÀ SANTOSSANI HUM HUM HUM H0H HOH HOH A KHAM SVAHA (Recite este oferecimento de mandala três vezes:)Aromatizada a terra com água e perfume e aspersão de flores, embelezada pelo monte Sumero, os quatro continentes, o sol e a lua. Por imaginar e oferecer esta mandala como um reino de buddha que todos os seres viventes venham aqui gozar deste reino puro. OM GURU TARE VAJRÀ MANDALA PUJA MEGHA SAMUDRÀ SPHARANA SAMAYÊ HUM(Om guru Tara! A vajra mandala: a assembléia, o oceano dilatado de nuvensde oferecimentos HUM) (Recite as Vinte e uma preces de Tara TRÊS VEZES):[ 1. Om jetsumma / pag-ma dreul-ma-la chang-tse-lo / Chag-tseI Dreul-ma nyur-ma pa-mo/ Chen-nyl kye-chig lhok-dang dra-ma/ Jig-ten sum-gom chu-ki shel-gyi/ Ke-sar je-wa leni jung-ma 2. Chag-tsel tön-ke dawa kün-tu / Gang-wa ga-ni tseg-pe shel-ma /Kar-ma tong-tag tsog-pa nam-kyi / Rab-tu che-we o-rab bar-ma / 3.Chag-tsel ser-ngo chu-nie tye-tyii /Pe-me chag-ni nam-par gye-ma /Jin-pa tsün-du ka-tub shi-wa /So-pa sum-ten chõ-yul nyi-ma / 4.Chang-tsel de-shin sheg-pe tsug-tor / Ta-ye nam-par gyel-wa cho-ma /Ma-lu pa-rol chin-pa tob-pe / Gyel-we se-tyi shin-tu ten-ma / 5. Chag-tsel Tuttara Hung ji-ge / do-dam cho-dang nan-ka gang-ma / Jig-ten dün-pe shab-kyi nen-te / Lü-pa me-par guk-par nü-ma / 6. Chay-tsel gya-chen me-lha tsang-pa / Lung-lha na-tsog wang-chuk chö-ma / Jung-po ro-lang ti-sa nam-dang / Nu-Jing tsog-kyi dün-ne to-ma/ 7.Chang-tsel trad-che chadong Phatkyi / Pa-rol tul-kor rab-tu jom-ma Ye-kum yon-kyang shab-kyi nen-te / Me-bar tuk-pa shin-tu bar-ma 8. Chang-tsel ture Jig-pa chen-po / Du-kyi pa-wo nam-par jom-ma / Chu-kye shel-ni to-nyer den-dze / Da-wo tam-che ma-lu soma 9.Changtsel konchog sum-tson chag-gye / Sor-mo tug-kar nam-par gyen-ma /Ma-lu chog-kyi kor-lo gyen-pei /Rang-gyi o-kyi tsog-nam tug-ma/ 10. Chang-tsel rab-tu ga-wa ji-pe/ U-gyen o-kyi ting-wa pel-ma /She-pa rab-she Tuttara-yi / Du-dang jig-ten wang-du dze-ma 11. Chag-tsel sa-shi kyon-we tsog-nam / Tam-che gyu-par nu-ma nyi-ma / To-nyer yo-we yi-ge Hung-kyi / Pong-pa tam-che nam-par drül-ma 12. Chang-tsel da-we dum-bu u-gyen / Gyen-pa tam-che shing-tu barma / Rel-pe to-na o-pa me-le / Tag-par shin-tu o-rab dze-ma / 13. Chang-tsel kel-pe ta-me me-tar / Bar-we ting-we u-na ne-ma / Ye-kyang yön-kum kun-ne kor-gye / Da-yi pung-nyi nam-par jom-ma 14. Chag-tsel sa-shi nyo-la chag-gi / Til-gyi nün-ching shab-gyi dung-ma / To-nyen chen-dze yik-ge Hung-ki / Rim-pa dün-po nam-ni gem-ma 15. Chang-tsel de-ma ge-ma shi-ma / Nya-nyen de-shi cho-yul nyi-ma / So-ha Om-dang yang-dag den-pe / Dig-pa Chen-po jom-pa nyi-ma 16. Chang-tsel kun-ne kor-rab ga-we / Dra-ye lu-ni nam-par gem-ma / yig-ge chu-pe ngag-ni ko-pe / Rik-pa Hung-le dreul-ma nyi-ma 17. Chang-tsel Tu-re za-ni dab-pe / Hung-gi nam-pe sa-bon nyi-ma / Ri-rab man-da-ra dang big-je / Jig ten sum-nam yo-wa nyi-ma 18. Chag-tsel lha-yi tsog-yi nam-pe / ri-dag tag-chen chag-na nam-pa / Ta-ra nyi-jo Phat-kyi yi-ge / Dug-nam ma-lu par-ni sel-ma 19.Chang-tsel lha-yi tsog-nam gyel-po / Lha-dang mi-an chi-yi ten-ma / Kun-ne go-cha ga-we ji-kyi / tso-dang mi-lam nyen-pa sel-ma 20. Chang-tsel nyi-ma da-wa gye-pe / chen-nyi po-la ö-rab sel-ma / Ha-ra nyi-jö tu-tta-ra-yi / Shin-tu dak-po rim-ne sel-ma 21. Chang-tsel de-nyi sum-nam kö-pe / Si-we Lu-dang yang-dag den-ma / Dön-dang ro-lang nö-jin tsog-nam / Jom-pa Tu-re rab-chog nyi-ma / Tsa-we ngak-kyi tö-pa di-dang / Chang-tsel wa-ni nyi-shu tsa-chig. (Recite uma vez:) Toda a virtude, mesmo a mais leve, que eu reuni através das prosternações, oferendas, confissões, exultação, súplica e solicitação eu dedico para o alcance da perfeita, da grande iluminação! (Recite o mantra de Tara vinte e uma vezes:) OM TARE TUTTARE TURE SVAHA(Recite vinte e uma vezes:) TARE (Recite uma vez:) Eu vos peço, nobre Tara, olhai por mim! Pacificai sem exceção todas as minhas aflições pessoais, criai espontaneamente e sem nenhum esforço circunstâncias protetoras que me garantam fruir as minhas aspirações!
O OFERECECIMENTO DA QUARTA MANDALA
(A última das três para Tara e seus atendentes)(Recite uma vez:) As coroas dos deuses e semi-deuses se curvam para vossos pés de lótus; eu me prosterno para a Mae-Tara, a salvadora de toda pobreza.(Visualize que as deusas de oferecimento saem de seu coraçao para ofertar as oito oferendas a Tara. Recite os seguintes mantras, gestualizando os apropriados mudras:)(Recite os seguintes mantras gestualizando os apropriados mudras:)OM ARYA TARE SAPARÍVARA ARGHAM PUJA AH HUM OM ARYA TARE SAPARÍVARA PADYAM PUJA AH HUM OM ARYA TARE SAPARÍVARA PUHPE PUJA AH HUM OM ARYA TARE SAPARÍVARA DHUPE PUJA AH HUM OM ARYA TARE SAPARÍVARA ALOKE PUJA AH HUM OM ARYA TARE SAPARÍVARA GANDHE PUJA AH HUM OM ARYA TARE APARÍVARA NAVEIDE PUJA AH HUM OM ARYA TARE SAPARÍVARA SHABTÀ PUJA AH HUM (Om Nobre Tara e atendentes, eu ofereço água para beber, água para lavar-se, flores, incenso, lâmpadas, água perfumada, alimento e música AH HUM!)(Recite enquanto toca música [sino] o seguinte:)OM VAJRÀ DHARMA RANITA PRARANITA SAMPRARANITA SARVÀ BUDDHA KSETRÀ PRACALITÊ PRAJNAPARAMITA NADÀ SVABHAVE VAJRÀ DHARMÀ SRIDAYA SANTOSSANI HUM HUM HUM H0H HOH HOH A KHAM SVAHA(Recite este oferecimento de mandala três vezes:)Aromatizada a terra com água e perfume e aspersão de flores, embelezada pelo monte Sumero, os quatro continentes, o sol e a lua. Por imaginar e oferecer esta mandala como um reino de buddha que todos os seres viventes venham aqui gozar deste reino puro. OM GURU TARE VAJRÀ MANDALA PUJA MEGHA SAMUDRÀ SPHARANA SAMAYÊ HUM
(Om guru Tara! A vajra mandala: a assembléia, o oceano dilatado de nuvens de oferecimentos HUM)(Recite as Vinte e uma preces de Tara SETE VEZES:) [ 1. Om jetsumma / pag-ma dreul-ma-la chang-tse-lo / Chag-tseI Dreul-ma nyur-ma pa-mo/ Chen-nyl kye-chig lhok-dang dra-ma/ Jig-ten sum-gom chu-ki shel-gyi/ Ke-sar je-wa leni jung-ma 2. Chag-tsel tön-ke dawa kün-tu / Gang-wa ga-ni tseg-pe shel-ma /Kar-ma tong-tag tsog-pa nam-kyi / Rab-tu che-we o-rab bar-ma / 3.Chag-tsel ser-ngo chu-nie tye-tyii /Pe-me chag-ni nam-par gye-ma /Jin-pa tsün-du ka-tub shi-wa /So-pa sum-ten chõ-yul nyi-ma / 4.Chang-tsel de-shin sheg-pe tsug-tor / Ta-ye nam-par gyel-wa cho-ma /Ma-lu pa-rol chin-pa tob-pe / Gyel-we se-tyi shin-tu ten-ma / 5. Chag-tsel Tuttara Hung ji-ge / do-dam cho-dang nan-ka gang-ma / Jig-ten dün-pe shab-kyi nen-te / Lü-pa me-par guk-par nü-ma / 6. Chay-tsel gya-chen me-lha tsang-pa / Lung-lha na-tsog wang-chuk chö-ma / Jung-po ro-lang ti-sa nam-dang / Nu-Jing tsog-kyi dün-ne to-ma/ 7.Chang-tsel trad-che chadong Phatkyi / Pa-rol tul-kor rab-tu jom-ma / Ye-kum yon-kyang shab-kyi nen-te / Me-bar tuk-pa shin-tu bar-ma 8. Chang-tsel ture Jig-pa chen-po / Du-kyi pa-wo nam-par jom-ma / Chu-kye shel-ni to-nyer den-dze / Da-wo tam-che ma-lu soma 9.Changtsel konchog sum-tson chag-gye / Sor-mo tug-kar nam-par gyen-ma /Ma-lu chog-kyi kor-lo gyen-pei /Rang-gyi o-kyi tsog-nam tug-ma/ 10. Chang-tsel rab-tu ga-wa ji-pe/ U-gyen o-kyi ting-wa pel-ma /She-pa rab-she Tuttara-yi / Du-dang jig-ten wang-du dze-ma 11. Chag-tsel sa-shi kyon-we tsog-nam / Tam-che gyu-par nu-ma nyi-ma / To-nyer yo-we yi-ge Hung-kyi / Pong-pa tam-che nam-par drül-ma 12. Chang-tsel da-we dum-bu u-gyen / Gyen-pa tam-che shing-tu barma / Rel-pe to-na o-pa me-le / Tag-par shin-tu o-rab dze-ma / 13. Chang-tsel kel-pe ta-me me-tar / Bar-we ting-we u-na ne-ma / Ye-kyang yön-kum kun-ne kor-gye / Da-yi pung-nyi nam-par jom-ma 14. Chag-tsel sa-shi nyo-la chag-gi / Til-gyi nün-ching shab-gyi dung-ma / To-nyen chen-dze yik-ge Hung-ki / Rim-pa dün-po nam-ni gem-ma 15. Chang-tsel de-ma ge-ma shi-ma / Nya-nyen de-shi cho-yul nyi-ma / So-ha Om-dang yang-dag den-pe / Dig-pa Chen-po jom-pa nyi-ma 16. Chang-tsel kun-ne kor-rab ga-we / Dra-ye lu-ni nam-par gem-ma / yig-ge chu-pe ngag-ni ko-pe / Rik-pa Hung-le dreul-ma nyi-ma 17. Chang-tsel Tu-re za-ni dab-pe / Hung-gi nam-pe sa-bon nyi-ma / Ri-rab man-da-ra dang big-je / Jig ten sum-nam yo-wa nyi-ma 18. Chag-tsel lha-yi tsog-yi nam-pe / ri-dag tag-chen chag-na nam-pa / Ta-ra nyi-jo Phat-kyi yi-ge / Dug-nam ma-lu par-ni sel-ma 19.Chang-tsel lha-yi tsog-nam gyel-po / Lha-dang mi-an chi-yi ten-ma / Kun-ne go-cha ga-we ji-kyi / tso-dang mi-lam nyen-pa sel-ma 20. Chang-tsel nyi-ma da-wa gye-pe / chen-nyi po-la ö-rab sel-ma / Ha-ra nyi-jö tu-tta-ra-yi / Shin-tu dak-po rim-ne sel-ma 21. Chang-tsel de-nyi sum-nam kö-pe / Si-we Lu-dang yang-dag den-ma / Dön-dang ro-lang nö-jin tsog-nam / Jom-pa Tu-re rab-chog nyi-ma / Tsa-we ngak-kyi tö-pa di-dang / Chang-tsel wa-ni nyi-shu tsa-chig. ](Recite este mantra uma vez gestualizando os mudras de oferecimento:)OM ARYA TARE SAPARÍVARA ARGHAM PADYAM PUHPE DHUPE ALOKE GANDHE NAIVEDYE CHABTÀ AH HUM(Recite uma vez:) Para a sábia pessoa que recitar estas estrofes quando acorda de madrugada ou à noite com grande devoção à deidade, relembrando-se de suas preces, Jetsun Tara lhe garante a total ausência de medo, ela pacifica todas as suas ações corruptas, e destrói todos os destinos inferiores: setenta milhões de bhagaváts vão iniciá-la para que então atinja a budeidade. Se acontecer de ter comido ou bebido um veneno mortal, animal ou vegetal, pela lembrança dessa estrofes isto será plenamente nulificado; a pessoa estará a salvo de todos os espíritos de sofrimento, döns, ou venenos, ou doenças; e praticando para si, ou praticando para outrem também. Praticando estas estrofes claramente, duas, três, sete vezes, se desejar filhos os terá, se desejar riqueza a conseguirá, obtendo tudo que ela desejar, nenhum obstáculo haverá para prejudicá-la.(Recite uma vez:) Toda a virtude, mesmo a mais leve, que eu reuni através das prosternações, oferendas, confissões, exu1tação, súplica e solicitação eu dedico para o alcance da perfeita, da grande iluminação!(Recite o mantra de Tara vinte e uma vezes:)OM TARE TUTTARE TURE SVAHA(Recite vinte e uma vezes:) TARE! (Recite esta prece uma vez:) Eu vos peço, nobre Tara, olhai por mim! Pacificai sem excessão todas as minhas aflições pessoais, criai espontaneamente e sem nenhum esforço circunstâncias protetoras que me garantam fruir as minhas aspirações!(Recite os seguintes mantras gestualizando os mudras de oferecimento:)OM ARYA TARE SAPARÍVARA ARGHAM PUJA AH HUM /OM ARYA TARE SAPARÍVARA PADYAM PUJA AH HUM
OM ARYA TARE SAPARÍVARA PUHPE PUJA AH HUM /OM ARYA TARE SAPARÍVARA DHUPE PUJA AH HUM /OM ARYA TARE SAPARÍVARA ALOKE PUJA AH HUM /OM ARYA TARE SAPARÍVARA GANDHE PUJA AH HUM /OM ARYA TARE SAPARÍVARA NAIVEDYE PUJA AH HUM /OM ARYA TARE SAPARÍVARA CHABTÀ PUJA AH HUM(Recite enquanto toca música [sino] o seguinte:)OM VAJRÀ DHARMA RANITA PRARANITA SAMPRARANITA SARVÀ BUDDHÀ KSETRÀ PRACALITÊ PRAJNAPARAMITA NADÀ SVABHAVE VAJRÀ DHARMÀ SRIDAYA SANTOSSANI HUM HUM HUM H0H HOH HOH A KHAM SVAHA(Recite uma vez:) Com total fé, curvando-me com quantos corpos são os átomos no reino de buddha eu me prosterno a todos os dignos de reverência. (Reze:) Olhai por mim, todos vos, Buddhas e Bodhisáttvas que habitam as dez direções. Nobre Jetsun Tara e sua assembléia de deusas: como vós possuis inconcebível jnana, apaixonada compaixão, e o poder de oferecer
refúgio, realizai, por favor, que a fonte de toda a felicidade e
benefício, o precioso Ensinamento do Onisciente, o Jina, que aqui floresça e que aqui permaneça por muito tempo. Que as aspirações dos sagrados gurus que também são sugatas se realizem, que os que agora estão vivos tenham boa saúde e vivam longas vidas para o aumento do benefício dos seres. Que todos os capítulos da sangha prosperem e não declinem em sua atuação nas dez observações do dharma. Que a chuva caia no seu apropriado tempo em todas as regiões do mundo, que ela produza boas colheitas e provisões, que todas as doenças das pessoas e dos animais encontrem um fim e que todos os conflitos sejam pacificados. Que todos os impedimentos e obstáculos especialmente para a nossa própria mandala de gurus e discípulos sejam pacificados, que haja as condições financeiras de patrocínio e que nós vejamos a satisfação de nossos objetivos.
(Adicione qualquer súplica pessoal aqui).
A TORMA
(Purifique a torma espargindo agua pura sobre ela. Limpe com:)
OM AMRITA KUNDALI HANA HANA HUM HUM HUM PHET SVAHA(E purifique com:) OM SVABHAVÀ SUDDHÀH SARVÀ DHARMÀH SVABHAVÁ SUDDHO HAM (Visualize:) De dentro da vacuidade aparece um vaso feito de preciosas jóias, vasto e amplo; dentro aparece a torma, um oceano de amrita.
OFERECIMENTO DA TORMA A TARE
(Abençoe-a recitando este mantra três vezes enquanto gestualiza os
apropriados mudras:) OM AH HUM (Recite o mantra seguinte acompanhando-o com os mudras;circulo de lótus; e vajra palmas; e concluindo cada vez com um estalar dos dedos:) OM ARYATARE OM A KARO MUKHAM SARVÀ DHARMANAM ADYA NUTPANNA TVAT OM AH HUM PHET SVAHA (Om , nobre Tara, Om, a silaba A é a primeira devido ao primordial nao-nascimento de todos os eventos OM AH HUM PHET SVAHA) (Recite os mantras a seguir gestualizando os mudras de oferecimento:)
OM ARYA TARE ARGHAM PADYAM PUHPE DHUPE ALOKE GANDHE NAIVEDYE CHABTÁ AH HUM(Recite uma vez:) A coroa dos deuses e semi-deuses se curvam para vossos pés de lótus. Eu me prosterno a vós, Mãe Tara, libertadora de toda pobreza!
OFERECIMENTO DA TORMA PARA OS GUARDIÕES
(Recite três vezes:) OM AH HUM(Recite o mantra a seguir acompanhando-o com os mudras;circulo de lótus;e vajra palmas; e concluindo cada recitação com um estalar dos dedos:) OM A KARÔ MUKHAM SARVÀ DHARMANAM ADYA NUTPANNA TVAT OM AH HUM PHET SVAHA
(Recite uma vez:) Ofereço esta sagrada torma para os guardiões de dharma.Que os ensinamentos do Buddha se expandam! Ajudai-me a concluir minha atividade!
OFERECIMENTO DA TORMA AOS SERES SENCIENTES
(Recite três vezes:) OM AH HUM (Recite três vezes enquanto gestualiza o mudra-dana:)NAMÀH SARVÀ TATHÀGATA AVALOKITÊ OM SAMBHARÁ SAMBHARÁ HUM (Seja louvado!Visto por todos os tathagatas! OM Nutrição, nutrição HUM!) (Recite o nome dos Quatro Tathágatas:)
EU ME PROSTERNO AO TATHÀGATA BAHURATNA! EU ME PROSTERNO AO TATHÀGATA VARASURUPA! EU ME PROSTERNO AO TATHÁGATA PARYANTAKAYA! EU ME PROSTERNO AO TATHÀGATA SARVABHAYASRI!
(Recite uma vez:) Ofereço esta sagrada torma aos seres sencientes dos seis reinos. Que o sofrimento de sua sede e fome seja mitigado e que eles desenvolvam a bodhicitta.
OFERECIMENTO DA TORMA PARA OS DEUSES LOCAIS E ESPIRITOS
(Recite três vezes:) OM AH HUM(Recite o mantra a seguir três vezes gestualizando o mudra-dana:)NAMAH SARVÀ TATHÁGATA AVALOKITÊ OM SAMBHARA SAMBHARA HUM
(Recite o nome dos Quatro Tathagatas:) EU ME PROSTERNO AO TATHÀGATA BAHURATNA! EU ME PROSTERNO AO TATHÀGATA VARASURUPA! EU ME PROSTERNO AO TATHÀGATA PARYANTAKAYA! EU ME PROSTERNO AO TATHÀGATA SARVABHAYASRI!(Recite uma vez:) Ofereço esta sagrada torma aos deuses locais e aos espíritos. Compartilhem dela e auxiliem o mundo a ser feliz; aumente o dharma e tambem auxiliem minhas intenções.
PURIFICAÇAO DOS ERROS
(Para purificação dos erros na realização do ritual, recite três vezes o mantra de cem sílabas de Vajrasattva:)OM VAJRASATTVA SAMAYÀ MANUPALAYÀ VAJRASATVA TVENOPÀ TISTHA DRIDHO ME BHAVÀ SUTOSYÔ ME BHAVÀ ANURAKTÔ ME BHAVÀ SUPOSYÔ ME BHAVÀ SARVÀ SIDDHIM ME PRAYACCHÁ SARVÁ KARMÀ SUÇÁ MÊ CITTAM SREYAM KURU HUM HA HA HA HA HOH BHAGAVAN SARVÀ TATHÁGATA VAJRÂ MA ME MUNÇÁ VAJRI BHAVA MAHASAMAYA SATTVA AH
(Om Vajrasattva guarde minha samaya! Permaneça perto de mim, segure-me,
alegre-me, enriqueça-me, seja amoroso para comigo! Conceda-me todos os
siddhis! Faça a minha mente gloriosa em todas as atividades! HUM!
HA HA HA HOH (simboliza os cinco aspectos de jnana associados com as cinco
famílias de buddhas). Abençoado, vajra de todos os tathágatas, não me
abandone, transforme-me em vajra! Grande ser de samaya AH!)
(Recite uma vez:) Qualquer que seja a minha estupidez pela qual eu tenha feito oferecimentos errados, ou omitido alguma coisa, ou que tenha levado os outros a cometer algum erro, eu peço perdão aos protetores. Por qualquer coisa que eu tenha adicionado ou esquecido, e se eu não realizei o ritual de acordo com o texto, e se alguma coisa aconteceu devida a minha falta de cuidado ou conduta impura, eu peço por compaixão que me perdoem!
(Se alguma representação de Tare estiver presente lance flores ou arroz
sobre ela enquanto recita o mantra a seguir, meditando que a jnanasattva
da deidade permanece na representação:OM SUPRA TISTHA VAJRAYE SVAHA (Om, permaneça firme, vajra Svaha!) (Se não existe nenhuma representação presente, convide o jnanasáttva da deidade a retornar para o Potala recitando a seguinte frase enquanto estala os dedos da mão direita:) Possa a jnanasáttva por favor partir! Suplicando com estes completamente puros pensamentos que recebamos a bênção da Tríplice Jóia e livres de corrupções possamos ser vitoriosos em então sejamos todos plenamente realizados! Pelo poder de toda a imensurável virtude reunida por mim e pelos outros nos três tempos tendo sido colocada junta sem nenhuma exceção, que a inexaurível intenção da mente de iluminação dos gurus raízes e da linhagem de gurus e dos vitoriosos e dos seus filhos sejam completadas inteiramente perfeitas!Para este objetivo e por todas as seis classes de seres, que as duas obscuridades e todas as tendências habituais sejam purificadas, e as duas acumulações, de mérito e de despertar primordial, sejam conseguidas no seu mais consumado grau: Que nós rapidamente nos tornemos mestres dos quatro kayas de onisciência! CONCLUSÃO (Dedique o mérito adquirido através da execução deste ritual recitando os versos seguintes e outros que sejam convenientes;) Por esta virtude que eu rapidamente realize a nobre Tara e que todos os seres sem exceção sejam estabelecidos no mesmo estagio! Ao supremo Sagrado Buddha que demonstrou a religião inteira possam todos prestar homenagem para sempre. Prosternação ao Buddha, que nasçam as condições felizes! Possam todos os seres, estejam ou não no sagrado caminho, serem abençoados com condições felizes! Que possamos nós sempre venerar o Dharma sem apego ou aversão, prosternação ao Dharma; que nasçam as condições felizes! Que possamos nós sempre venerar a Sangha... Prosternação à Sangha, que nasçam as condições felizes! Para a líder dos supremos sagrados, ó preciosa Sangha, para vós nos prosternamos e oferecemos preces. Possam nascer as condições auspiciosas! Ó deidade para quem eu venho suplicando através de todas as minhas vidas, princípio ativo de todos os Buddhas dos três tempos, verde — esmeralda, uma face, dois braços, rápida e pacífica senhora, que nasçam as auspiciosidades dela que segura o caule de uma flor utpala! Desprezando as falhas do corpo, vós possuís as grandes e menores marcas; desprezando as falhas da fala, vossa voz é como a melodia do pássaro kalapinka; desprezando as falhas da mente, vós conheceis todos os ilimitáveis conhecimentos; auspiciosa, gloriosa, brilhante senhora, que nasçam as auspiciosidades! Possam os gurus, que constituem a glória do Ensinamento, viver vidas muito longas; possam os praticantes que mantêm os Ensinamentos cobrir a terra inteira; possam a riqueza e o poder dos patrocinadores dos Ensinamentos crescer; por um longo tempo que os Ensinamentos perdurem, que nasçam as auspiciosidades! Possam todas as demais criaturas viventes na terra, acima dela ou entre ela, ter perpetuamente amor e compaixão para com todos os seres sencientes que ininterruptamente dia e noite seguem o Dharma e realizam todas as ações de acordo com o Dharma! Feliz e excelente é o dia, feliz e excelente é a noite, feliz e excelente também é o meio—dia, que sejam de felicidade e excelência incessante dia e noite, que as auspiciosidades das três jóias nasçam! Que eu mesmo, patrocinador e atendente, sejamos vitoriosos sobre as condições adversas, e que em todas as direções a prosperidade seja desfrutada! Que a virtude, a felicidade e o benefício ocorram através da nossa devoção e prática do Dharma! Que todos os nossos sábios Mestres tenham longa vida! Que os Ensinamentos do Buddha prosperem dentro deles. Que a consecução de todos os nossos desejos se concretizem! Que na próxima vida eu nasça num lugar sagrado e encontre a budeidade. E tendo nascido lá, que quaisquer desejo seja do Sagrado Dharma, seja do mundo samsarico se concretize! Que todos os seres sencientes, previamente nossos pais e mães, conosco sejam liberados para a Budeidade! Suplicando com estes completamente puros pensamentos que recebamos a bênção da Tríplice Jóia e livre de corrupções possamos ser vitoriosos e então sejamos todos plenamente realizados! Pelo poder de toda a imensurável virtude reunida por mim e pelos outros nos três tempos tendo sido colocada junta sem nenhuma exceção, que a inexaurível intenção da mente de iluminação dos gurus raízes e da linhagem de gurus e dos vitoriosos e dos seus filhos sejam completadas inteiramente perfeitas! Para este objetivo e por todas as seis classes de seres, que as duas obscuridades e todas as tendências habituais sejam purificadas, e as duas acumulações, de mérito e de despertar primordial, sejam conseguidas no seu mais consumado grau: Que nós rapidamente nos tornemos mestres dos quatro kayas de onisciência!

quinta-feira, 23 de maio de 2013

domingo, 5 de maio de 2013

A história de Aria Tara1

(KATMANDHU, FOTO DE R. SAMUEL)


A história de Aria Tara1

TEXTO SEM AUTORIA DEFINIDA

Em uma longínqua era, num universo chamado Luzes Variadas, apareceu, certa vez, um Buda abençoado de nome Dundubi-svara. Havia, nesse universo, uma princesa chamada Lua da Sabedoria que devotou-se inteiramente ao seu ensinamento. Por um milhão de milhões de anos ela, a cada dia, fez oferendas ao Buda e aos seus incontáveis discípulos, aos sravakas e aos bodisatvas. Quando os frutos de sua prática amadureceram, surgiu-lhe a motivação da iluminação — a manifestação de Bodicita, o desejo de ajudar a todos os seres. Nesta ocasião, alguns monges deram-lhe o conselho:
"Devido a suas raízes de virtude,
 se você, neste seu corpo atual,
 rezar para em uma próxima vida
 tornar-se um homem
 e praticar os ensinamentos,
 obterá sucesso.

 Isso é o que deve fazer, e, ao final,
 em corpo masculino,
 poderá atingir a iluminação."

 
A discussão foi grande. Finalmente a princesa falou:
"Não há homens ou mulheres,
 Nem ego, nem personalidade ou consciência.
 Os rótulos "masculino" e "feminino" não têm essência,
 Mas maculam ainda mais este mundo enganoso."

 "Muitos desejam a iluminação em corpo masculino,
 Mas há poucos que, em corpo feminino, trabalhem
 Pelo benefício dos seres sencientes.
 Portanto, até que samsara esteja esvaziado,
 Trabalharei, em corpo feminino,
 para benefício de todos os seres sencientes".

 Por um milhão de milhões de anos ela manteve-se no palácio real. Praticou a concentração e a correta atitude com relação aos objetos dos cinco sentidos, e, dessa forma, atingiu a aceitação de que todos os objetos são não-produzidos2 (anutpattika-dharma-ksanti) e atingiu o samadi "salvando todos os seres sensoriais". Pelo poder dessa realização, à cada dia, pela manhã, liberava um milhão de milhões de seres sencientes dos pensamentos mundanos, e nada comia até que eles estabilizassem esta visão. À cada final de tarde, produzia também esta liberação em um número similar de seres sencientes. Devido a isso seu nome anterior foi mudado para "Tara, a Salvadora". Vendo isso, o Tatagata Dundubhi-svara profetizou: Tão pronto você manifestar a iluminação insuperável, será conhecida pelo nome de "Deusa Tara".
Mais adiante, em um eon chamado Vibuda (Expandido), diante do Tatagata Amogasidi, fez o voto de proteger e salvar todos os seres sensoriais de todas as ameaças, pelos infinitos mundos das dez direções.
Concentrando-se no samadi "Derrotando Todos os Maras", a cada dia, durante noventa e cinco eons ela estabeleceu uma centena de milhares de bilhões de líderes de seres sensoriais em diana, e, à cada anoitecer, subjugou um bilhão de Maras, senhores dos céus de Paranirmita-vasavartin. Por isso recebeu os nomes de Tara (Mãe Salvadora), Mãe Amorosa, Veloz Salvadora, e Heroína.
 
Adiante, em um eon chamado Não-obstruído, o monge Brilho da Luz Imaculada foi consagrado com raios de luz de grande compaixão por todos os Tatagatas das dez direções e, assim, tornou-se Ariavalokita (Avalokitesvara—Bodisatva da Compaixão). Então, novamente os tatagatas das cinco famílias e todos os outros budas e bodisatvas consagraram-no com grandes raios de luz da natureza da sabedoria da onisciência, de tal forma que, da combinação dos raios de luz anteriores com os últimos, como pai e mãe, surgiu a Deusa Tara. Emergindo do coração de Avalokitesvara, ela manifestou a intenção iluminada de todos os Budas em proteger os seres sencientes dos oito grandes medos3.
Mais adiante, no eon chamado Mahabrada (Muito Afortunado), ela ensinou manifestando-se na aparência "Imovível" do estágio de encorajamento. No eon chamado Asanka, pela consagração de todos os Tatagatas das dez direções, tornou-se conhecida como a mãe que origina todos os budas.
Tudo isso em passado muito remoto, em tempos sem início.
 
Tara responde?
Quando há um problema, isto se dá referido a causas e condições. Quando as causas e condições mudam, o problema muda ou desaparece. Ao focamos Tara, focamos a natureza da espacialidade e luminosidade pura. Nesta, que é a condição natural de nossa mente, os problemas são focados com o olho de verdade (sansc.: Prajna, tib.: Sherab) e mostram sua natureza verdadeira: sonho, ilusão. São como uma bolha, uma faísca atmosférica: surgem e desaparecem, não têm consistência, natureza própria, sustentação.
Quando assistimos um filme, a identificação com os personagens é imediata. Ainda que esteja claro que trata-se de uma ficção, as emoções surgem e somos capazes de nos inflamar. Por um lado isso é completamente ilusório. Por outro lado, tem a beleza da dança da natureza fundamental da mente, produzindo manifestações transitórias e fugazes ao operar sob condições variadas que se sucedem. O que chamamos "realidade da vida" não é diferente.
A realidade das experiências ao assistirmos um filme é criada por uma combinação de causas internas—marcas mentais associadas as seis emoções perturbadoras4 (carma)—e fatores vindos através dos sentidos físicos. Como resultado, surgem medo, esperança, raiva, orgulho, desejo, inveja, avareza, espaço, tempo, justiça, certo e errado. Exatamente o mesmo ocorre quando das experiências "reais".
Quando percebemos a natureza da realidade que está além das transformações e dos referenciais, além de espaço, tempo, nome ou forma, além de propósito, de certo ou errado, todos os jogos passam a ser vistos como o que são: jogos. Atuam pela modulação da energia fundamental indiferenciada. Dão a sensação de realidade pela experiência de fixação que temos neles. São ilusórios porque surgem sob referenciais, faltando-lhes consistência própria. Entretanto, como um sino que soa ao ser tocado, são perfeitos em sua finitude, manifestação maravilhosa da natureza básica atuando sob condições.
O frescor e alívio dessa compreensão são bênçãos de Tara.
 
Pedindo ajuda
Faça uma lista cuidadosa do que você quer.
Olhe agora a sua lista. Há algo nela que seja permanente? Algo que não possa ser roubado, que não vá estragar, envelhecer ou morrer? Há algo aí que você não tenha que abandonar ao fim da vida ou antes mesmo? Existência cíclica é esta infindável experiência de carência por objetos, situações e pessoas, apenas para mais adiante isto originar mais sofrimento. Em cada corpo, por incontáveis vidas até a extinção completa da ignorância, sucedem-se estas experiências de nascimento-e-morte.
Olhe novamente sua lista. Se o que você está buscando é impermanente, seu esforço apenas movimenta a existência cíclica, essa roda da vida onde a doença, velhice, decrepitude e morte são os estágios finais das ilusões criadas. Foi justo a percepção desse ponto que produziu no príncipe Sidarta a motivação de atingir a liberação da condição de um buda, tornando-se capaz de ajudar efetivamente os outros seres em seu vaguear sem rumo. Esta é a diferença entre os deuses mundanos e os budas: os primeiros nos suprem do que é transitório e resulta em sofrimento, os budas, do que é permanente e libertador. Os budas nos apontam a natureza fundamental de nossa própria mente, idêntica e una com a mente de Tara e todos os budas.
Quando o príncipe Sidarta estava sentado sob a árvore Bodhi sendo atacado por Mara e seus exércitos, os deuses que até então o tinham aconselhado e propiciado seu caminho, impotentes e aterrorizados ficaram ao lado, apenas assistindo. Os deuses estão submetidos à dualidade, à ignorância, à noção de um eu separado, de outros eus, de espaço, tempo, ganho e perda e, portanto, estão sob o domínio de Mara. Tudo o que oferecem está sujeito a doença, velhice, decrepitude e morte. A despeito de seu poder, estão presos à roda de samsara. Ainda que sua vida seja longa, ao final o fruto de sofrimento e morte é também inevitável. Mesmo eles necessitam a iluminação—a transcendência—, pois, não reconhecendo sua natureza verdadeira, atuam por carma, submetidos a Mara.
 
Foque seu problema e peça clareza a Tara. Peça para que você e todos os seres reconheçam a natureza verdadeira de si mesmos, e que o sofrimento se extinga. Este fruto de liberação não pode ser roubado, nunca será perdido, não pode ser esquecido, não cria rugas, não precisa ser polido. É o fruto que atravessa vida-e-morte, está além de espaço e tempo, além de eu-e-outro, além de todos os universos e, ao mesmo tempo é inseparável de tudo isso. Quando pedir, a liberação que surgir em sua mente é a imediata resposta de Tara. O que mais merece ser pedido? Que outra ajuda haverá para você, para seus filhos, seus pais, seus queridos, quando eles se aproximarem da morte? Tara pode proporcionar esta ajuda, os deuses não. Tudo o que os deuses proporcionaram durante a vida ou que possam neste momento oferecer será inútil.
Isso não se dá apenas no momento da morte. Em realidade, neste exato momento estamos, como o Buda Sakiamuni, sob a árvore bodhi, atacados por Mara. Os deuses jogam flores. Só Tara pode nos oferecer ajuda: a liberação pelo reconhecimento de nossa própria natureza e do aspecto ilusório de tudo o que Mara produz contra nós.
 
Se achar difícil entender assim, veja: uma criança que grite mãaeee!, irá provocar a imediata solidariedade de quem estiver à volta. Com muito mais razão, quando recitar o mantra de Tara — Om Tare Tam Soha —, Tara e todos os budas imediatamente responderão. Experimente! Você pode usar qualquer mantra, o essencial é focar a mente em Tara e nos budas. É imediato. Quando Om Tare Tam Soha ecoa, o mundo muda e a iluminação torna-se possível.
Mistério? Evidentemente. É como o mar para o sapo que vive preso dentro de um mesmo poço; como concebê-lo tendo o poço como referencial? Nosso poço é a dualidade, a separatividade, os seis venenos. Só isso vemos. A tudo vemos através disso. O que está além da dualidade, além de nossos referenciais, não podemos conceber, até duvidamos, chamamos de mistério. Neste sentido a natureza de buda, ainda que seja nossa própria essência, é inteiramente misteriosa, transcendente que é à dualidade.
 

 
Há realidade em Tara?
Qual sua realidade? O que é Tara?
Quando nos defrontamos com os oito grandes medos, nossos olhos buscam Tara. Nada mais nos resta. Pedimos ajuda e Tara nos ampara. Ela nos ampara no sentido condicionado, como os deuses de samsara, presos à roda da vida. Enfim, se os oito grandes medos estão nos perturbando precisamos de socorro. Mas Tara não se limita a este tipo de ajuda. Tara revela-nos simultaneamente nossa verdadeira natureza.
Diferentemente dos deuses mundanos, quando estamos sob a árvore bodhi Tara corre em nosso socorro com o tipo de ajuda mais eficaz. Tara nos transporta para a outra margem, para além de espaço, tempo, nome, forma, dualidade, para a iluminação.
Uma das manifestações de Tara é Prajna-Paramita. A experiência de Avalokitesvara com Prajna Paramita é narrada no Maha Prajna Paramita Hridaya Sutra5. Prajna Paramita traz liberação por oferecer o reconhecimento da realidade última. Forma é vazio, vazio é forma. Forma nada mais é do que vazio. Vazio nada mais é do que forma.
Não é que forma, sendo vazia, não exista objetivamente. Na verdade os critérios de objetividade, como, por exemplo, os trazidos pela ciência e pela nossa experiência cotidiana continuam plenamente válidos. É que a forma, ainda que exista objetivamente, não tem existência absoluta, ou seja, suas qualidades surgem em processos de relação e não dela mesma6. A forma é vazia de existência inerente.
A todos os problemas que enfrentamos, atribuímos existência própria. A compreensão de que os problemas e dificuldades surgem sob condições, não têm natureza própria, é o início da travessia para a margem da iluminação, e possibilita a experiência além da dualidade.
A pura atenção plena é esta experiência. É a forma sutil de Tara. Está além dos referenciais, é espacialidade, vacuidade e compaixão. Por ser o samadhi da iluminação, é a experiência mãe de todos os budas — os vitoriosos.
Tara existe mesmo? Olhando com cuidado, vemos que nossas próprias características pessoais mudam. Nosso ser de amanhã não é o mesmo que o de hoje. Nossa realidade é fugaz e imprecisa. Já Tara tem a natureza além da dualidade, suas faces são a espacialidade, luminosidade e compaixão imutáveis. Sua realidade é palpável, precisa e estável, muito diferente da nossa – fugaz, ilusória, breve7.

 
Notas do autor:

1. Recontado à partir de "The Golden Rosary, A History Illuminating the Origin of the Tantra of Tara", Taranatha, do ano de 1608, citado em "In Praise of Tara", Martim Willson, Wisdom, Boston, 1996, e de "Comentários Sobre Tara Vermelha", Chagdud Khadro, Rigdzin Editora, Porto Alegre, 1997.
2. Ou seja, não possuem existência independente, por si mesmos.
3. O medo dos elefantes, como projeção da ignorância; do fogo como projeção da raiva; dos leões, como orgulho; dos ladrões, como visões falsas; das enchentes, como avareza; das cobras, como inveja; da prisão como cobiça; e o medo dos demônios, como projeção da dúvida. V. "Comentários Sobre Tara Vermelha", op.cit.
4. Orgulho, inveja, desejo-apego, ignorância-obtusidade mental, aquisitividade-avareza, ódio-raiva. Cada uma dessas características constitui a base cármica para a experiência dos seres sencientes que dá surgimento a cada um dos seis reinos correspondentes de samsara.
5. Sutra do Coração ou Maka Hannya Haramita Shingyo.
6. Para um exame cuidadoso deste ponto, ver "A Cognição Budista"; A.Aveline, Bodisatva nº2 e 3., e também o livro "Jóia dos Desejos".
7. Para praticar a meditação silenciosa, visualizações e recitações de mantras de Tara, de modo geral todos os centros de budismo tibetano podem auxiliá-lo. As práticas de Tara Vermelha podem ser encontradas em várias cidades do Brasil exterior.


quinta-feira, 2 de maio de 2013

Taranatha: O ROSÁRIO DE OURO




OM SVA STI
Adoração ao Guru!


TARANATHA
(1575-1634)




O ROSÁRIO DE OURO






Que é uma narrativa que mostra com clareza

as origens do Tantra de Tara



Trad. para o inglês atribuída ao

Ven. Sakya Lama Korchen Tulku
editado em xerox contendo o original tibetano



Trad. em Português de R. Samuel

Fev. do ano 2000 (Losar)






Homenagem ao Lama!

Homenagem a todas as coisas que desde seu princípio são incompreensivelmente não diversas!
Homenagem Àqueles que tudo permeiam, principalmente os Grandes Compassivos!
Homenagem à completa liberação de todos os seres!
Homenagem a Vós, Ó Tare, que se tornou a Mãe de todos os Vitoriosos!







Desde este princípio da narrativa do Tantra de Tara, se alguém quiser que se conte suas várias narrativas históricas (deve-se dizer).

Muito tempo atrás, numa Era anterior à qual nada mais havia, o Vitorioso, o Tathágata Dunbubbis'vara, veio à existência passou a ser conhecido como "A Luz dos Vários Mundos".
A Princesa "Lua de Sabedoria" tinha o mais alto respeito por seu Ensinamento, e por dez milhões e cem mil anos ela realizou oferecimentos a este Iluminado, a seus atendentes Sravakas e a incontáveis membros da Sangha de Bodhisattvas.
Os oferecimentos que ela preparava cada dia eram de doze yojanas em cada uma das dez direções, sendo seu valor só comparável a todas as coisas preciosas que podem preencher a distância intermediária do espaço inesgotável.
Finalmente, depois disso, ela despertou para o Primeiro Conceito de Mente Búdica.
Então um monge lhe falou: "Devido a estas virtudes você pode transformar-se num homem".
E a princesa lhe respondeu: "Aqui não existe nem homem nem mulher / nem eu, nem pessoa, nem consciência. / O conceito "homem" e "mulher" não tem essência / nem "auto-identidade", uma "pessoa"ou alguma percepção (como tal), e portanto o apego à idéia de "macho"e "fêmea" não tem sentido. As fracas mentes mundanas estão sempre iludidas por isso".
E dessa forma ela proferiu: "Existiram muitos que desejaram obter a Iluminação na forma de homem, e existem porém poucas que desejaram trabalhar pelo bem-estar dos seres sencientes na forma feminina. Portanto que eu, com um corpo de mulher, trabalhe pelo bem-estar dos seres até que o Samsara se torne vazio".
Então ela ficou em seu palácio por dez milhões e cem mil anos no estado de meditação, sabiamente aplicando sua mente nos cinco prazeres sensíveis. Como resultado disto ela garantiu o sucesso na realização dos dharmas não-originados e também aperfeiçoou a meditação conhecida como "Salvando Todos os Seres Sencientes, pelo poder da qual, cada manhã, ela retirava dez milhões e cem mil seres dos (limites de) suas mentes mundanas.
Então, no eon do Vibuddha conhecido como o Grandioso ela prometeu na presença do Tathágatata Amoghasiddhi a preservar e defender de todo prejuízo todos os seres sencientes na profunda vastidão das dez direções.
Sentada na equanimidade da meditação conhecida como "O completo subjugar de todos os demônios", diariamente, por 95 eons, ela estabilizou as mentes de um bilhão e dez mil milhões de seres em meditação profunda. Cada noite, também, em sua capacidade como Dama do Reino de Kamadeva, ela vencia dez milhões de demônios.
Então ela foi ornamentada com os nomes de "Salvadora", "Defensora", "Rápida", e "Heróica".
E no eon conhecido como "Que tudo abrange", ao monge [Avalokitesvara] chamado "Pura Luz Radiante" foi concedida a mais alta iniciação dos Raios da Grande Compaixão por todos os Tathágatas das dez direções.
[Inicio de um trecho ilegível do xerox: recorremos a outras fontes para prosseguir].
Ela [Tara] tempos depois nasceu da manifestação desses raios de luz de Avalokitesvara e prometeu, para satisfazer o pensamento de todos os Buddhas, a proteger os seres sencientes dos Oito e Dezessseis Grande Medos.
No eon chamado Mahabadra ela passou a produzir Ensinamentos e manifestar textos [volumes] de Dharma.
[Fim do texto ilegível].
Os auto-nascidos volumes aumentavam sozinhos e sem ajuda e com esses Ensinamentos a proclamação da doutrina ascética era conseguida estabilizadamente [no conceito dos] dharmas como incriados.
Além disso, quinhentos Mestres de Yogacara e oito Mahatmas, pregadores da doutrina da "Existência não-real" e outros viram a fisionomia de Manjusri, Avalokitesvara, Matreya etc.
Os textos do grupo dos três Tantras de Kriya, Carya, Yoga e o método Anuttara assim como partes de Tantras da Sabedoria, também proclamados e foram proferidos para aqueles abençoados com a boa fortuna de ter a visão da figura de Vajrassattva e Vajrapani.
Naquele tempo diz-se que todos os que ouviram o Matrayana atingiram Siddhis sem nenhuma exceção.
A Leste de Bhaga o Rei Haricandra junto com mil atendentes atingiu a Perfeição Búdica de Yuganaddah.
No Norte o Rei de Odivisa chamado Munja atingiu o estado de Vidyadhara junto com mil atendentes.
O Rei Bhojadeva, de Malawa, no Oeste, venceu junto com uma corte de mil cortesãos.
No Sul, em Kongkuna, o Rei Haribhadra junto com inumeráveis servos levou à perfeição o siddhi de fazer pílulas etc, e entre cem a duzentos anos (como resultado) mais de cem mil seres atingiram siddhis.
Devido a esta constante proteção de acordo com esta prática secreta nós não temos conhecimentos de outros praticantes que tivessem sido capazes de alcançar siddhis.
Agora, companheiros, recolhendo dos anais e das estórias, alguns dos benefícios da Nobre Arya Tara, da sua Perfeição e de suas Promessas.
Estarão na forma de discursos.
Para proteção dos Dezesseis Grandes Medos.
Ela é Protetora do Medo dos Inimigos.
Ela é Protetora do Medos Leões.
Ela é Protetora do Medo dos Elefantes.
Ela é Protetora do Medo do Fogo.
Ela é Protetora do Medo das Serpentes Venenosas.
Ela é Protetora do Medo dos Bandidos.
Ela é Protetora do Medo dos Muros das Prisões.
Ela é Protetora do Medo das Ondas do Oceano.
Ela é Protetora do Terror dos Ogres Comedores de Carne.
Ela é Protetora do Medo da Lepra.
Ela é Protetora dos Enganos dos Anjos de Indra.
Ela é Protetora do Medo da Pobreza.
Ela é Protetora do Medo da Perda dos Pais.
Ela é Protetora do Medo da Punição Real.
Ela é Protetora do Medo da Vajramissilies.
Ela é Protetora do Medo da Ruína de Nossos Objetivos.
[A seguir, Taranatha faz a narrativa de Dezesseis Estórias relativas a essas Dezesseis Atividades. Essas Narrativas Já estão traduzidas posteriormente e editadas separadamente neste site. Basta voltar e prosseguir].
Chegamos ao final do Profundo Rei do Tantra Mãe e a Fonte da Origem do Tantra de Tara tendo sido escrito de acordo com o preceito dos Gurus por Rgyal. khams.pa Taranatha que preparou esta obra.
Estas palavras foram proferidas quando eu tinha trinta anos de idade no Mosteiro de Gser. moog. can.

QUE A FELICIDADE CRESCA! ALEGRIA!

TARA PROTETORA DO MEDO DOS INIMIGOS



Um Ksatriya da terra de Odivisa acordou certo dia numa gruta onde tinha adormecido vendo-se encurralado por uma companhia de mil soldados inimigos

que brandiam suas espadas contra ele.
Naquele momento ele se lembrou de ter ouvido que Tare era a Protetora contra os Dezesseis Medos, e como ele não tivesse nenhuma outra Deidade na qual tomasse Refúgio ele pensou que puderia ir para a Deusa como sua defesa.
No mesmo momento em que ele clamou por seu nome a Nobre Senhora em Pessoa apareceu diante dele, chegada dos céus.
Debaixo de um furacão com seus pés ela afastou dali os soldados nas dez direções, e assim aquele homem pôde voltar com segurança na sua própria pátria.

TARE PROTETORA DO MEDO DOS LEÕES



Um lenhador entrou na floresta e lá se viu defronte de uma enraivecida leoa que o colocou entre suas mandíbulas e preparava-se para comê-lo.

Suas esperanças desapareciam. Aterrorizado e pânico ele suplicou à Tare que viesse em seu socorro, e ela subitamente apareceu diante dele, coberta de folhas.
Ela o retirou das mandíbulas da leoa e o colocou em segurança no meio do mercado da cidade.


TARE PROTETORA DO MEDO DOS ELEFANTES




Uma garotinha de doze anos de idade foi um dia até a floresta para colher flores e lá ela se viu diante de um feroz elefante chamado Kuni, o qual prendendo-a com sua tromba começava a esmagá-la com suas presas.

Lembrando-se do nome de Tare, a garota rapidamente implorou a Ela que a ajudasse e Tare colocou o elefante sob seu controle.
O animal, então, colocou a garota sobre uma alta pedra e a reverenciou com sua tromba. E tomando-a sobre si levou-a ao centro do mercado da cidade, onde a exibiu para os conselheiros, o Templo e ao redor do palácio do Rei.
O Rei ouviu falar sobre essa garota e vendo que ela tinha uma grande soma de mérito
tomou-a como sua Rainha.

TARE PROTETORA DO MEDO DO FOGO



Um certo proprietário, odiando seu vizinho inimigo, certa noite colocou fogo em sua casa. Este começou a tentar escapar mas não conseguia fugir e naquele instante começou a gritar: "Ó Tare, ó Mãe Tare!".

Então uma bela nuvem azul nasceu por cima da casa, e dela caiu uma contínua chuva como uma canga, pondo a casa completamente livre das chamas.


TARE PROTETORA DO MEDO DAS SERPENTES VENENOSAS




Um dia em certa cidade vivia uma prostituta que tinha recebido um colar de quinhentas pérolas. Ela então contratou um mercador para vendê-lo e foi a meia-noite a casa dele. Saindo de casa ela tomou a estrada e ali aconteceu de roçar um ramo de acácia onde estava enrolada uma venenosa serpente que coleou o seu corpo.

Pela mera lembrança de Arya Tare, a serpente se transformou numa guirlanda de flores que permaneceu viva durante sete dias. Diz-se que depois disso a serpente perdeu o seu veneno branco e mergulhou no rio.




TARE PROTETORA DO MEDO DOS BANDIDOS



Um homem de Gujarat, conhecido como Bharuckcha, era um riquíssimo comerciante.

A caminho da terra de Maru, com cerca de mil camelos e quinhentos bois, todos carregados de mercadorias, ele viu que tinha ido por acaso pelo território de uma quadrilha de bandidos que se sitiavam no meio de uma floresta selvagem. Todos os comerciantes que anteriormente passaram por ali tinham sido saqueados, e seus corpos esquartejados e várias partes colocadas em várias direções. Vários mercadores foram empalados em estacas de madeira e os bandidos, que pareciam demônios, chegavam a comer suas carnes.
Pois aquele mercador estava absolutamente aterrorizado e como não tinha outra proteção começou a suplicar a Tare que o socorresse.
Ela imediatamente apareceu na forma fantástica de "Tare, a heroína", brandindo uma espada e acompanhada de grande exército.
Ela baniu os bandidos para um lugar muito remoto e transformou a morte em vida.
Segundo se conta, depois que os bandidos foram expulsos dali para um exílio, o mercador seguiu com felicidade e voltou para o clã dos Bharukcha.

TARE PROTETORA DAS MURALHAS DAS PRISÕES



O líder de um grupo de bandidos conseguiu entrar no tesouro subterrâneo do Rei. Lá ele encontrou um tonel de cerveja que bebeu, ficando tão bêbado que desfaleceu e dormiu. Dessa maneira ele foi encontrado pelos guardas reais que o puseram amarrado num calabouço. Ali ele experimentou muitos sofrimentos. Por falta de outro protetor ele rezou para Tare e um pássaro de cinco cores desceu do céu, libertando-o de suas cadeias e abrindo a porta do calabouço por si mesma. Estando livre e outra vez ao largo ele voltou para a sua terra natal. Uma noite ele teve um sonho: Uma jovem adornada de diferentes ornamentos apareceu e disse para ele: "Se você chama o meu socorro então você e seus seguidores devem deixar de roubar!" E assim aconteceu que o ladrão e seus quinhentos cúmplices abandonaram suas vidas de crime e, ao contrário, passaram a fazer muitas virtudes.




TARA PROTETORA DAS ONDAS DO OCEANO




No Sul viviam quinhentos mercadores que tomaram três grandes barcos e partiram para a Terra das Coisas Preciosas. Um dos navios, uma balsa, estava carregada de todo tipo de jóias. Chegando à Terra da Madeira de Sândalo Amarelo, os mercadores encheram o segundo barco. Quando eles estavam de volta para casa, o "Detentor do Tesouro do Oceano" ficou irritado com eles e disparou terrível tormenta que os arrastou para longe. Depois de cruzar oceanos de diferentes cores, os navios se defrontaram com vagalhões gigantescos e devastadores. Eles rezavam para Brahma, Vishnu, Shiva, para o deus da lua e para o deus do sol, para Kuvera e para todas as outras divindades mas não conseguiam socorro. A amarração se rompeu e os barcos carregados de jóias e sândalo se perderam, e o barco em que navegavam era arrastado incontrolavelmente para o Oeste.

Então um Upássaca Budista (um praticante leigo) se lembrou de Tara e em mística e reverente voz recitou o mantra de dez sílabas (OM TARE TUTTARE TURE SOHA). Imediatamente apareceu um agradável vento e o barco começou a navegar de retorno, chegando em Dzambuling (Índia) de noite, acompanhado pelos outros dois barcos que traziam as jóias e o sândalo.

TARE PROTETORA DO MEDO DOS OGRES COMEDORES DE CARNE



No Leste havia um templo que era moradia de ascetas para Sravakas da Seita Sendhapi. E aconteceu que cada noite que algum monge ia fora do Templo no circuito dos muros era assassinado, e consequentemente o número de monges daquele templo diminuía.

Um dia um noviço saiu para caminhar quando um ogre canibal negro, horrível e mostrando seus caninos agarrou-o pela cabeça.
O noviço lembrou-se de que os mahayanistas acreditavam em Tare como salvadora dos Oito Grandes Medos, e achou que poderia pedir sua proteção.
Assim ele gritou seu nome.
Uma deusa negra apareceu, brandindo uma espada, e ameaçou o ogre com ela.
O ogre suplicou ao noviço que o perdoasse e ofereceu a ele um pote de ferro completamente cheio de pérolas que ele tinha conseguido na vizinhança.
E desde então isto nunca mais aconteceu naquele templo.


TARE PROTETORA DO MEDO DA LEPRA



Na terra de Kumarksetra, um poderoso Brâmane pegou a lepra e como ele andava por muito lugares e com muitas pessoas ele as contaminou. Cerca de quinhentos brâmanes contraíram a lepra por causa dele. Parentes e médicos fugiam de sua presença como medo de contrair a virulenta doença.Ele acabou tornando-se um mendigo para poder sobreviver.

Um dia, numa estrada, ele viu uma estátua de pedra da imagem da Nobre Árya Tare, e com muita fé que de repente nasceu dentro dele suplicou a ela pela salvação dos quinhentos Brâmanes infectados.
Então aconteceu que um líquido medicinal começou a escorrer sem parar da mão da estátua de Tare, e quando ele se banhou ali com esta medicina ele descobriu que a lepra desaparecia. Diz-se que ele se tornou tão completamente belo como um deus.

TARA PROTETORA DOS ENGANOS DOS ANJOS DE INDRA




Um desses poderosos duendes era protetor de regiões orientais mas na realidade ele era um demônio gandharva que, facilmente irascível, tornava-se um grande obstáculo ao Supremo Dharma por conta da sua proteção: Na gruta da floresta da terra de Mathura viviam quinhentos monges e meditadores Srávakas. Ele moravam ali praticando o supremo Dharma assíduamente. Algumas vezes aquele espírito lhes aparecia como um Brâmane, algumas vezes como uma jovem menina, outras vezes com o corpo de um monge e até mesmo como um yaksa ou um feroz leão. Era também sabido que ele aparecia como um búfalo ou como um leão de oito pernas chamado Sarabha, muito feroz que tinha muitas faces. Ele era um espírito perverso, que usava meios ardilosos e divertidos para distrair os monges de sua prática. O resultado foi que um dos monges perdeu a memória, outro ficou doente e outro mudou sua mente tornando-se outra pessoa. Isto os prejudicou, e eles acabaram passando o tempo em cantoria e danças.

Então, um certo monge, compreendendo o obstáculo causado por aquele espírito mau, lembrou-se de que Tare era conhecida como protetora daqueles terrores e ele arguiu que ela poderia ser de grande benefício para todos.
Ele então fez uns desenhos de Tare e os colocou nas árvores da floresta.
E aqueles monges que tinha sido tomados por inquietas loucuras ficaram calmos e todos eles prestaram homenagem a Ela e se converteram ao Mahayana.

TARE PROTETORA DO MEDO DA POBREZA

Um Brâmane que era extremamente pobre sofria muito com isso. Um dia ele vinha numa rua muito estreita e se viu diante de uma estátua de pedra de Árya Tare. E ele desabafou contando como seus problemas tinham nascido.

Então, apontando um lugar perto do santuário, ela disse que tudo ia mudar e seria recuperado seu tesouro. Então, exatamente onde Ela tinha indicado, o Brâmane encontrou muitos vasos de ouro cheios de pérolas e muitos vasos de prata cheios de várias jóias. Conta-se que em uma semana todo o seu sofrimento devido à sua pobreza se dissipara.
Também certa vez havia um fazendeiro empobrecido que invocou a Nobre Tare e suplicou a Ela. Ela apareceu sob a forma de uma Senhora Coberta de Folhas e profetizou que ele poderia ir para o Oriente. Ele assim fez e, certa noite que dormia no deserto, foi despertado pelos sons de sonantes sinos e viu um cavalo verde, ornamentado por sinos, cavalgando na areia do deserto. Num flash aquele cavalo desapareceu e o fazendeiro, guiado pelas pegadas daquele cavalo, encontrou primeiramente uma porta de prata, depois outra de ouro, depois uma de cristal, a seguir outra de lápis lázuli e, finalmente, uma porta feita das sete preciosas jóias. No reino para o qual as portas se abriam ele tornou-se rei de muitos Nagas e Asuras e experimentou muitos dos seus desejos. Quando ele retornou através das portas ele
voltou para sua terra e percebeu que, durante a sua ausência, três reis tinham reinado em três períodos de tempo, assim se diz.

TARE PROTETORA DO MEDO DE PERDER OS PARENTES


Havia um brâmane que tinha grande número de parentes e grande quantidade de riqueza. Um dia apareceu um certo tipo de doença contagiosa que matou seus filhos, esposa, irmãos de linhagem e também seus tios. Com a mente arrasada de lamentações ele chegou em Varanasi. Ele entrou num sítio onde certos budistas estavam realizando um festival de Tare e uma vez lá ele ouviu a descrição das grandes qualidades da Nobre Senhora. A seu pedido, ele atirou uma mão cheia de flores e quando voltou para casa ganhou uma noiva do Rei de Jayacandra e tornou-se governador. Este Brâmane erigiu cento e oito Templos de Tare e em todos grandes festivais de Tare foram observados.


TARE PROTETORA DO MEDO DA PUNIÇÃO REAL


Na terra de Ayodhya vivia um rico e poderoso proprietário e certa vez por alguma razão o rei se tornou desfavorável com ele acreditando em maledicências que se fizeram contra ele. Este homem, tendo sido vítima de várias imposições reais, foi para Tirahut e depois para a Terra de Camparana, onde o Rei de Ayodhya mandou seus homens procurá-lo. Lá o prenderam e o trouxeram de volta a Ayodhya. Implorando por Arya Tare o proprietário pediu sua ajuda e por sua graça quando seus pés tocaram os degraus da porta isto se transformou em ouro. Quando ele foi colocado na prisão uma chuva de colares de pérolas caiu sobre ele e quando ele ia ser colocado numa estaca para ser empalado a estaca se transformou numa mangueira cheia de frutos e flores. O rei e todos estavam impressionados com tudo isso, visto que aquele homem devia ter muito mérito para que tudo aquilo ocorresse. Então sua punição foi comutada por algo apropriado e ele posteriormente se tornou ministro daquele rei.



TARE PROTETORA DO MEDO DE VAJRAMÍSSEIS

(raios)

Na Terra de Bengala um certo Praticante Budista Leigo (Upásaca) depois que seus dias de trabalho no campo terminaram foi por uma estrada e se deparou com um santuário de um Yaksa. O upásaca esmagou aquilo com o pé e prosseguiu e então o Yáksa ficou irado. Naquela noite vinte e um raios caíram do céu sobre sua casa. E pela mera lembrança do Nome de Tare as línguas de fogo dos raios se transformaram em flores, não molestando seus filhos, sua esposa ou sua propriedade.



TARE PROTETORA DO MEDO DA DESGRAÇA DE NOSSOS OBJETIVOS

Um proprietário foi com toda a sua fortuna para outro país. Lá ele tentou comprar terras do Rei. Ele confiou sua riqueza a um amigo e foi em um navio cruzar o oceano em busca de mais riqueza. Porém, ainda que viajasse por muitos anos em vários continentes daquele oceano, não conseguia encontrar riqueza ou certas mercadorias.Um dia, pelo poder do destino, o barco virou devido aos ventos, nas costas da ilha de Málaca. Lá ele encontrou muito coral e sândalo amarelo que era o de que precisava. Ele carregou o seu barco com essa mercadora e voltou para casa. No caminho, deparou-se com Magangmarsi, um enorme crocodilo da família dos peixes que, com seu nariz de ferro, esmagou o barco. O homem agarrou-se a uma prancha e foi levado pelas ondas até Dzambuling. Ali tentou encontrar outra vez seu amigo, mas quando chegou naquele lugar onde o deixara soube que um tigre o tinha devorado. Aquele homem encheu-se de tristeza e lamentações porque todos os seus planos tinham dado em desgraça e inutilidade. A conselho de outro amigo, ele rezou a Tare e muita fé nasceu dentro dele. Num sonho ela disse para ele: "Vá à praia do Rio Sindhu! Lá tudo o que você procura será encontrado." Seguindo as instruções ele encontrou naquele lugar um vaso que continha todas as coisas preciosas que ele havia descoberto no oceano ocidental recuperadas das águas do rio. E indo à casa de seu amigo morto ele encontrou todo o tesouro que lhe tinha confiado escondido num específico lugar. Depois disso, ele voltou para sua própria pátria e ofereceu um carregamento de sândalo amarelo ao Rei. O Rei em recompensa lhe ofertou a custódia de cinco de suas melhores cidades.




--------------------


TARANATHA, segundo Martin Wilson (In praise of Tara. London, Wisdon Publications, 1986. p. 169) nasceu em 1575 e foi um erudito autor de vários livros, entre os quais a História do budismo na Índia. Construiu o mosteiro indiano de Tak-tan e viajou pela Mongólia onde fundou vários mosteiros e onde deve ter falecido.

domingo, 27 de janeiro de 2013

ORIGEM DO CULTO DE TARA

ORIGEM DO CULTO DE TARA

Por LUNG DRUP TASHI (Rogel Samuel)

A origem do culto de Tara é descrita pelo famoso escritor e historiador medieval Taranatha no seu livro de 1608, A origem do tantra de Tara.
Segundo Taranatha, tudo se passou numa Era (ou eon) era muito antiga. Um "eon" tem a duração do Universo. Ou seja, o tempo entre o aparecimento e o desaparecimento de todo o Universo - isto é um "eon".
Havia, pois, numa Era muito antiga, uma princesa chamada "Lua de Sabedoria", que era discípula de um Buddha, que era seu Guru. Ela tinha tanta devoção por seu Guru que um dia cobriu o equivalente a 19.000m3 de preciosos oferecimentos para ele.
Esta princesa atingiu as mais altas realizações espirituais, graças provavelmente à devoção que tinha ao seu Guru. Por isso diz-se que o Guru é a fonte de todas as realizações.
Assim alguém lhe disse que, como um dos muitos resultados de sua prática, ela ia renascer como homem. O nascer homem era considerado mais benéfico do que nascer mulher, pois assim poderia viver como iogue na floresta, ou numa gruta`deserta, sem ser molestada.
Mas a princesa não quis. Ela disse que havia muitos iluminados sob a forma masculina, e que ela queria tornar-se uma iluminada sob a forma feminina.
Após uma longa meditação em retiro ela atingiu o altíssimo estado de "Anutpada" ou "não origem". Aquele é o mais elevado nível de meditação existente, quando podia ver o real estado da mente e os fenômenos como "incriados", sem início, sem limites.
A partir de então passou a ser conhecida como Tara ("Tare"), ou "Drolma" que quer dizer "salvadora", ou "aquela que libera". Tara é uma palavra sânscrita.
Segundo a lenda, muito tempo depois, Ela prometeu ao Buddha Amoghasidhi defender a todos os seres na mais profunda vastidão das dez direções, passando a ter vários nomes, como "imediata"e "heróica", até se tornar por sua atividade a corporificação de todos os Buddhas.
A partir de então se inicia o culto e prática de Tara como a ação concentrada de todos os Budas, o seja, o culto da mãe Tara.
Foi o próprio Buddha Sakyamuni que na nossa Era revelou o Tantra de Tara, como a mãe de todos os Buddhas.
Tara é uma "deidade meditacional", corporificação da atividade de todos os Buddhas.
Tara é conhecida como ARYA TARE, a Nobre Tara, a Grande Rápida Protetora, a Eliminadora dos Oito Medos.
Segundo Geshe Lobsang Tenpa seu mantra significa:
OM - São as qualidades do corpo, palavra e mente dos Buddhas. É a meta.
TARE - Significa "aquela que liberta".
TUTTARE - "Que elimina todos os medos". Os oitos medos causados pelas oito ilusões: l. Apego (enchente). 2 - Ira (fogo). 3 - Ignorância (elefante). 4 - Inveja (serpente). 5 - Orgulho (leão). 6 - Avareza (correntes da prisão). 7 - Visões erradas (ladrões). 8 - Dúvida (fantasmas).
TURE - "Que concede todo sucesso".
SOHA - "Que as bênçãos de Tara contidas no mantra se concretizem"